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Educación y salud: mirada diversa, reexiva y relacional para el desarrollo humano del siglo XXI
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Educación y salud: mirada diversa, reexiva y relacional para el desarrollo
humano del siglo XXI
Education and health: a diverse, reexive and relational look for human development in the
21st century
Educão e saúde: um olhar diverso, reexivo e relacional para o desenvolvimento humano no
século XXI
Yoisell Lopez Bestard *
Juan Eligio Lopez Garcia**
Maria Caridad Bestard Gonzalez***
* Doutor em Educação Ambiental pelo Programa de Pós-graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do
Rio Grande (PPGEA-Furg), na linha Fundamentos da Educação Ambiental. Mestre em Atividade Física na Comunidade
pela Universidade de Ciências da Cultura Física e do Esporte Manuel Fajardo (Cuba); título revalidado pela Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM). Especialista em Educação Física Escolar pela Furg. Graduado em Cultura Física e Espor-
te pelo Instituto Superior de Cultura Física Manuel Fajardo (Cuba); título revalidado pela UFSM, CREF: 026175-G/RS/
Habilitação: Licenciado e Bacharel. Tem se ocupado de ações de promoção da arte marcial milenar Tai Chi Chuan e seu
emprego como Chi kung de saúde para a qualidade de vida de idosos, com o desenvolvimento de projetos comunitá-
rios. Possui experiência nas áreas: Educação Física e Saúde Coletiva. Suas investigações versam em torno dos seguintes
temas: Qualidade de Vida, Promoção da Saúde, Políticas Públicas Saudáveis, Doenças Crônicas não Transmissíveis e
Práticas Integrativas Complementares, com ênfase nas Práticas Corporais: Tai Chi Chuan, Lian Gong e Ba Duan Jin. Orcid:
https://orcid.org/0000-0001-8852-0526. E-mail: ylbestard@gmail.com
** Professor Titular e Consultor do Curso de Bacharelado em Ciências Físicas da Cultura da Universidade Carlos Rafael
Rodríguez de Cienfuegos, Cuba. Doutor em Ciências pela Universidade de Granada, Espanha. Desenvolveu o ensino
universitário no México, Equador. Treinador de Wrestling no México e Espanha, e assessor técnico da Federação Andalu-
za de Luta Associada. Reconhecido pela Universidade de Las Palmas de Gran Canaria como promotor da Lucha Canaria
em Cuba. Possui experiência prossional em esportes de combate, especialmente na Luta Livre e Greco-Romana, a
partir de sua posição como Treinador Físico e Técnico de Luta Olímpica na Escola de Iniciação Esportiva de Cienfuegos,
Cuba. Como professor universitário, desenvolveu programas de disciplinas em Teoria e Metodologia do Treinamento
Esportivo e Metodologia e Técnicas de Luta Esportiva. Desde os resultados da sua investigação para o grau de Mestre,
tem trabalhado com a detecção de necessidades de aperfeiçoamento de formadores de Wrestling na província de
Cienfuegos. Como professor universitário, desenvolveu programas de disciplinas em Teoria e Metodologia do Treina-
mento Esportivo e Metodologia e Técnicas de Luta Esportiva. Ele é presidente da cadeira honorária Artes Marciais e
Esportes de Combate” da Universidade de Cienfuegos. Atualmente é chefe da Linha de Pesquisa: Desenho, Controle e
Avaliação da Iniciação, Treinamento e Destração Esportiva, da Faculdade de Ciências Físicas da Cultura da Universidade
de Cienfuegos. A maior parte de suas pesquisas e publicações enfocam a observação sistemática de ações motoras
em esportes de combate, comunicação motora e papéis em Lucha Libre e Luta Greco-Romana. Orcid: http://orcid.
org/0000-0003-3786-0170. E-mail: mbestardgonzalez@gmail.com
*** Doutora em Ciências da Educação. Professora Associada e Consultora em Ciências Aplicadas. Orcid: https://orcid.
org/0000-0002-5323-4033. E-mail: mbestardgonzalez@gmail.com
Recebido em: 30/10/2020 – Aprovado em: 18/08/2021
http://dx.doi.org/10.5335/rep.v28i2.11803
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Resumen
El objetivo de esta comunicación es reexionar desde una perspectiva diversa y relacional sobre la educación
y la salud. Se tiene en cuenta el escenario de los primeros veinte años del siglo XXI, con especial atención al
contexto de la situación de la salud en el año 2020. Se demanda con argumentos, la ampliación, selección e
integración de saberes acorde con las necesidades sociales de preparación para, y toda, la vida. Se realiza el
análisis gramatical de los vocablos que conforman la frase educación y salud, la cual encamina su interpretación
hacia la dimensión social de ambos procesos de alta incidencia en el desarrollo humano. La revisión bibliográca
realizada destaca la sustentabilidad, unida a la urgente transformación de la educación, con un saber añadido en
favor del mejoramiento de la salud. Los saberes interdisciplinarios resultan fundamentales, como vía de ejercer
inuencias en las nuevas generaciones y con ello, la garantía de continuidad a la vida.
