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Literacia em saúde: um estudo com alunos do ensino médio de escolas brasileiras
Health literacy: a study with high school students from brasilian schools
Alfabetización en salud: un estudio con estudiantes de secundaria de escuelas brasileñas
Andreia Freitas Zompero*
Tania Aparecida Silva Klein**
Amâncio António Sousa Carvalho***
Resumo
A temática saúde está presente nos documentos ociais de ensino da educação básica no Brasil, por ser rele-
vante para a formação integral dos alunos e necessária para a literacia em saúde. É necessário conhecer o nível
de literacia dos estudantes para a proposição de direcionamentos educativos. Este estudo tem por objetivos
identicar o nível de literacia em saúde de alunos do ensino médio no Brasil, em aspectos relativos a cuidados
de saúde, prevenção de doença e promoção da saúde, e analisar a relação entre a literacia em saúde com o nível
de escolaridade e estabelecimento de ensino frequentado. Trata-se de um estudo observacional, descritivo-cor-
relacional, de abordagem quantitativa, do qual participaram 119 alunos matriculados nos 2º e 3º anos do ensino
médio de duas escolas públicas da cidade de Londrina, PR. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário
adaptado pelos investigadores a partir do questionário European Health Literacy Survey. Os resultados aponta-
ram que a média dos alunos participantes apresenta literacia em saúde classicada como problemática, sendo
inferior a países da Europa, em que os estudantes na mesma faixa etária apresentaram nível satisfatório. O índice
de literacia em saúde geral não diferiu signicativamente entre os alunos que frequentavam os dois anos de
escolaridade analisados.
Palavras-chave: literacia em saúde; adolescentes; escolas brasileiras.
Abstract
The health theme is present in the ocial teaching documents of Basic Education in Brazil, as it is relevant for
the integral training of students and necessary for Health Literacy. It is necessary to know the level of literacy of
students for proposing educational guidelines. This study aims to identify the health literacy level of high school
students in Brazil in aspects related to health care, disease prevention and health promotion and to analyze the
relationship between LS with educational level and educational establishment frequented. This is an observatio-
nal, descriptive-correlational study, with a quantitative approach in which 119 students enrolled in the 2nd and
3rd year of high school from two public schools in the city of Londrina PR participated. For data collection, a ques-
* Doutora em Ensino de Ciências. Docente do Curso de Ciências Biológicas e do Mestrado em Metodologias para o
Ensino de Linguagens e Tecnologias. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-5123-8073. E-mail: andzomp@yahoo.com.br
** Doutora em Ensino de Ciências. Docente do Curso de Ciências Biológicas da UEL. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-
0137-0973. E-mail: uel.tania@gmail.com
*** Doutor em Educação para saúde. Departamento de Enfermagem e saúde comunitária da Universidade de Tras os
Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-1573-5312. E-mail: amancioc@utad.pt
Recebido: 29/09/2020 – Aprovado: 12/08/2021
http://dx.doi.org/10.5335/rep.v28i2.11679
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tionnaire was used, adapted by the researchers from the European Health Literacy Survey questionnaire. The
results show that the average of the participating students has health literacy classied as problematic, being
lower than in European countries where students in this same age group had a satisfactory level. The LS General
index did not dier signicantly between the students who attended the two year of schooling analyzed.
Keywords: health literacy; Adolescents; Brazilian schools.
Resumen
El tema de la salud está presente en los documentos ociales de enseñanza de la Educación Básica en Brasil, por
ser relevante para la formación integral de los estudiantes y necesario para la Alfabetización en Salud, es nece-
sario conocer el nivel de alfabetización de los estudiantes para proponer lineamientos educativos. Este estudio
tiene como objetivo identicar el nivel de alfabetización en salud de los estudiantes de secundaria en Brasil en
aspectos relacionados con la atención de la salud, la prevención de enfermedades y la promoción de la salud y
analizar la relación entre la LS con el nivel de educación y el establecimiento educativo frecuentado. Se trata de
un estudio observacional, descriptivo-correlacional, con enfoque cuantitativo en el que participaron 119 estu-
diantes matriculados en 2º y 3º año de secundaria de dos escuelas públicas de la ciudad de Londrina-PR. Para la
recogida de datos, se utilizó un cuestionario, adaptado por los investigadores del cuestionario European Health
Literacy Survey. Los resultados muestran que la media de los estudiantes participantes tiene la alfabetización
en salud clasicada como problemática, siendo más baja que en los países europeos donde los estudiantes del
mismo grupo de edad tenían un nivel satisfactorio. El índice general de LS no dirió signicativamente entre los
estudiantes que asistieron a los dos años de escolaridad analizados.
