EFEITOS DA CAFEÍNA NO CRESCIMENTO E NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE MICROALGAS
DOI:
https://doi.org/10.5335/ciatec.v14i3.13722Keywords:
contaminantes emergentes, toxicidade, composição bioquímica, cinética de crescimento, biorremediaçãoAbstract
Este estudo teve como objetivo avaliar a remoção da cafeína e seus efeitos sobre o crescimento e composição química de microalgas. As cepas Spirulina platensis e Scenedesmus obliquus foram cultivadas durante 40 dias em meio contendo 20 (C20) e 40 mg.L-1 (C40) de cafeína (Etapa 1). A fotodegradação da cafeína foi avaliada durante 20 dias nos meios de cultivo sem a presença das cepas. Ensaios em aumento de escala (Etapa 2) foram realizados com S. platensis e cafeína nas mesmas concentrações. Foi avaliada a composição química das biomassas ao final dos cultivos em ambas as etapas. As microalgas apresentaram crescimento em C20 e C40, sendo S. platensis a cepa mais resistente. Ainda, S. obliquus foi capaz de remover 13,66% da concentração inicial da cafeína em C20. A S. platensis apresentou maior crescimento na Etapa 2 em comparação à Etapa 1, o que resultou na maior eficiência de remoção na segunda etapa (25,64% para C20, 13,33% para C40) do que na primeira (0,18% para C20, 12,31% para C40). Não ocorreu fotodegradação durante o período de 20 dias. A cafeína induziu o acúmulo de proteínas nas biomassas, com valores de até 57% (S. obliquus, C20). Os altos valores de proteínas possibilita utilizar as biomassas para a geração de biometano e biofertilizantes. As microalgas foram capazes de crescer em concentrações elevadas de cafeína, mostrando-se promissoras para a sua remoção e aproveitamento das biomassas geradas, havendo necessidade de mais estudos a fim de melhorar as eficiências de remoção durante os processos de biorremediação microalgal.
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