ESPAÇO PEDAGÓGICO
Este artigo está licenciado com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
132
v. 29, n. 1, Passo Fundo, p. 132-148, jan./abr. 2022 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
Escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão
1
Child Scale of Social Attitudes toward Inclusion
Escala infantil de actitudes sociales hacia la inclusión
Camila Mugnai Vieira
*
Sadao Omote
**
Luciana Ramos Baleotti
***
Maewa Martina Gomes da Silva e Souza
****
Resumo
O presente estudo descreve o processo de validação de uma escala denominada Atitudes Sociais em
Relação a Inclusão Escala Infantil (ASI-EI). Participaram 1063 estudantes do Ensino Fundamental,
Ciclos I e II, de quatro regiões brasileiras, sendo 500 do sexo masculino e 563 do sexo feminino.
Para a coleta de dados utilizou-se a ASI-EI, constituída por 20 itens, dos quais 10 expressam atitudes
sociais favoráveis em relação à inclusão e outros 10, atitudes desfavoráveis. A ASI-EI foi aplicada
coletivamente em salas de aula. O Test de Student e o de Qui-quadrado evidenciaram a adequação
dos itens. A fidedignidade da escala também foi evidenciada pelo procedimento de split half. A análise
da validade produziu inequívoca evidência de que a ASI-EI mede o fenômeno a cuja mensuração se
destina. O trabalho desenvolvido resultou na construção de um instrumento válido e confiável para
medir as atitudes sociais de estudantes do Ensino Fundamental em relação à inclusão.
Palavras-chave: atitudes sociais; inclusão; ensino fundamental.
Recebido em: 21/02/2022 Aprovado em: 21/06/2022
https://doi.org/10.5335/rep.v29i1.13072
ISSN on-line: 2238-0302
*
Doutora e pós-doutoranda em Educação pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Docente da Disciplina de
Psicologia e do Mestrado Profissional Ensino em Saúde da Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA). E-mail:
camilamugnai@gmail.com. Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7564-6218.
**
Livre-Docente. Professor Titular aposentado do Departamento de Educação Especial da Faculdade de Filosofia e Ciências.
Universidade Estadual Paulista (UNESP). Orcid: https://orcid.org/0000-0003-2455-4529. E-mail: somote@uol.com.br.
***
Professora Assistente Doutora, nível II, Curso de Graduação em Terapia Ocupacional, Faculdade de Filosofia e Ciências,
UNESP, campus de Marília. Vinculado ao Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias,
Instituto de Biociências, Unesp, campus de Rio Claro. Co-orientadora junto ao Programa de Pós-graduação em Design,
UNESP, campus de Bauru. E-mail: luciana.r.baleotti@unesp.br. Orcid: https://orcid.org/0000-0002-3300-2075.
****
Doutora e mestra em educação, na linha da Educação Especial pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade
de Filosofia e Ciências (FFC), Campus de Marília/SP. Professora na Faculdade de Ensino Superior e Formação Integral.
E-mail: maewa.martina@gmail.com. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-4322-3100.
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Sadao Omote, Camila Mugnai Vieira, Luciana Ramos Baleotti, Maewa Martina Gomes da Silva e Souza
133
v. 29, n. 1, Passo Fundo, p. 132-148, jan./abr. 2022 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
Abstract
This paper describes the validation process of a scale called Social Attitudes toward Inclusion Child
Scale (ASI-EI). The study included 1063 Elementary School students, 500 males and 563 females,
from four Brazilian regions. For data collection, the ASI-EI was used, consisting of 20 items, 10 of
which expressing favorable social attitudes toward inclusion and another 10 unfavorable ones. ASI-
EI was applied collectively in classrooms. Student t test and Chi-square test evidenced the adequacy
of the items. The reliability of the scale was evidenced by the split half procedure. The validity
analysis produced unequivocal evidence that the ASI-EI measures the phenomenon it is intended to
measure. The study developed resulted in the construction of a valid and reliable scale to measure
the social attitudes of elementary school students toward inclusion.
Keywords: social attitudes; inclusion; elementary school.