Palabra clave: alfabetización en salud; adolescents; escuelas brasileñas.
Introdução
As temáticas relativas à saúde têm sido propostas historicamente nos do-
cumentos de ensino brasileiros e estão presentes da educação infantil ao ensino
médio. A partir da promulgação da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN) (BRASIL, 1996), diversos documentos curriculares foram pu-
blicados, como, por exemplo, os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL,
1997a, 1997b), os Parâmetros Curriculares Nacionais Temas Transversais (BRA-
SIL, 1997c), os Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio-PCN+ (BRASIL,
1999, 2002), as Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2010) e, por fim, a
Base Nacional Comum Curricular para Educação Infantil, Ensino Fundamental
e para o Ensino Médio (BRASIL, 2017). Porém, um estudo realizado por Sousa,
Guimarães e Amantes (2019), sobre a temática saúde nos documentos oficiais de
ensino divulgados após a LDBEN (BRASIL, 1996), aponta que a saúde tem sido
tratada com foco em aspectos biológicos, comportamentos individuais, priorizando
uma visão biomédica e não uma perspectiva sistêmica.
Já os documentos internacionais da World Health Organization (WHO) (1996,
1997, 1998) sustentam que a escola é local reconhecidamente apropriado para de-
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senvolver ações para promoção da saúde. Nesse sentido, vale ressaltar que a Orga-
nização Pan Americana de Saúde (Opas), desde 1995, tem estimulado iniciativas
das Escolas Promotoras da Saúde, que implicam um trabalho articulado entre a
educação, a saúde e a sociedade, visando estratégias de promoção da saúde no
espaço escolar com enfoque integral, incluindo o desenvolvimento de habilidades
para a vida.
Sabemos que os conhecimentos pertinentes à saúde são necessários para a
formação integral dos alunos e necessários para a literacia em saúde (LS). Esse
conceito, que surgiu na década de 1970, tem sido investigado em diversos estudos
no intuito de conhecer os diversos níveis de LS das pessoas, por expressarem os
conhecimentos e as habilidades em saúde de indivíduos, de diferentes idades e
níveis sociais e culturais.
Considerando que a temática saúde está presente nos documentos oficiais de
ensino da educação básica no Brasil, espera-se que os estudantes, ao terminarem
o ensino médio, apresentem um nível satisfatório de LS. Dessa maneira, temos por
objetivos, neste estudo: i) identificar o nível de LS de alunos do ensino médio no
Brasil, em aspectos relativos a cuidados de saúde, prevenção de doença e promoção
da saúde; ii) analisar a relação entre a LS com o nível de escolaridade e o estabele-
cimento de ensino frequentado.
Marco teórico
Conforme Monteiro e Bizzo (2015), o trabalho com a temática saúde no am-
biente escolar brasileiro foi tratado sob a ótica higienista até a segunda metade
do século XX. Após esse período, surge outra perspectiva para a incorporação da
saúde no ambiente escolar, que diz respeito às ações que promovem o caráter assis-
tencialista, como, por exemplo, o acesso à alimentação. Quanto às ações relativas
a promover a aprendizagem de conteúdos relativos à saúde, os autores apontam
que envolveu três modelos. O primeiro refere-se ao trabalho com essa temática
por meio de campanhas, como vacinação, combate ao tabagismo, alcoolismo e dro-
gas, dengue. O segundo modelo mencionado pelos autores é a proposta do trabalho
intersetorial, integrando profissionais das áreas de saúde e educação. Por fim, a
terceira proposta é a incorporação de temas relativos à saúde no currículo escolar a
ser desenvolvido, por meio de disciplinas e em caráter transversal.