Palabras clave: educación; salud; saberes; desafíos.
Abstract
The objective of this communication is to reect from a diversied and relational perspective on education and
health. The scenario of the rst twenty years of the 21st century is taken into account, with special attention to
the context of the health situation in the year 2020. It is demanded with arguments, the expansion, selection and
integration of knowledge in accordance with the social needs of preparation for, and all, life. The grammatical
analysis of the words that make up the phrase education and health is carried out, which directs its interpretation
towards the social dimension of both processes of high incidence in human development. The bibliographic
review carried out highlights sustainability, together with the urgent transformation of education, with an
added knowledge in favor of improving health. Interdisciplinary knowledge is fundamental, as a way of exerting
inuences on the new generations and with it, the guarantee of continuity in life.
Keywords: education; health; knowledge; challenges.
Resumo
O objetivo desta comunicação é reetir a partir de uma perspectiva diversa e relacional sobre educação e saúde.
É levado em consideração o cenário dos primeiros vinte anos do século XXI, com especial atenção ao contexto
da situação da saúde em 2020. Exige-se, com argumentos, a ampliação, seleção e integração de conhecimentos
de acordo com as necessidades sociais de preparação para, e toda, a vida. É realizada a análise gramatical
das palavras que compõem a frase educação e saúde, direciona sua interpretação para a dimensão social de
ambos os processos de alta incidência no desenvolvimento humano. A revisão bibliográca realizada destaca a
sustentabilidade, aliada à urgente transformação da educação, com um saber agregado a favor da melhoria da
saúde. O conhecimento interdisciplinar é fundamental, como forma de inuenciar as novas gerações e, com elas,
a garantia de continuidade da vida.
Palavras-chave: educação; saúde; conhecimento; desaos.
Introducción
Los desafíos que enfrenta la sociedad del siglo XXI hacen apreciar a la
educación y a la salud como importantes ámbitos de influencia para el desarrollo
humano. Las dificultades de acceso a estos servicios públicos y su disfrute por la
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población en una buena parte de países del mundo, incide en males tan marcados
y reconocidos por todos como la pobreza, y con ella, la vulnerabilidad de una
importante cifra de la población.
La educación y la salud como dimensiones de la pobreza y sus consecuencias,
constituyen a través del tiempo el objeto de estudio de muchos investigadores
y de diferentes organismos internacionales. Cuando se revisan resultados de
investigación, informes mundiales o regionales, casi siempre, al referirse a las
dimensiones, indicadores, etc., como aspectos contenidos en la pobreza, aparece
primero la alusión a la salud y después a la educación. Sin embargo, en el propósito
de la presente comunicación la pretensión es priorizar el ámbito de la educación, a
través de sus saberes, como forma de favorecer la salud para el desarrollo humano.
Esta finalidad guarda relación con las necesarias transformaciones que desde finales
del siglo XX se vienen demandando a la educación en pro de una ampliación de los
saberes interdisciplinarios, que ya en los primeros veinte años de este siglo XXI se
precisan con fuerza para enfrentar los reclamos impuestos por el escenario de salud
actual que evidencia, en cierta medida, una afectación a los procesos educativos.
Ya sea por periodos de aislamiento, cambios en las conductas tradicionales,
afectaciones psicológicas, incorporación de nuevas prácticas de saneamiento a la
vida cotidiana, entre otras medidas, sobresalen unos requerimientos que adquieren
condición de saberes añadidos al proceso educativo, y en realidad, aportan una
nueva preparación para la vida.
Con tal escenario de salud actual, digamos que la educación se ha visto
obligada a asumir nuevas modalidades para desarrollar su proceso de enseñanza
aprendizaje, pero que, sin dudas, tanto saberes como modalidades, se han convertido
en vehículo de comunicación cultural y transformaciones para grandes masas de la
población por salvar y continuar el ritmo de la vida.
