
10 ESPAÇO PEDAGÓGICO v. 28, n. 1, Passo Fundo, p. 6-12, jan./abr. 2021 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
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jovens e estudantes de escola pública. O estudo tomou por base o grupo focal e ob-
servações do Facebook e do Instagram e concluiu que os dispositivos vão atuando
sobre elas (as mulheres), ao mesmo tempo que apresentam linhas de visibilidade,
de força e de subjetivação.
O artigo Experiências narrativas de professoras iniciantes: movimentos de so-
cialização no cotidiano escolar, de Inês Ferreira de Souza Bragança e Joelson de
Sousa Morais, ocupa-se com o tema da socialização no cotidiano escolar, enfocando
experiências narrativas de professoras em início de carreira. Por meio de narrativas
autobiográficas, analisam as experiências de três pedagogas atuantes no 5º ano do
ensino fundamental. Os autores concluem que as narrativas das professoras inician-
tes apontam, ao mesmo tempo, para aprendizagens importantes na consolidação do
campo profissional e, paradoxalmente, para aspectos de desprofissionalização do
magistério das docentes em sua inserção no cotidiano institucional das escolas.
Na sequência, o artigo de Simone Lucena, Gersivalda Mendonça da Mota e
Sandra Virginia Correia de Andrade Santos, intitulado Produzir e compartilhar: a
produção de professores da educação básica no YouTube, é resultado de uma pesqui-
sa que buscou compreender as possibilidades de utilização do YouTube na educação,
envolvendo uma proposta de criação e cocriação de vídeos, junto aos professores da
educação básica. A conclusão é de que nem todos os professores conseguem se apro-
priar das dinâmicas de criação ou cocriação de vídeos e nem compartilham suas pro-
duções, por dificuldade de imersão na cibercultura, por insegurança ou resistência.
Mais três artigos de fluxo contínuo compõem o presente número da Revista
Espaço Pedagógico. O primeiro é de autoria de Ireno Antônio Berticelli, intitulado
Família e propaganda – imagem restaurada: um exercício de leitura de imagens,
e enfoca o modo como uma propaganda de automóvel voltada à família carrega
sentidos profundos, mas nem sempre explícitos. Conclui que, na propaganda em
questão, é possível identificar um padrão cultural de família através de um mo-
delo de automóvel. O artigo seguinte, de Marta Regina Paulo da Silva, intitula-se
Criança, infância e cidadania: diálogos de inspiração em Paulo Freire e tem como
foco pensar a criança, a infância e a cidadania com base em Freire, autor que con-
cebe a criança como sujeito de direito à palavra e à participação. A autora chega
à conclusão de que a epistemologia freireana nos remete à compreensão de que
educação, cidadania e infância não são apenas conceitos abstratos, mas dimensões
de uma práxis crítica e criativa, que nos possibilita reconhecer as crianças como
cidadãs e construir, com elas, práticas pedagógicas emancipadoras. Por fim, o ar-
tigo de Isabel Cristina Machado de Lara e José Ricardo Barbosa Cardoso trata de