Em 1986, na cidade de Ottawa, ocorreu a primeira conferência internacional
sobre saúde, que originou o documento conhecido como Carta de Ottawa. Nesse
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documento, os países participantes assumiram que as ações de promoção da saúde
devem oportunizar às pessoas fazerem escolhas mais favoráveis e serem os atores
principais no processo de produção da saúde e melhoria da qualidade de suas vidas
(BUSS; CARVALHO, 2009). Conforme esse documento, a promoção da saúde é um
“processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da sua qualidade
de vida e saúde, incluindo maior participação no controle desse processo” (CARTA
DE OTTAWA, 1986, p. 1).
Na década de 1970, surgiu a expressão literacia em saúde (LS), que vem desde
então sofrendo evolução, passando de uma perspectiva individual, para um concei-
to que contempla também aspectos sociais do indivíduo, envolvendo, por exemplo,
a capacidade de tomar decisões fundamentadas no seu dia a dia, assumindo as
responsabilidades dessas decisões (PEDRO; AMARAL; ESCOVAL, 2016). A Or-
ganização Mundial de Saúde (OMS) define LS como o conjunto de competências
cognitivas e sociais que determinam a motivação e a capacidade dos indivíduos
para aceder, compreender e usar informação, de forma a promover e manter um
bom estado de saúde. Implica a aquisição de conhecimentos, competências pessoais
e confiança para agir de forma saudável mediante mudanças de estilo e condições
de vida (WHO, 1998).
O documento enfatiza a necessidade da aquisição de habilidades para a vida,
que são capacidades cognitivas e físicas que permitem às pessoas dirigirem suas vi-
das e produzirem mudanças em seus ambientes. Essas habilidades para a vida são
pessoais, conforme a WHO (1998), e são exemplificadas por tomadas de decisões,
pensamento crítico, resolução de problemas, autoconhecimento, empatia e saber
lidar com emoções. Nesse sentido, a LS implica aquisição de conhecimentos e habi-
lidades pessoais para tomar medidas para melhorar a saúde pessoal e comunitária.
No entanto, a LS depende de outros níveis mais gerais de alfabetização, e a baixa
literacia pode afetar diretamente a saúde das pessoas, limitando seu desenvolvi-
mento pessoal, social e cultural (WHO, 1998).
Nutbean (2000) aponta três níveis de LS: i) literacia básica ou funcional, que
são competências suficientes para ler e escrever informações sobre saúde; ii) lite-
racia interativa ou comunicativa, que compreende as competências que podem ser
usadas para participar nas atividades no dia a dia, para obter informação e significa-
dos a partir de diferentes formas de comunicação e aplicar essa nova informação; iii)
literacia crítica, que diz respeito às competências cognitivas mais avançadas, que,
juntamente com as capacidades sociais, podem ser utilizadas para analisar critica-
mente informações e usá-las para exercer maior controle sobre as situações da vida.
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Seguindo essa perspectiva, Mialhe et al. (2019) utilizam o termo letramento
em saúde e apontam que, de modo geral, apresenta-se como o desenvolvimento
de habilidades que vão além de ler informações em saúde. Elas compreendem um
conjunto de habilidades que permite às pessoas participarem ativamente na socie-
dade, atuando em determinantes que podem impactar na saúde. De acordo com
Santos e Portella (2016), a LS envolve também os determinantes sociais da saúde.
Assim, por meio do desenvolvimento das habilidades, a pessoa pode otimizar tanto
a sua saúde quanto a de seus familiares e da comunidade.
O estudo de revisão bibliográfica realizado por Peres et al. (2017) aponta que
a primeira publicação sobre LS no Brasil foi encontrada nas bases científicas no
ano de 1998. De acordo com as autoras, o tema ressurgiu apenas em 2009, após
um longo intervalo de 11 anos, desde a primeira publicação. Conforme as autoras,
o levantamento realizado sobre as pesquisas em literacia no Brasil indica que os
assuntos que mais aparecem nos estudos são saúde mental, instrumentos para
avaliar a saúde mental e doenças crônicas não transmissíveis. Nesse sentido, as
autoras consideram ser relevantes estudos sobre instrumentos para avaliar a LS
dos brasileiros, por apontar direcionamentos e propor ações efetivas, relacionadas
à educação e à promoção da saúde da população.