Resumen
Este estudio describe el proceso de validación de una escala denominada Actitudes Sociales hacia la
Inclusión - Escala Infantil (ASI-EI). Participaron 1063 estudiantes de Educación Primaria, 500 niños
y 563 niñas, de cuatro regiones brasileñas. Para la recogida de datos se utilizó el ASI-EI, compuesto
por 20 ítems, 10 de los cuales expresan actitudes sociales favorables hacia la inclusión y otros 10
desfavorables. ASI-EI se aplicó colectivamente en las aulas. La prueba t de Student y la prueba de
Chi-cuadrado evidenciaron la adecuación de los ítems. La confiabilidad de la escala también fue
evidenciada por el procedimiento de split half. El análisis de validez arrojó evidencia inequívoca de
que el ASI-EI mide el fenómeno que se pretende medir. El trabajo desarrollado resultó en la
construcción de un instrumento válido y confiable para medir las actitudes sociales de los estudiantes
de Educación Primaria en relación a la inclusión.
Palabras clave: actitudes sociales; inclusión; educación primaria.
Introdução
As mais variadas diferenças entre as pessoas e grupos de pessoas fazem parte in-
tegrante da vida normal de qualquer comunidade. No seu processo evolutivo e de
socialização, as pessoas aprendem a respeito dessas diferenças e a lidar com elas, de tal
sorte que se tornam familiares e são percebidas como fatos corriqueiros e normais da
sua comunidade (VIEIRA; VIEIRA, 2020). Algumas diferenças, entretanto, chamam
a atenção especial das pessoas, ocasionando reações que podem variar de curiosidade e
atração até de temor e rejeição. As reações de temor e rejeição podem consolidar-se na
forma de construção de um estigma e de exclusão das pessoas que apresentam essas
diferenças.
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão
134
Essa forma de tratamento de pessoas que apresentam diferenças consideradas
abomináveis pode institucionalizar-se com tempo e ser aceita como procedimento ri-
gorosamente normal, e talvez até correto. As crianças aprendem os diferentes padrões
utilizados pela sua comunidade para lidar com essas diferenças, por meio de informa-
ções obtidas dos adultos com os quais convivem e daquelas veiculadas pelos meios de
comunicação em geral, além de eventuais experiências de observação direta.
A curiosidade infantil com relação às diferenças humanas é imensa e frequente-
mente as crianças indagam os pais ou professores, mais por curiosidade que por medo.
Dependendo do contexto, contudo, podem aprender a evitar as diferenças
(COLEMAN, 1986). Os adultos podem não falar sobre o tema, não responder às per-
guntas das crianças e desviar o assunto quando questionados ou ainda transmitir
concepções equivocadas, reproduzindo estereótipos e preconceitos. Por conseguinte, as
crianças podem aprender que a diferença é motivo de constrangimento e que tem uma
conotação negativa. Particularmente com relação à deficiência, aprende-se comumente
que é algo “estranho”, do qual se deve afastar e sobre o que não se deve perguntar ou
falar (VIEIRA, 2006; VIEIRA; DENARI, 2007; SOUZA, 2014; VIEIRA, 2014;
VIEIRA; VIEIRA, 2020).
Várias pesquisas têm se ocupado da investigação de concepções e atitudes de cri-
anças sem deficiência em relação às deficiências e à inclusão, especialmente relacionadas
ao contexto escolar. Em síntese, elas indicam um desconhecimento das deficiências por
parte das crianças e, de modo geral, há assimilação de informações equivocadas ou falta
de acesso a elas, possibilitando a criação de explicações fantasiosas e muitas vezes carre-
gadas de estereótipos e preconceitos (VIEIRA; DENARI, 2007, 2014; SOUZA, 2014,
2019; CONCEIÇÃO, 2018).
A inclusão de pessoas com diferentes características historicamente excluídas vem
ocupando posição de destaque nos debates em diferentes contextos sociais. Dentro
dessa tendência, vem sendo realizadas pesquisas acerca da inclusão educacional de cri-
anças e jovens, pertencentes à categoria do assim chamado público-alvo da Educação
Especial (PAEE). Esta categoria se constitui de pessoas com diferentes deficiências, com
transtorno do espectro autista (TEA) e com altas habilidades e superdotação (AH/SD).
