Uso de antidepressivos e/ou ansiolíticos por idosos da atenção primária à saúde de um município do Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5335/rbceh.v19i3.10623Palavras-chave:
Ansiolíticos; Antidepressivos; Idoso; Uso de medicamentos.Resumo
O uso de medicamentos é prevalente na população idosa, entre os quais estão os psicofármacos, como antidepressivos e ansiolíticos. Objetivou-se identificar o perfil e fatores associados ao uso de antidepressivos e/ou ansiolíticos por idosos da atenção primária à saúde. Seguiu delineamento transversal, analítico e prospectivo, realizado com idosos usuários de antidepressivos e/ou ansiolíticos usuário das Estratégias Saúde da Família de um município da região Sul do Brasil. Participaram 107 idoso, com maior frequência do sexo feminino (81,3%), com companheiro (60,7%) e baixa renda (80,4%). Quanto aos medicamentos 47,7% faziam uso de antidepressivo isolado, 18,7% ansiolítico isolado e 33,6% de antidepressivo e ansiolítico associados. Entre os medicamentos antidepressivos os inibidores seletivos da recaptação de serotonina foram os mais frequentes, enquanto os derivados benzodiazepínicos entre os ansiolíticos. O uso associado de antidepressivos e ansiolíticos apresentou diferença significativa quanto a renda, número de medicamentos em uso, tempo de uso e presença de sintomas sugestivos de depressão. Entre os idosos 56,8% fazem uso no mínimo de um antidepressivo ou ansiolítico inapropriado e os usuários de ansiolíticos apresentaram risco cinco vezes maior para o uso de medicamentos inapropriados. Evidenciou-se maior consumo de antidepressivos entre os idosos estudados, bem como a associação de antidepressivos e ansiolíticos, com características de uso por tempo prolongado e uso de medicamentos inapropriados. Esses achados destacam a necessidade da atuação dos profissionais de saúde com vistas a realização de acompanhamento da farmacoterapia, com indicação de medicamentos eficazes e seguros, e descontinuidade do tratamento, quando recomendado.
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