Se trata, por tanto, en la comunicación, de reflexionar cómo la educación,
amenazada por el escenario de salud actual, precisa de la ampliación, selección e
integración de saberes que vayan más acorde con las necesidades de preparación
para la vida de la sociedad.
Para el cumplimiento de esta finalidad la comunicación se organiza en un
grupo de epígrafes que aporten argumentos para su comprensión. Por tal razón
se comienza con un análisis gramatical de los vocablos que conforman la frase
educación y salud, que encamine su interpretación hacia la dimensión social de
ambos procesos de alta incidencia en el desarrollo humano y con ello, comprender
la necesidad de una sustentabilidad de estos procesos y el llamado a la urgente
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transformación de la educación, en favor del mejoramiento de la salud, donde la
presencia de saberes interdisciplinarios resulta fundamental, como vía de ejercer
influencias a las nuevas generaciones en torno al aprendizaje de normas, valores,
que modifiquen para bien, el comportamiento social de las personas y con ello, la
garantía de continuidad a la vida.
Educación y salud: de la mirada gramatical y su implicancia social
Pensar en los vocablos educación y salud, conlleva inicialmente a una
representación mental del significado de cada uno, donde lo primero que salta
a la vista es la perspectiva gramatical que deja distinguir una relación entre
ambos. Una de ellas es por el empleo de la conjunción “y”, porque deja claramente
establecida una necesaria relación. Resulta entendible su unión para alcanzar un
fin mayor: desarrollo humano. A la vez, también puede vislumbrarse un cierto
orden de acciones en la idea de que, para obtener la segunda, debe suceder antes la
primera. Una mirada hacia esa relación de dependencia destaca que la obtención
de salud precisa al menos de una adecuada educación para este fin. Lo que puede
ejemplificarse desde una perspectiva científico – literaria pues, es bastante común
encontrar la relación de estos vocablos unidos por la preposición “para”, cuando
indica el fin u objeto de una acción, en este caso, “educación para la salud”. Aunque
para los fines de esta comunicación el objeto de esta acción colocada como ejemplo,
queda muy reducido.
En una segunda mirada, la perspectiva relacional gramatical favorece una
deducción de índole social, por cuanto los dos vocablos se identifican universalmente
como derechos humanos, y esto conlleva a su comprensión desde las políticas
públicas y los planteamientos de organismos internacionales, la educación y la
salud, deben ser para todos y durante toda la vida. La configuración del carácter
social de estos vocablos conduce al pensamiento de que tanto la educación como la
salud, precisan de actores sociales que participen de ellas de forma responsable y
comprometida, tanto del que educa para la salud como del que obtiene beneficios
de esa educación.
Apreciadas las implicancias relacionales desde el punto de vista gramatical y
algunas de sus correspondencias con lo social, se permite una profundización del
análisis de ambos vocablos: educación y salud, desde otras perspectivas. Una de
ellas, la Teoría de las necesidades humanas para el desarrollo, y en ella la distinción
entre necesidades y satisfactores:
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La educación (ya sea formal o informal), el estudio, la investigación, la estimulación precoz
y la meditación, son satisfactores de la necesidad de entendimiento. Los sistemas curativos,
la prevención y los esquemas de salud, en general, son satisfactores de la necesidad de
protección (NEFF; ELIZALDE; HOPENHAYN, 2010, p. 17).
De tal manera puede entenderse que las relaciones entre educación y salud
desde las necesidades humanas para el desarrollo, se corresponden por constituir
satisfactores para una determinada necesidad: educación, satisfactor de la
necesidad de entendimiento; mientras que salud, satisfactor para la necesidad de
vivir.
Los desafíos de la educación y la salud: la necesaria organización de su estudio
desde las escalas geográcas
La satisfacción de necesidades humanas constituye siempre, a lo largo del
tiempo, un desafío para la sociedad en diferentes escalas geográficas. Así, la escala
universal, con las preocupaciones y ocupaciones generales a nivel mundial, se
plantea retos que son asimilados por la escala regional, según los continentes, y
de ahí, a escala nacional que, a nivel de país, concreta sus necesidades, desafíos a
ese nivel, e incluso llevándolo hasta la escala local, lo que puede permitir a todos
los pueblos del mundo un pensamiento de trabajo en común pero contextualizado
a sus espacios. En esta perspectiva, un entendimiento a escala mundial respecto
a la salud y la educación, se encuentra detallado en los Objetivos de Desarrollo
Sostenible, y en cuanto ellos respectivamente, reconocen que:
Para lograr el desarrollo sostenible es fundamental garantizar una vida saludable y
promover el bienestar para todos a cualquier edad. Se han obtenido grandes progresos en
relación con el aumento de la esperanza de vida y la reducción de algunas de las causas de
muerte más comunes relacionadas con la mortalidad infantil y materna. Se han logrado
grandes avances en cuanto al aumento del acceso al agua limpia y el saneamiento, la
reducción de la malaria, la tuberculosis, la poliomielitis y la propagación del VIH/SIDA.