Na Educação Básica brasileira, dados do censo escolar realizado em 2019
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)
revelam que o percentual de alunos com deficiência, TEA ou AH/SD matriculados em
classes comuns tem aumentado gradualmente para todas as etapas de ensino (BRASIL,
2020).
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Sadao Omote, Camila Mugnai Vieira, Luciana Ramos Baleotti, Maewa Martina Gomes da Silva e Souza
135
v. 29, n. 1, Passo Fundo, p. 132-148, jan./abr. 2022 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
Do ponto de vista da prática educacional, o aumento no percentual desses alunos
em escolas regulares deve ser abordado de forma a priorizar a necessidade de vencer
uma série de barreiras como a pedagógica, a arquitetônica e a de formação de recursos
humanos. Diante disso, o governo brasileiro vem investindo na ampliação de políticas
públicas que visam a remoção de barreiras arquitetônicas, acesso a tecnologia assistiva,
professores intérpretes, Atendimento Educacional Especializado, Sala de Recursos
Multifuncionais, entre outras alternativas. Todas as adequações visam incorporar as
diferenças e devem ser previstas e planejadas no projeto político-pedagógico de cada
escola, e ser entendidas como elementos fundamentais para garantir o acesso aos bens
educacionais, que, de outra forma, não seria possível para alguns dos alunos PAEE.
Nas pesquisas sobre a inclusão educacional, além das questões relacionadas dire-
tamente à aprendizagem escolar dos estudantes que requerem intervenção diferenciada,
como as suas características e os recursos e procedimentos de ensino destinados a eles,
o seu entorno social tem merecido especial atenção. Nessa perspectiva, o entorno social
particularmente importante é representado pelas classes frequentadas pelos estudantes
com necessidades educacionais especiais (NEE). Portanto, os professores e colegas de
classe constituem personagens importantes a serem consideradas nessa discussão.
O processo de construção da educação inclusiva não decorre automaticamente
das adequações consideradas necessárias. As variáveis pessoais e sociais de todas as pes-
soas que compõem a comunidade escolar desempenham papel importante nesse
processo. Uma dessas variáveis que vem sendo estudada para a compreensão de com-
portamentos sociais são as atitudes sociais em relação à inclusão (OMOTE, 2005,
2016, 2018).
As atitudes sociais se definem em relação a um determinado alvo, referido por objeto atitudinal
e constituído por algum objeto social, como uma categoria de pessoas ou uma instituição social.
Assim, pode-se falar em atitudes sociais em relação a pessoas com uma determinada deficiência
ou em relação à inclusão (OMOTE, 2016, p. 1).
O estudo das atitudes sociais possibilita verificar o direcionamento das ações das
pessoas em relação a determinados objetos sociais e permite que se façam inferências
acerca de seu comportamento (RODRIGUES; ASSMAR; JABLONSKI, 2007).
A compreensão das atitudes sociais em relação à inclusão escolar de crianças com
deficiência é considerada um aspecto relevante na literatura da área (BALEOTTI,
2006; DE BOER; PIJL; MINNAERT, 2011; SOUZA, 2014; VIEIRA, 2014), uma
vez que as atitudes podem influenciar a cooperação e o clima social em uma escola
inclusiva (BURGE; OUELLETTE-KUNTZ; HUTCHINSON; BOX, 2008;
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão
136
SIPERSTEIN et al, 2011). A inclusão escolar bem sucedida depende, em grande parte,
das atitudes sociais e da cooperação de todos os envolvidos: pais, alunos, professores,
gestores escolares e aqueles responsáveis pelas políticas públicas (SIPERSTEIN et al.,
2011). Dentre estes, seguramente os professores e os alunos que compõem a classe
representam personagens centrais no processo inclusivo no cotidiano escolar. Os
estudantes com e sem NEE passam grande parte do tempo juntos, participando de
atividades acadêmicas, sociais, culturais e de lazer, que ocorrem no contexto escolar.
Mas, compartilhar o ambiente físico não significa que estejam ocorrendo interações
sociais positivas entre eles.