Estudo posterior de revisão de literatura desenvolvido por Pavão e Werneck
(2020) aponta que o Brasil apresentou aproximadamente 20% mais estudos sobre
LS em comparação aos demais países da América Latina, o que mostra interesse
crescente por estudos dessa temática. No entanto, os autores corroboram a pesqui-
sa de Peres et al. (2017), quanto à necessidade de investimentos em estudos que
apontem tanto o nível de LS dos brasileiros como a efetividade de ações educativas
desenvolvidas com a finalidade de promover a literacia.
Encaminhamentos metodológicos
Trata-se de um estudo observacional, descritivo-correlacional, de abordagem
quantitativa (VILELAS, 2017). A população-alvo foi constituída por alunos que
frequentavam os 2º e 3º anos do ensino médio, de duas escolas estaduais situadas
na cidade de Londrina, Paraná, uma na área urbana e outra na área periférica, nos
anos letivos 2019/2020. Foram estabelecidos os seguintes critérios de inclusão: i)
ter idade compreendida entre 15 e 18 anos; ii) frequentar o 2º ou 3º ano do ensino
médio, nas duas escolas contexto do estudo. A população incluiu 136 alunos.
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Como critérios de exclusão consideraram-se: i) não ter respondido a, pelo me-
nos, 80% dos itens da escala de LS; ii) não estar presente no momento de recolha de
dados. Após a aplicação dos critérios, a amostra de conveniência ficou constituída
por 119 alunos, correspondente a 87,5% da população-alvo.
Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário de autopreenchimento,
adaptado pelos investigadores para essa população de alunos brasileiros, a partir
do questionário European Health Literacy Survey, construído e validado para a
população europeia por Saboga-Nunes e Sorensen (2013). O instrumento estava or-
ganizado em duas partes: i) dados relacionados com a escolaridade; ii) escala de LS.
A escala de LS é um instrumento que pretende medir o nível de LS. É compos-
ta por 47 itens, abrangendo três domínios de saúde: Cuidados de saúde (itens 1-16),
Prevenção da doença (itens 17-31) e Promoção da saúde (itens 32-47). Esses três
domínios são avaliados em quatro níveis de processamento de informação (aceder,
compreender, avaliar e utilizar), relacionados com a tomada de decisão informada,
que permite aos respondentes procurar tratamento adequado, em caso de doença,
prevenir doenças e manter uma boa condição de saúde, resultando numa matriz
de 12 subdomínios. Cada item possui quatro opções de resposta com a pontuação
correspondente: muito difícil (1 ponto), difícil (2 pontos), fácil (3 pontos) e muito
fácil (4 pontos).
Para calcular o índice de LS, são somadas as pontuações e calculada a média,
por domínio e geral e aplicada a seguinte fórmula: Índice de LS = (Média – 1) X
(50/3). O valor zero representa o mínimo de alfabetização em saúde possível e o
50 representa o melhor possível. Em seguida, os três domínios e a LS Geral foram
classificados em quatro categorias de nível de LS: inadequado, problemático, sufi-
ciente e excelente. Os pontos de corte da pontuação foram os seguintes: i) 0-25,49
pontos: LS Inadequada; ii) 25,50-33,49 pontos: LS Problemática; iii) 33,50-42,49
pontos: LS Suficiente; iv) 42,50-50 pontos: LS Excelente. Foram ainda agregadas
as categorias negativas numa única categoria designada Alfabetização limitada
em saúde (0-33,49 pontos). As duas categorias positivas foram agregadas em uma
única categoria designada Alfabetização não limitada em saúde (33,50-50,0 pon-
tos), a fim de identificar grupos vulneráveis em termos de LS.