Sin embargo, se necesitan muchas más iniciativas para erradicar por completo una amplia
gama de enfermedades y hacer frente a numerosas y variadas cuestiones persistentes y
emergentes relativas a la salud. […] La consecución de una educación de calidad es la
base para mejorar la vida de las personas y el desarrollo sostenible. Se han producido
importantes avances con relación a la mejora en el acceso a la educación a todos los niveles
y el incremento en las tasas de escolarización en las escuelas, sobre todo en el caso de las
mujeres y las niñas. Se ha incrementado en gran medida el nivel mínimo de alfabetización,
si bien es necesario redoblar los esfuerzos para conseguir mayores avances en la consecución
de los objetivos de la educación universal. Por ejemplo, se ha conseguido la igualdad entre
niñas y niños en la educación primaria en el mundo, pero pocos países han conseguido ese
objetivo a todos los niveles educativos. (CEPAL, 2016, p. 14-16).
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El mejoramiento de la calidad de vida de las personas, en la que está incluida
la salud, por constituir un recurso para obtener calidad de vida, requiere conseguir
una educación de calidad como base, así lo entiende el Objetivo 4to de los Objetivos
de Desarrollo Sostenible en la Agenda 2030 (SILVA, 2015, p. 16). Esa educación de
calidad precisa un entendimiento del concepto amplio de cultura y de preparación
para la vida, rompiendo con los cánones tradicionales de la enseñanza. Hay que
pensar en saberes que abarquen los aprendizajes necesarios, pero vinculados al
contexto y a la situación actual en cada espacio – tiempo.
No es ocioso percatarse de que los dos mencionados Objetivos estén uno a
continuación del otro, y sobre todo el pensamiento de que una educación de calidad
puede contribuir en gran medida al logro de una vida saludable. Una palabra clave
está presente en los Objetivos de desarrollo, y es su condición de que ese desarrollo
sea sostenible.
La sostenibilidad, de lo que a distintas escalas geográficas los países y su
población se proponen, depende mucho de la comprensión de las personas por la
certeza y logro de su alcance. Es decir, de su subjetividad, vista según Güell (1998,
p. 1) como: “(…) aquella trama de percepciones, aspiraciones, memorias, saberes y
sentimientos que nos impulsa y nos da una orientación para actuar en el mundo.
Subjetividad social es esa misma trama compartida por un colectivo”. Es algo en lo
que las personas, actores sociales en fin de la educación y la salud, deben confiar
para alcanzar las metas. Al respecto Güell (1998, p. 3) reconoce que:
La disposición de las personas a participar y a confiar en los escenarios Institucionales y
estratégicos que les ofrece el desarrollo, parece depender cada vez más de una condición
muy básica: del grado de seguridad, certidumbre y sentido que las personas obtienen de
ellos para sus vidas cotidianas. (…) un desarrollo que no promueve y fortalece confianza,
reconocimientos y sentidos colectivos, carece en el corto plazo, de una sociedad que lo
sustente. Entonces la viabilidad y éxito de un programa de desarrollo dependerá en una
medida importante de su sustentabilidad social.
Es ahí precisamente donde la educación desempeña un rol protagónico en
su vínculo con la obtención y sostenibilidad de la salud. De tal manera puede
entenderse que tanto la educación, como la salud, están reconocidas como desafíos
por la historia mundial. Desafíos identificados y enfrentados en cada espacio y
tiempo, con el empleo de diferentes alternativas de solución para cada caso, hasta
llegar a la actualidad de los primeros veinte años del siglo XXI. Pero, en el caso
de la educación, tales desafíos ¿fueron identificados de forma reciente? Se hace
necesario tener en cuenta antecedentes que ayuden a reconocer que los llamados a
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la transformación para el beneficio social no se han detenido a través del tiempo,
una evidencia puede distinguirse en los años finales del siglo XX.