Os professores têm papel especialmente importante nesse contexto,
particularmente nas classes constituídas por crianças e adolescentes. Compreendendo
que a formação desses professores se constitui em um importante determinante do su-
cesso para a construção da Educação Inclusiva, tem sido feitos investimentos na sua
capacitação. Nessa capacitação, vêm sendo realizados estudos das atitudes sociais de
professores em relação à inclusão, considerando que elas podem influenciar direta-
mente as ações docentes com relação à presença de estudante PAEE na sua classe, seja
na formação inicial (MARINHO, 2016) seja na formação continuada (MENINO-
MENCIA, 2020).
De fato, esses apontamentos foram evidenciados em estudos realizados em esco-
las brasileiras, cujos resultados apontam que as atitudes sociais de estudantes com
experiência de convívio com colegas PAEE não se diferenciam das atitudes sociais da-
queles sem essa experiência (BALEOTTI, 2006; SOUZA, 2014). Estudos realizados
na Alemanha, sugerem que o risco de crianças com deficiência serem rejeitadas por seus
colegas é três vezes maior do que para crianças sem deficiência (HUBER, 2008 apud
GERULLIS; HUBER, 2018; HUBER; WILBERT, 2012 apud GERULLIS; HUBER,
2018).
Estudar as atitudes sociais que as crianças sem deficiência têm em relação às
crianças PAEE representa um elemento importante para a compreensão de fenômenos
ligados a um ambiente acolhedor, incluindo a predisposição para a interação e para a
aprendizagem conjunta em ambientes inclusivos (BUNCH; VALEO, 2004; LAWS;
KELLY, 2005).
Para tanto, é necessária a utilização de instrumentos confiáveis de mensuração de
atitudes sociais para a população infantil. Para Omote,
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Sadao Omote, Camila Mugnai Vieira, Luciana Ramos Baleotti, Maewa Martina Gomes da Silva e Souza
137
v. 29, n. 1, Passo Fundo, p. 132-148, jan./abr. 2022 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
[...] a utilização de instrumento de mensuração confiável certamente poderá contribuir para o
desenvolvimento de pesquisas empíricas, altamente necessárias hoje para ultrapassar as discussões
meramente opinativas ou baseadas em alguns dogmas, e produzir conhecimentos científicos
acerca da realidade social da inclusão (OMOTE, 2005, p. 37).
No Brasil, há carência de instrumentos dessa natureza. A disponibilidade de um
instrumento consistente, culturalmente apropriado e confiável pode contribuir signifi-
cativamente para os avanços na pesquisa acerca das atitudes sociais da população
infantil frente à educação inclusiva. A construção de um instrumento de mensuração
de fenômenos como atitudes sociais requer uma série de cuidados metodológicos para
assegurar a confiabilidade dos dados coletados. Esse processo não é rápido, nem tam-
pouco simples, e deve seguir diretrizes sólidas para que o instrumento seja validado para
uso.
O grupo de pesquisa Diferença, Desvio e Estigma
2
vem realizando pesquisas so-
bre as atitudes sociais de estudantes do Ensino Fundamental em relação à inclusão já
há algum tempo, considerando que estudos a seu respeito não têm acompanhado o
crescente interesse pelas atitudes sociais de professores em relação à inclusão. Assim,
foi iniciada a construção de um instrumento de mensuração destinado à avaliação das
atitudes sociais de estudantes do Ensino Fundamental em relação à inclusão, o qual
convencionou-se chamar de Escala Infantil de Atitudes Sociais em relação à Inclusão
(ASI-EI), há quase duas décadas (BALEOTTI; OMOTE, 2003; BALEOTTI, 2020).
Esta escala vem sendo utilizada em alguns estudos (BALEOTTI, 2006; VIEIRA,
2006, 2014; CONCEIÇÃO, 2018; SOUZA, 2014, 2019) e, no decorrer do seu uso,
sofreu algumas alterações, sempre em busca do seu aprimoramento. A escala, original-
mente constituída de 27 itens, passou a ter 20 itens, dos quais 10 são favoráveis e 10
desfavoráveis à inclusão. Para uma avaliação e eventual alteração em busca de um ins-
trumento confiável de avaliação das atitudes sociais de estudantes do Ensino
Fundamental em relação à inclusão, o presente estudo retoma os dados de Vieira
(2014) e Souza (2019) para a análise de propriedades psicométricas da ASI-EI, com a
possibilidade de novas coletas de dados.