Posteriormente, foi realizada uma reunião com a direção das escolas, contexto
deste estudo, para apresentar o estudo, explicitar os objetivos, a metodologia pre-
tendida, acordar a forma de coleta dos dados e solicitar a colaboração dos docentes
envolvidos. Foi solicitado aos professores de Biologia das escolas pesquisadas que
auxiliassem fazendo o acompanhamento dos alunos durante a tomada de dados. A
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escala de LS, contendo as 47 questões, foi organizada no Google Forms, no intuito
de proporcionar maior comodidade para os participantes responderem e garantia
do anonimato das respostas. Os docentes enviaram o link aos alunos participantes
do estudo, que responderam às questões individualmente no laboratório de infor-
mática das referidas escolas, durante as aulas de Biologia. As respostas das ques-
tões foram organizadas de maneira automática pelo próprio sistema Google, para
posterior análise dos pesquisadores. O período de coleta dos dados ocorreu entre os
meses de outubro e novembro de 2019.
Para o tratamento de dados, foi utilizado o software Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS Versão 22.0), no qual foi construída uma base de dados. Re-
correu-se à estatística descritiva e inferencial; em termos de estatística descritiva,
procedeu-se ao cálculo das frequências absolutas e relativas de todas as variáveis,
no caso das variáveis de nível de medição de rácio, foi pedido o cálculo das medidas
de tendência central e de dispersão; quanto à estatística inferencial, para verificar
se existia relação entre as categorias de LS com o ano de escolaridade e a escola
frequentada pelos alunos, utilizou-se o teste não paramétrico de Mann-Whitney.
O nível de significância estatística considerado foi de 5%, para todas as análises
efetuadas (MARÔCO, 2018).
Apresentação dos resultados e discussão
Do total da amostra (n = 119), a maioria dos alunos frequentava o colégio es-
tadual da região periférica da cidade (75,6%) e o 2º ano do ensino médio (73,1%). A
média dos índices de LS dos três domínios e do índice de LS Geral variou entre 29,96
e 32,60 pontos, todas no intervalo de LS Problemática. A média mais reduzida foi a
do domínio Cuidados de saúde (29,96), e a mais elevada do domínio Prevenção da
doença (32,60), significando que o primeiro domínio é aquele em que os alunos pos-
suíam mais baixa LS e mais dificuldades e o segundo, a LS mais elevada (Tabela 1).
Tabela 1 – Medidas de tendência central e de dispersão dos domínios e LS Geral
Variáveis N Mínimo Máximo Média±dp
Índice do domínio de LS Cuidados de saúde 119 2,08 50,0 29,96±6,98
Índice do domínio de LS Prevenção da doença 119 0,0 50,0 32,60±8,54
Índice do domínio de LS Promoção da saúde 119 0,0 50,0 31,45±9,57
Índice de LS Geral 119 1,77 50,0 31,31±7,45
Fonte: dados da pesquisa.
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Quanto ao nível de LS Geral, uma ligeira maioria dos alunos (57,1%) enqua-
drava-se na LS Problemática. Apenas 5,9% da amostra foi incluída na categoria de
LS Excelente. Assim, 71,4% da amostra apresentavam uma alfabetização limitada
para a saúde, conforme apresentado na Figura 1.
Figura 1 – Nível de LS Geral dos alunos da amostra (%)
Fonte: elaboração dos autores.
As proporções mais elevadas em todos os domínios e do índice de LS Geral si-
tuavam-se na categoria de LS Problemática e as mais reduzidas, na categoria Exce-
lente. O domínio que apresenta maior Alfabetização limitada para a saúde é o dos
Cuidados de saúde, e o domínio com menor Alfabetização limitada para a saúde é o
da Prevenção da doença, verificando-se a mesma tendência das médias (Tabela 2).
Tabela 2 – Níveis de LS por domínio e LS Geral (%)
Domínios/Categorias de LS Inadequada Problemática Suficiente Excelente
Domínio Cuidados de saúde 18,5 59,7 15,1 6,7
Domínio Prevenção da doença 12,7 45,8 30,5 11,0
Domínio Promoção da saúde 22,0 44,1 22,0 11,9
LS Geral 14,3 57,1 22,7 5,9
Fonte: dados da pesquisa.