La UNESCO: los previos llamados al cambio en la educación a nes del siglo XX
Al menos, dos ejemplos se citan con relación al llamado a los cambios en la
educación a finales del siglo XX. Uno de ellos parte de la encomiable labor de
Federico Mayor en la UNESCO: su llamado a Jackes Delors (1996) para presidir
la Comisión internacional (que quedó establecida en 1993) en función de una
reflexión sobre la educación y el aprendizaje en el siglo XXI. De la misma quedaron
planteados sus principios rectores orientados hacia el desarrollo de las personas,
en busca de respuestas a las necesidades sociales de la era del conocimiento y la
globalización, cuando reconocía desde la Comisión la necesidad de:
(…) añadir nuevas disciplinas como el conocimiento de sí mismo y los medios de mantener
la salud física y psicológica, o el aprendizaje para conocer mejor el medio ambiente
natural y preservarlo [con una educación para] preservar los elementos esenciales de una
educación básica que enseñe a vivir mejor mediante el conocimiento, la experimentación y
la formación de una cultura personal (DELORS, 1996, p. 12).
Así como reconocer que “La educación durante toda la vida se presenta como
una de las llaves de acceso al siglo XXI basada en cuatro pilares básicos: aprender
a conocer, aprender a hacer, aprender a vivir, juntos, aprender a ser” (DELORS,
1996, p. 34). Y posteriormente, cuando Federico Mayor (1999, p. 8), desde su
condición de director general de la UNESCO:
(…) solicitó a Edgar Morín que expresara sus ideas en la esencia misma de la educación del
futuro, en el contexto de su visión del “Pensamiento Complejo”. (…) como contribución al
debate internacional sobre la forma de reorientar la educación hacia el desarrollo sostenible.
Ambos resultados, publicados, promovidos en gran proporción mundialmente,
de seguro forman parte de los libros de “cabecera” de cualquier docente preocupado
por el desarrollo de sus educandos, por cuanto, tanto el planteamiento de los pilares
básicos y la visión pensamiento complejo, representan una guía de inestimable
valor para la educación de estos tiempos.
Educación y salud: desafíos para el siglo XXI
Para desarrollar este epígrafe se tuvieron en cuenta los llamados universales a
la atención al necesario cambio en la educación desde fines del siglo XX, entendidos
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como el preámbulo preparatorio al entendimiento de cómo la educación se vincula
a la salud (así como a otros ámbitos del desarrollo humano) en los primeros años
del siglo XXI.
En el epígrafe se citan autores que refieren la necesidad de nuevos saberes
que desde la educación apoyan a la salud para el desarrollo humano sostenible.
Estas ideas del epígrafe reafirman una vez más la relación entre educación y salud,
mediante el necesario conector a la cultura y a la comunicación para enfrentar los
desafíos de estos primeros años del siglo XXI y los del porvenir.
Esquema 1 – Relaciones y conectores entre la educación y la cultura
EDUCACIÓN SALUD
Y
CULTURA
COMUNICACIÓN
Fuente: elaboración propia.
En este sentido queda claro que la educación precisa de personas, docentes
bien preparados, actualizados, sensibilizados, convencidos y seguros de la necesaria
transformación de la enseñanza para que los estudiantes alcancen un aprendizaje
aplicable a la realidad en que se desenvuelven y a la vez, a lo porvenir en la vida,
una vez que abandonen el recinto educacional. Una adecuada y permanente
formación docente podrá aportar “luces” y ampliación del “abanico” de posibilidades
de enseñanza que motiven a los estudiantes a prepararse mejor para la vida.
Primeros años del siglo XXI: algunos desafíos identicados en relación con la
educación y la salud
El siglo XXI, aun cuando muchos pensábamos que estaríamos ante un mundo
nuevo, diferente, mejorado, no llegó a ser portador de todas las maravillas soñadas,
así lo describe el cantautor cubano Silvio Rodríguez: El 2000 sonaba, como puerta
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abierta, maravillas que silbaba el porvenir. Pero ahora que se acerca, saco cuentas,
que de nuevo tengo que esperar, que las maravillas, vendrán algo lentas, porque el
mundo tiene aún muy corta edad.
Cuando muchos imaginaban la entrada del año 2000 quizás con unos habitantes
usando escafandras y trajes especiales para viajes de ida y vuelta al espacio, el año
2020 trajo la difícil necesidad de usar trajes especiales (bata, sobre bata, botas,
gorros, guantes de distintos gruesos, máscaras transparentes y mascarillas de
triple tela para personal de salud en zona roja) pero para enfrentar una enfermedad
arrasadora. Para los demás, como parte de la población a protegerse, la obligación
de esconder la sonrisa tras una mascarilla, evitar el beso y el abrazo acostumbrado,
cuidando una distancia prudencial y atender a dónde se colocaban las manos.
