MORTE, PERCEPÇÃO DE ENVELHECIMENTO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A PERCEPÇÃO EM FINITUDE DA VIDA POR PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DE SAÚDE - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Authors

  • Jeovana Ceresa Ceresa
  • Guilherme Silva Silva Costa
  • Guilherme Briczinski Briczinski
  • Juliane Pinto Lucero
  • Eduardo Garcia Garcia

DOI:

https://doi.org/10.5335/rbceh.v16i2.10188

Keywords:

Liga Acadêmica, geriatria, gerontologia

Abstract

Introdução. Dados os avanços em relação às propedêuticas e terapêuticas em saúde, uma
prática clínica que proporcionasse também avanços e incrementos substanciais em qualidade de

vida dos pacientes e tratamento seria condizente. Muitas vezes, impõe-se a pacientes idosos te-
rapias que postergam sua existência negligenciando as consequências do viver e efeitos adversos:

a vida é priorizada, independendo da qualidade da existência e tal pensamento culminou em um
distanciamento da morte, representada pelo fracasso terapêutico e profissional e afastamento do
paciente e de discussões sobre o processo de finitude da vida. Contudo, os objetivos terapêuticos
nem sempre são atingidos e, inevitavelmente, tópicos como morte e sofrimento no envelhecimento
não são devidamente discutidos na formação dos profissionais da saúde. Objetivo. Apresentar os
resultados relacionados com a percepção da morte e processo de envelhecimento em profissionais

da saúde presentes em evento acerca do tópico em Porto Alegre. Metodologia. Aplicação de ques-
tionário objetivo formado com 8 questões a profissionais e acadêmicos da área da saúde em 2018.

Resultados. 110 participantes (acadêmicos ou profissionais da área da saúde), sendo 91% do sexo

feminino e na faixa etária de 19 a 69 anos. A definição de morte foi a de representação de um pro-
cesso natural de envelhecimento para 45%, 23% nunca pensou acerca da própria morte, 44,5% já

vivenciou uma experiência citada como traumática no processo de envelhecer ou morrer; somente
12,7% acredita que ao longo da formação acadêmica e profissional teve preparo teórico e prático
para o tópico; 91,8% discorda que a morte é um tema a ser evitado; 40% concorda em algum grau
que seja fundamental a profissionais da saúde tenham alguma crença espiritual para tratar de
situações de morte ou envelhecimento e 79,1% discorda de que o paciente ter conhecimento acerca
da gravidade de sua doença contribui para a piora do estado. Conclusões. Urge que se discuta sobre morte e envelhecimento no âmbito da formação de profissionais da saúde: 83,7% dos participantes
acreditam não possuir o embasamento teórico, prático e psicológico adequado para o manejo de
tais situações - assim, é necessário maior enfoque no tema na educação em saúde, com o intuito de
preparar psicologicamente futuros profissionais ante a terminalidade da vida e envelhecimento, a
fim de gerar um desempenho profissional e pessoal mais saudável.

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Author Biographies

  • Jeovana Ceresa Ceresa

    acadêmica do curso de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

  • Guilherme Silva Silva Costa

    Acadêmico do Curso de Biomedicina, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre;

  • Guilherme Briczinski Briczinski

    acadêmico do curso de Fonoaudiologia, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre;

  • Juliane Pinto Lucero

    acadêmica do curso de Enfermagem, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre;

  • Eduardo Garcia Garcia

    professor orientador da Liga de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e docente da mesma instituição, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

Published

2019-11-05

How to Cite

MORTE, PERCEPÇÃO DE ENVELHECIMENTO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE: A PERCEPÇÃO EM FINITUDE DA VIDA POR PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DE SAÚDE - UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. (2019). Revista Brasileira De Ciências Do Envelhecimento Humano, 16(2), 39-40. https://doi.org/10.5335/rbceh.v16i2.10188