Entendendo a solidão do idoso

Autores

  • Renata Francioni Lopes
  • Maria Teresinha Francioni Lopes
  • Vilma Duarte Câmara

DOI:

https://doi.org/10.5335/rbceh.v6i3.362

Palavras-chave:

idoso, solidão

Resumo

A solidão afeta as atividades de vida diária e a qualidade de vida do idoso. É pouco investigada e reconhecida pelos profissionais de geriatria e gerontologia. O objetivo deste trabalho foi estudar a solidão no idoso, analisando sua relação com o isolamento social, a depressão, o luto e o abandono. Estudamos 132 pacientes, 96 mulheres e 36 homens, com 60 anos ou mais, do Centro de Referência de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal Fluminense. Eles responderam um questionário sobre seus sentimentos de solidão. Dos entrevistados 83,33% concordaram que viver sozinho pode diminuir a qualidade de vida; 55,06% associaram a aposentadoria como fator para o isolamento social e 80,30% disseram que sintomas depressivos levam ao isolamento social. A maioria dos entrevistados não morava sozinho (85,61%), embora 35,42% das mulheres (n= 34) e 22,22% dos homens (n=8) se sentiam solitários. Somente 16,67% concordaram que hoje os filhos cuidam dos pais. Depressão, luto, isolamento social e abandono foram analisados nos indivíduos ditos solitários. Nos solitários 40,47% são provavelmente deprimidos e desamparados; 88,09% não vão a um clube ou fazem qualquer atividade em grupo. O luto foi relacionado ao sentimento de solidão mais em mulheres (18/34) que em homens (1/8). A manutenção do convívio familiar e do trabalho parecem evitar o sentimento de solidão. A construção de Programas Interdisciplinares de promoção de saúde, que incluam educação em família e inclusão social constitui a principal meta para prevenir ou reduzir o sentimento de solidão dos idosos.

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Publicado

2010-11-21

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Entendendo a solidão do idoso. (2010). Revista Brasileira De Ciências Do Envelhecimento Humano, 6(3). https://doi.org/10.5335/rbceh.v6i3.362