Los retos que trajo han sido fuertes, y los que faltan por llegar, alertaron una
vez más que la educación y la salud son procesos que están llamados a incrementar
sus relaciones y labor para el desarrollo humano. Basta complementar con el
ejemplo de las tendencias que según Yurén (2005, p. 26) ponen en riesgo el planeta
y sus habitantes: “(…) barbarie de múltiples formas, narcotráfico y otras formas
de delincuencia (…) daños ambientales, especies en extinción y cambios climáticos
(…) nuevas formas de analfabetismo (…) desempleo creciente”.
Muchos investigadores en la publicación de sus resultados, van dejando su
huella preocupada en torno a los desafíos del siglo XXI. Según revisión bibliográfica
realizada, se comunican resultados que destacan, entre otros: la subjetividad como
requisito indispensable del desarrollo, en Güell (1998), la necesidad de salud,
educación, desde el ángulo económico, esferas de lo humano: salud, educación, en
Parra (2004), desarrollo integral, en Aguilazocho y Cazares (2005), el bienestar
social, el desarrollo humano sostenible, la totalidad compleja, Sánchez y Araya
(2012), el enfoque del derecho en las necesidades sociales, en Guedea (2016).
Todos, como desafíos que reconocen a la educación y a la salud dentro de ellos,
evidenciándose así la necesidad de un cambio en la mentalidad de la educación en
general, donde los saberes se muestren de forma interdisciplinar, y sea posible su
selección e integración acorde al contexto en función de la preparación para la vida.
Comprensión del proceso de salud en relación con los saberes necesarios
En cuanto al concepto de salud, ha dejado de verse como ausencia de
enfermedad, para abarcar otros campos en los cuales también presenta un proceso
el ser humano. Pero también se precisa una educación para enseñar a las personas
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a que aprendan a percibir, sentir y disfrutar de ese bienestar en salud. Las personas
pueden y deben aprender a descubrir a cada instante de su vida ese bienestar. De
ahí que pueda también tenerse en cuenta a García (2012, p. 15), quien distingue a
la salud como:
Un elemento universal de la vida que puede tratarse como un capital simbólico, en sintonía
biopsicosocial con su contexto. Aunque a veces es silente, no se percibe o significa de manera
estática, sino en movimiento. Tampoco se concibe aislada de la enfermedad y de su atención,
de ahí que la definamos como un proceso vital, de carácter histórico y social, determinado
por el acceso a los bienes materiales y no materiales que promueven el bienestar psicosocial
expresado como crecimiento y desarrollo individual y grupal sustentables y con sentido
humano.
Es de esta manera que la educación debe ampliar sus saberes durante su
proceso, pero contextualizados a la situación real que viven las personas en su
espacio – tiempo, y con ello, prepararlos mejor aún para la vida.
Los saberes añadidos: desde lo que llegó con el nal del 2019 y se aanzó en el
2020
Un ejemplo de cuanto queda todavía por aprender y retomar viejas acciones,
de acuerdo al tiempo y al contexto, tiene que ver con la mala jugada que nos legó
el final del año 2019 con el nuevo coronavirus (Covid-19) y su entrada “triunfal” en
el año 2020. Con su indeseada presencia repartida mundialmente, dejó percibir un
rompimiento de la vida cotidiana poblacional a nivel mundial, que se extendió en
cada espacio a la comunidad, al barrio, al hogar, a cada país que entró.
La primera y negativa consecuencia que aportó fue y es aún, la de padecer,
sufrir y, hasta en muchos casos, morir, por esta enfermedad. Este visitante
indeseable e inesperado sacó a la luz las vulnerabilidades de distintos tipos tanto
de los estados como de la propia población, en cuanto a la preparación para la
protección y convivencia de cada espacio habitado en el planeta tierra.
Sorprendió la falta de preparación de la sociedad dada principalmente en
muchos lugares por la previa ruptura en determinadas costumbres ciudadanas,
relacionadas con la higiene, el espacio físico y social, las formas de comportamiento
ciudadano. Pero más sorprendente aún fue la paralización de la vida cotidiana por
el imprescindible aislamiento social. Se acudió entonces a conocidas formas de
convivencia, pero que iban quedando en el pasado, como el regreso a otro tipo de
saludos, las formas de comunicación verbal sin tanto acercamiento, el mejor uso
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y apropiación del espacio y recordar la necesaria higiene de las manos. Mucho se
habló y se habla de frases como percepción del riesgo, la nueva normalidad (de la
que no debimos apartarnos).