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Não se verificaram diferenças estatísticas significativas entre o nível de LS
Geral dos alunos que frequentavam diferentes anos de escolaridade (Mann-Whit-
ney: p> 0,613). As categorias do índice de LS diferiam entre os alunos que frequen-
tavam os dois estabelecimentos de ensino em estudo (Mann-Whitney: p< 0,029),
sendo que os alunos da região periférica obtiveram uma média de ordenação mais
elevada, do que os alunos que frequentavam a escola da região central da cidade
(63,50> 49,14), o que significa que possuíam melhor LS (Tabela 3).
Tabela 3 – Relação entre o nível de LS Geral e o nível de escolaridade e escola frequentada pelos alunos
Variáveis n Média de ordenação Valor do teste P value
Categorias da LS Geral x Ano de
escolaridade
2º Ano
3º Ano
87
32
59,13
62,36
MW= 1316,50 0,613
Categorias da LS Geral x Escola
frequentada
Região Periférica
Região Central
90
29
63,50
49,14
MW= 990,00 0,029
Fonte: dados da pesquisa.
Em termos de área de localização da escola, no nosso estudo, a maioria dos
alunos frequentava uma escola situada na região periférica, o que diverge de um
estudo realizado no Norte de Portugal, por Silva, Saboga-Nunes e Carvalho (2019),
com uma amostra de 499 alunos do ensino secundário (equivalente ao ensino médio
no Brasil), no qual a maioria dos alunos (72,7%) era proveniente da área predomi-
nantemente urbana (central) da cidade.
A média do índice de LS dos domínios e da LS Geral do presente estudo é infe-
rior à obtida por Silva (2017), respetivamente, domínio Cuidados de saúde 29,96 <
31,82, domínio Promoção da saúde 31,45 < 32,84 e LS Geral 31,31 < 32,15, exceto
no caso do domínio Prevenção da doença 32,60 > 31,75. As médias dos domínios da
LS e da LS Geral do presente estudo são inferiores às obtidas por um estudo reali-
zado com uma amostra de 2.104 residentes em Portugal Continental (ESPANHA;
ÁVILA; MENDES, 2016), considerando apenas a subamostra do ensino secundário.
No nosso estudo, as proporções mais elevadas situavam-se na categoria de LS
Problemática, enquanto no estudo de Silva, Saboga-Nunes e Carvalho (2019), elas
se fixaram na categoria de LS Suficiente. Também, os percentuais mais elevados se
situavam na categoria da LS Problemática, enquanto no estudo de Silva, Saboga-
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-Nunes e Carvalho (2019), eles se fixaram na categoria de LS Suficiente. Mantém-
-se a mesma tendência com a proporção da Alfabetização limitada em saúde, que
é superior à do referido estudo. Isso significa que os alunos da cidade de Londrina
possuíam uma LS inferior. O mesmo cenário é visível no estudo de Espanha, Ávila
e Mendes (2016), no qual as maiores proporções se encontravam na categoria de LS
Suficiente. No caso deste estudo, a Alfabetização limitada em saúde é minoritária,
sendo no nosso estudo sempre inferior a LS, quer nos domínios quer na LS Geral.
Tais divergências entre os resultados do nosso estudo e de outros apresentados
poderão ser explicadas pelas diferenças culturais entre as duas amostras de alunos
e diferenças no sistema de ensino dos dois países.
No presente estudo, o índice de LS Geral não diferiu significativamente entre
os alunos que frequentavam os dois anos de escolaridade em análise (2º e 3º anos).
Esse resultado não vai ao encontro do obtido no estudo de Silva (2017), realizado
em Portugal, no qual os alunos do 11º ano (correspondente ao 2º ano do ensino mé-
dio no Brasil) possuíam melhor nível de LS Geral, nem da tendência referida pelos
autores Pedro, Amaral e Escoval (2016), quando afirmam que, à medida que o nível
de escolaridade aumenta, os níveis de LS tendem a ser superiores. As diferenças
entre os dois sistemas de ensino (Brasil e Portugal) poderão ser uma explicação
plausível para essa divergência.
