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ESPAÇO PEDAGÓGICO
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Cledes Antonio Casagrande
v. 28, n. 1, Passo Fundo, p. 34-54, jan./abr. 2021 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
Notas
1
“O homem sem um impulso generoso é anormal e repugnante” (tradução nossa).
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George Herbert Mead, autor americano do movimento pragmatista, radicado na Universidade de Chicago,
viveu entre os anos de 1863 e 1937.
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Vale uma referência a algumas obras e autores, em língua portuguesa, que se dedicaram à introdução
de G. H. Mead no meio acadêmico brasileiro: Odair Sass (2004); Filipe Carreira da Silva (2009); Claudio
Almir Dalbosco (2010); Cledes Antonio Casagrande (2014 e 2016). Um exemplo do desconhecimento de G.
H. Mead, no Brasil, é a inexistência de referências ou citações na coletânea “Pragmatismos, pragmáticas
e produção de subjetividade” (ARRUDA; BEZERRA JR.; TEDESCO, 2008), dedicada a analisar, de forma
panorâmica, o que é o pragmatismo.
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Quando falamos dos escritos de G. H. Mead devemos levar em consideração que nos referimos aos seus
artigos publicados e às transcrições das suas aulas, organizadas e publicadas por seus alunos, visto que
ele não escreveu nenhum livro. A principal obra que temos acesso é Mind, self, and society (MEAD, 1967),
também traduzida ao espanhol (MEAD, 1973). No Brasil, essa obra foi traduzida com o título de Mente,
self e sociedade e atribuída a Charles Morris, o organizador; por isso não iremos referenciá-la aqui. Além
disso, destacam-se as seguintes coletâneas de textos: Selected writings (MEAD, 1981); On social psycho-
logy (MEAD, 1984); The philosophy of the present (MEAD, 2002); Play, school, and society (MEAD, 2006);
The philosophy of education (MEAD, 2008); Escritos políticos y filosóficos (MEAD, 2009).
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O tema da formação do self a partir da matriz teórica de G. H. Mead já foi por nós abordado anteriormente
(CASAGRANDE, 2014 e 2016). Sobre o mesmo assunto, indicamos também conferir o artigo escrito em
conjunto com a professora Nadja Hermann (CASAGRANDE; HERMANN, 2017). Já as possíveis implica-
ções dos processos educacionais que restringem os processos de socialização, especialmente as experiências
interativas e o contato com o outro, na perspectiva apontada por Mead, foi tema do artigo “Formação e
homeschooling: controvérsias” (CASAGRANDE; HERMANN, 2020).
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Para auxiliar na compreensão dos textos de Mead, indicamos, entre parêntese, sempre que julgamos ne-
cessário, a versão original dos seguintes termos: brincar (play); jogar (game); eu (I); mim (me). Em relação
à tradução do termo self, decidimos manter a grafia original em inglês por entendermos que a tradução por
‘pessoa’ não corresponde ao significado mais adequado; uma tradução aceitável em português poderia ser
‘si mesmo’.
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Esse duplo processo podemos denominar, tecnicamente, de uma homologia ontofilogenética. Ou seja, onto-
genia e filogenia são processos correlacionados e mutuamente dependentes. Sobre esse assunto, recomen-
damos o livro de Silva (2009, p. 161-183), no qual ele analisa a psicologia social de Mead e aprofunda os
conceitos de ontogenia e filogenia.
Referências
ARRUDA, Arthur; BEZERRA JR., Benilton; TEDESCO, Sílvia (org.). Pragmatismos, prag-
máticas e produção de subjetividades. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.
BIESTA, G. J. J. Mead, intersubjectivity, and education: the early writings. Studies in
Philosophy and Education, Springer Netherlands, v. 17, n. 2-3, p. 73-99, Jun. 1998. Dispo-
nível em: http://www.metapress.com/content/p2437140t885hh20/fulltext.pdf. Acesso em:
08 maio 2010.
BIESTA, G. J. J. Radical Intersubjectivity: reflections on the “different” foundation
of education. Studies in Philosophy and Education, Dordrecht, v. 18, n. 4, p. 203-220,
Jul. 1999a. Disponível em: http://www.metapress.com/content/2rwhm9g9nqgy/?p=7ff-
19284626049d28e23b7c35523afea&pi=0. Acesso em: 08 maio 2010.