La población fue receptora de nuevas formas de comunicación educativa
ciudadana: afloraron canciones, poemas, obras de arte, dramatizaciones, que
tuvieron la doble finalidad de educar y a la vez expresar sentimientos, estados de
ánimo. Se movilizaron representantes de diferentes especialidades para aportar
sus consejos, como los psicólogos, sociólogos, comunicadores sociales, etc. Pues,
las actividades masivas, las instituciones educativas, laborales y hospitalarias
cambiaron sus rutinas por nuevas formas de convivencia colectiva.
Las generaciones más jóvenes han debido aprender e interiorizar, de forma
urgente, conocimientos para mantener el curso de la vida cotidiana, pues el otro
gran aprendizaje es que habrá que acostumbrarse a convivir con este mal y otros
muchos por venir. Al decir de Morín (1999, p. 7):
Uno de los desafíos más difíciles será el de modificar nuestro pensamiento de manera
que enfrente la complejidad creciente, la rapidez de los cambios y lo imprevisible que
caracterizan nuestro mundo. Debemos reconsiderar la organización del conocimiento. Para
ello debemos derribar las barreras tradicionales entre las disciplinas y concebir la manera
de volver a unir lo que hasta ahora ha estado separado. Debemos reformular nuestras
políticas y programas educativos. Al realizar estas reformas es necesario mantener la
mirada fija hacía el largo plazo, hacía el mundo de las generaciones futuras frente a las
cuales tenemos una enorme responsabilidad.
Cada paso dado en favor de transmitir formas de comportamiento, estados de
ánimo, encierra un mensaje contenedor de saberes que se entregan desde diferentes
disciplinas, lo que deja entrever evidencias de la importancia de la aplicación de
saberes interdisciplinarios de una forma más generalizada en nuestra educación.
De la educación: los saberes, un punto de partida
Hacer referencia a los saberes conduce necesariamente a pensar en que el
saber tiene que ver con lo que se conoce, con lo que se ha aprendido, con un estado
del conocimiento que sobrepasa a la ignorancia.
El presente epígrafe se sitúa en el proceso de educación, en el camino de
conceptualizar a los saberes, y de estos, su clasificación, con la finalidad de abordar
el tema de los saberes interdisciplinarios que vinculen a la educación y a la salud.
La educación es un proceso, un desafío, un ámbito para el desarrollo humano,
específicamente se alude en este caso a su carácter permanente y de respuesta
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actualizada ante las demandas que la sociedad plantea. Así se coincide con Sánchez
y Araya (2012, p. 36) quienes lo caracterizan como:
(…) un proceso permanente y dinámico que le brinda al individuo herramientas para su
realización personal, que a la vez busca el perfeccionamiento de éste, al inculcarle reglas,
comportamientos, conocimientos, contenidos, valores, entre otros, acorde al entorno en el
cual se encuentra inmerso.
En el contexto, entorno, donde se desarrolla cada educando, puede distinguirse
el establecimiento de una interrelación de “toma y daca”, donde el contexto sustenta
al educando, pero a su vez, el educando sustenta al contexto, y esto se da a través
de los saberes.
Esquema 2 – Relaciones entre el contexto y el educando
NUTRECONTEXTO EDUCANDO
Fuente: elaboración propia.
Dicho proceso integra conocimientos llevados a contenidos según los fines de
la educación en cada país. Conocimientos, contenidos, comportamientos, valores se
incorporan a los saberes necesarios para la formación de las generaciones.
La primera idea respecto a saberes, tiene que ver con el pensamiento freireriano
cuando reconoce que la sabiduría parte de la ignorancia, y que no hay ignorantes
absolutos, pues al decir de Silva (2020, p. 72):
La dicotomía saber – ignorar se manifiesta de forma relativa, pues cada hombre sabe algo
que aprendió de su antepasado y que enseñará a su descendiente. Por tanto, la educación
se presenta como una búsqueda persistente del hombre por sí mismo.
