Quedas e fraturas ósseas em idosos: perfil farmacoepidemiológico

Autores

  • Daiane Freitas Resende Universidade de Itaúna (UIT)
  • Juliana Aparecida Pimentel Universidade de Itaúna (UIT)
  • Saulo Ribeiro Universidade de Itaúna (UIT)
  • Poliane Tâmara Silva Universidade de Itaúna (UIT)
  • Farah Maria Drumond Chequer Universidade de Itaúna (UIT) e Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ)

DOI:

https://doi.org/10.5335/rbceh.v14i2.6879

Palavras-chave:

Fraturas. Idosos. Medicamentos. Polifarmácia. Quedas.

Resumo

O aumento no número de idosos, cada vez mais expressivo no país, é uma importante alteração populacional. A polifarmácia é um evento bastante comum a esse grupo etário. Ela incorre, entre outros riscos, em uma maior probabilidade de quedas, ocasionalmente levando a fraturas e podendo causar comprometimento da capacidade funcional. Este estudo tem como objetivo descrever o perfil farmacoepidemiológico de idosos atendidos em uma clínica de fisioterapia e correlacionar essas informações com a ocorrência de quedas e fraturas nesse grupo populacional. Um questionário estruturado foi aplicado aos idosos, ou aos seus cuidadores, atendidos nas Clínicas Integradas de Fisioterapia da Universidade de Itaúna no período de fevereiro a março de 2016. A amostra foi selecionada por conveniência, sendo entrevistados sessenta pacientes com idade igual ou superior a 60 anos. Foi utilizado o Critério de Beers (2015) para a seleção dos medicamentos potencialmente inapropriados para idosos. Constatou-se, neste estudo, que as classes farmacológicas associadas a quedas e fraturas foram anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos, benzodiazepínicos, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e opioides. Benzodiazepínicos foram os mais relatados, seguidos de inibidores seletivos da recaptação de serotonina. Constatou-se ainda que 75% dos idosos utilizavam pelo menos um medicamento potencialmente inapropriado. Em torno de 50% relataram queda, e 63,5% relataram ter tido fratura óssea no ano de 2015, não necessariamente proveniente de quedas. O maior número de quedas ocorreu na faixa etária entre 65 e 69 anos, no sexo feminino. Houve maiores relatos de fraturas no rádio e, em seguida, na coluna. Quedas e fraturas ósseas na população idosa são frequentes e determinam complicações que alteram negativamente a qualidade de vida. Evidencia-se a importância de uma equipe multiprofissional apta ao acompanhamento do idoso, também capaz de avaliar a farmacoterapia quanto ao risco associado a tais eventos.

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Biografia do Autor

  • Daiane Freitas Resende, Universidade de Itaúna (UIT)
    Farmacêutica pela Universidade de Itaúna (UIT)
  • Juliana Aparecida Pimentel, Universidade de Itaúna (UIT)
    Farmacêutica pela Universidade de Itaúna (UIT)
  • Saulo Ribeiro, Universidade de Itaúna (UIT)
    Farmacêutico pela Universidade de Itaúna (UIT)
  • Poliane Tâmara Silva, Universidade de Itaúna (UIT)
    Fisioterapeuta especialista em Ortopedia e Traumatologia. Mestre em Saúde do Adulto pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); preceptora de Fisioterapia da Universidade de Itaúna (UIT).
  • Farah Maria Drumond Chequer, Universidade de Itaúna (UIT) e Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ)
    Farmacêutica. Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado em Ciências da Saúde, na área de concentração Toxicologia, pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (FCFRP-USP); Docente nas instituições: Universidade de Itaúna (UIT) e Universidade Federal de São João del-Rei, Campus Centro Oeste Dona Lindu (UFSJ-CCO).

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Publicado

2018-04-24

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Quedas e fraturas ósseas em idosos: perfil farmacoepidemiológico. (2018). Revista Brasileira De Ciências Do Envelhecimento Humano, 14(2). https://doi.org/10.5335/rbceh.v14i2.6879