No estudo de Manganelo (2007), pacientes adultos com baixa LS relataram
problemas para preencher formulários médicos e dificuldades para entender pres-
crições de medicamentos. O autor aponta a necessidade de que jovens e adolescen-
tes tenham acesso a informações visando a alfabetização em saúde. Nesse sentido,
adolescentes estão em um estágio crucial de desenvolvimento, caracterizado por
muitos aspectos físicos, mudanças emocionais e cognitivas. Essas mudanças fazem
a adolescência um momento apropriado para começar a pensar sobre intervenções
de alfabetização em saúde e como melhorá-la em uma idade precoce tem um impac-
to direto mais tarde, quando os adolescentes adquirirem conhecimento e definirem
padrões de comportamento (MANGANELO, 2007).
Considerações nais
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básica no Brasil, por ser relevante para a formação integral dos alunos e necessária
para a LS. Por isso, é necessário conhecer o nível de literacia dos estudantes para
a proposição de direcionamentos educativos.
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Os resultados alcançados neste trabalho mostram que as médias dos índices
de LS dos três domínios e do índice de LS Geral foram prevalentes no intervalo de
LS Problemática. A maioria da amostra apresentou uma alfabetização limitada
para a saúde, em que o domínio que apresentou maior Alfabetização limitada para
a saúde foi o dos Cuidados de saúde, e o domínio com menor Alfabetização limitada
para a saúde foi o da Prevenção da doença. Isso significa que os alunos da cidade
de Londrina possuíam uma LS inferior, quer nos domínios quer na LS Geral, em
estudos comparativos europeus analisados. Essas divergências entre os resultados
deste estudo e de outros apresentados poderão ser explicadas pelas diferenças cul-
turais entre as duas amostras de alunos e pelas diferenças no sistema de ensino
dos respectivos países.
Constatou-se existir relação estatística entre o nível de LS dos alunos e a
escola na qual a pesquisa foi realizada. Os alunos da região periférica obtiveram
uma média de ordenação mais elevada do que os alunos que frequentavam a escola
da região central da cidade, o que significa que possuíam melhor LS. Entretanto,
o índice de LS Geral não diferiu significativamente entre os alunos que frequenta-
vam os dois anos de escolaridade em análise (2º e 3º anos do ensino médio), o que
não é coerente com autores que afirmam que, à medida que o nível de escolaridade
aumenta, os níveis de LS tendem a ser superiores.
Os dados observados enfatizam a necessidade de que a LS precisa ser incluída
no espaço da escola, pois é ali que se constroem crenças e valores que fazem parte
da educação em saúde. O desenvolvimento de ações educativas em saúde permite
a articulação com a família e a comunidade, assegurando o alcance de informações
além de discussão e reflexão sobre a temática da saúde. Os objetivos de ações edu-
cativas em saúde no espaço escolar cumprem-se a partir da sensibilização e cons-
cientização do direito à saúde, bem como da capacitação de utilização de medidas
de promoção para a saúde, o que compõe o que denominamos de LS.
Segundo a Opas (1998), as ações propostas para a educação em saúde têm um
enfoque na doença ou na sua prevenção, o que limita a promoção para a saúde. Para
isso, tais ações devem despertar a análise crítica e reflexiva de condutas, condições
sociais e estilo de vida, o que contribui para a construção da cidadania. A LS envol-
ve conceitos que contemplam aspectos sociais e de tomada de decisões do indivíduo
no que diz respeito à sua saúde. Nesse sentido, a motivação e a capacidade dos indi-
víduos para aceder, compreender e usar informação são necessárias para promover
e manter um bom estado de saúde. Envolve, assim, a necessidade da aquisição de
habilidades para tomada de decisões, pensamento crítico, resolução de problemas,
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autoconhecimento, empatia e saber lidar com emoções, no sentido de melhorar a
saúde pessoal e comunitária, o que permite às pessoas participarem ativamente na
sociedade, atuando em determinantes que podem impactar na saúde.
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