La escuela por su parte busca socializar mediante el conocimiento, a través
del proceso de enseñanza aprendizaje, esa tarea socializadora precisa saberes que
los estudiantes aprenden. En ese aprendizaje, al decir de Ollivier (2017, p. 178):
(…) los ámbitos de la sociedad y los ámbitos de la persona se encuentran interconectados, por
lo que es función social de la escuela revalorar los contenidos de los procesos de enseñanza
aprendizaje y ofrecer interrelacionado, lo económico, lo social, lo político, lo cultural, lo
productivo – tecnológico, agropecuario, la salud, en relación con el desarrollo del lenguaje,
las habilidades del pensamiento, socio – afectivas, corporales, la eticidad.
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Educación y salud: mirada diversa, reexiva y relacional para el desarrollo humano del siglo XXI
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Cuando se habla de aprendizaje, la representación mental rápida que acude a
la mente es que se refiere a saber acerca de algo, y se es capaz de decir algo de eso
aprendido.
Pero realmente, ese decir, puede ser memorizado, (vieja tradición), pero
también puede ser comprendido, interpretado, expresado con palabras propias que
demuestren ese aprendizaje. Es lo que al decir de Ollivier (2017, p. 177) “(…) el
educando será capaz de otorgarle algún significado al incorporarlo a su esquema
de conocimientos”. Es precisamente ahí donde radica una de las principales ideas
a sugerir en cuanto a los criterios de selección de saberes para esta educación de
la contemporaneidad: el grado de significatividad que tenga para el estudiantado,
aquello que se les va a entregar como saber necesario en su preparación para la
vida.
En el caso de cómo aplicar el saber sobre la salud a la realidad, resulta
conveniente tener en cuenta García (2012, p. 90) quien reconoce que se requiere
“(…) aplicar tres conceptos fundamentales: conciencia, cultura y sensibilización”.
Son acciones que bien pueden quedar concebidas en una estrategia de actuación
docente a la hora de desarrollar el proceso de enseñanza - aprendizaje que incluya
saberes interdisciplinarios donde los saberes sobre salud como concepto general
estén integrados a los saberes de la educación actual.
De hecho ya se dan muchos pasos en los diferentes niveles de enseñanza en
algunos países donde se educa para prevenir, por ejemplo, contra enfermedades
contagiosas como la tuberculosis, o contra el síndrome de inmunodeficiencia
adquirida (VIH), pero también se educa por una educación ambiental que favorezca
el entendimiento de evitar los daños a la naturaleza, a la vida en general, por medio
de un llamado a atender a males del presente entre los que puede mencionarse
a la contaminación ambiental; o lo que también más comúnmente se distingue
en los diferentes niveles de enseñanza: la educación física, la práctica masiva de
deportes, como forma de alcanzar salud.
En todos los casos se trata de desarrollar un proceso educativo que contiene a
la concienciación, donde están presentes la comprensión y la interpretación de cada
acción, la comunicación de una cultura, en sentido amplio, a modo de conocimientos
y sensibilización para una actuación más comprometida y responsable.
Todos estos ejemplos se dan en las instituciones educativas de diversas
formas, unos bajo el nombre de estrategias curriculares, otros sobre la forma de
la transversalidad, también bajo los preceptos de la formación integral, quizás
otros, como parte de la educación para la salud. Muchas denominaciones pueden
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recibir acorde a la forma de organización y fines con que se decida en cada espacio
educativo, lo que sí queda claro es que se van dando pasos hacia una educación
donde la búsqueda de la salud está presente y se desarrolla desde la idea de
relaciones interdisciplinares, que van sentando las bases en los docentes para un
proceso sistemático, como una filosofía de trabajo, que aporta un pensamiento
interdisciplinar, colaborativo para alcanzar la articulación de los contenidos, como
saberes integrados.
Conclusiones
La comunicación ha tenido en cuenta una mirada reflexiva, relacional, amplia,
hacia los conceptos de educación y salud, que deja ver cómo desde el análisis
gramatical puede inferirse una relación que avanza hacia su comprensión social,
como procesos, satisfactores de necesidades, desafíos, que precisan de soluciones
con saberes integrados de forma organizada, bajo el pensamiento mayor de preparar
a las generaciones para la vida, para toda la vida.
En esa idea que se ha esbozado de priorizar la educación para alcanzar
salud como aspectos del desarrollo humano sostenible, se precisa de unos saberes
interdisciplinares, presentados con significatividad y desde las propias vivencias
del estudiantado para que puedan ser aplicados en su vida cotidiana.
Finalmente es válido el pensamiento estratégico de una relación entre
educación y salud desde las acciones de concienciación, unos saberes integrados
bajo el concepto amplio de cultura en función de la realidad contextual – temporal,
todo, acompañado de un bien organizado proceso de sensibilización.
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