Sendo assim, foi propósito deste estudo analisar detalhadamente os dados da úl-
tima etapa dessa trajetória de construção da ASI-EI para verificar a sua confiabilidade.
Os objetivos específicos foram: 1. Proceder a análise de item com os dados coletados
junto a estudantes do Ensino Fundamental; 2. Verificar a fidedignidade da escala e
3. Verificar a validade da escala.
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão
138
Método
3
São analisados os dados coletados junto a três amostras: A, B e C. Da amostra A
participaram 516 estudantes do Ciclo I do Ensino Fundamental de uma cidade de
médio porte da região Centro-Oeste do Estado de São Paulo, sendo 268 do sexo mas-
culino e 248 do sexo feminino. A amostra B foi constituída por 426 estudantes do
Ensino Fundamental, sendo 222 do Ciclo I e 204 do Ciclo II, pertencentes a escolas
de quatro regiões do Brasil
4
. Desse total, 198 eram do sexo masculino e 228, do sexo
feminino. Da amostra C participaram 121 estudantes do Ensino Fundamental, do
ao 5º ano do EF, sendo 34 do sexo masculino e 87 do sexo feminino.
Foi utilizada a ASI-EI, constituída por 20 itens, sendo 10 positivos e 10 negati-
vos. Cada item é constituído de um enunciado, acompanhado de três alternativas de
resposta: “Sim”, “Não” e “Não Sei”. O participante da pesquisa precisa assinalar uma
dessas alternativas com relação ao conteúdo do enunciado, que expressa alguma afir-
mação sobre deficiência, ensino de estudante com deficiência, convívio com colega com
deficiência, etc. Um item é considerado positivo, se a concordância com a afirmação
expressa atitudes sociais favoráveis, e considerado negativo, se a concordância expressa
atitudes sociais desfavoráveis. A resposta “Não Sei” é assinalada quando o participante
não compreender o enunciado ou não tiver opinião formada a respeito do assunto tra-
tado. A ASI-EI é apresentada na Figura 1.
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Sadao Omote, Camila Mugnai Vieira, Luciana Ramos Baleotti, Maewa Martina Gomes da Silva e Souza
139
v. 29, n. 1, Passo Fundo, p. 132-148, jan./abr. 2022 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
Figura 1 - Atitudes Sociais em relação à inclusão – Escala Infantil (ASI-EI)
Fonte: Elaborada pelos autores
Os dados foram coletados por meio da ASI-EI, aplicada coletivamente em salas
de aula, com a necessária supervisão direta à turma, sempre que necessário em vista de
alguma dificuldade apresentada por estudantes, especialmente dos anos iniciais.
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão
140
Preliminarmente, foram calculados os escores individuais, os quais foram utiliza-
dos para todas as análises realizadas. No cálculo dos escores individuais, à resposta a
cada um dos 20 itens foi atribuída uma nota, sendo 1, 2 ou 3. A nota 1 foi atribuída
para a resposta “Não” diante do item positivo e resposta “Sim” para o item negativo; a
nota 3 foi atribuída para a resposta “Sim” diante do item positivo e resposta “Não”
para o item negativo; a nota 2 foi atribuída para a resposta “Não Sei”, independente-
mente da valência do item. O escore foi calculado mediante a soma das notas atribuídas
aos 20 itens. Portanto, o escopo da escala pode variar de escore 20 a 60.
Inicialmente, foi realizada a análise de item para identificar possíveis itens que
não são suficientemente sensíveis para mensurar atitudes sociais diferentes na sua mag-
nitude ou valência. Na análise de item, tradicionalmente tem sido utilizado o test t de
Student, o que foi feito no presente estudo, mas, adicionalmente, foi também utilizado
o teste de qui-quadrado, que se revelou ser mais sensível em estudo anterior (OMOTE,
2005).
Para descrever as características psicométricas da ASI-EI, foram feitos cálculos
para verificar a fidedignidade e validade da escala para cada uma das amostras separa-
damente. Para o estudo da fidedignidade, foi utilizado o procedimento de split half, no
qual são comparados escores das duas metades da escala. Tradicionalmente, comparam-
se a primeira metade dos itens e a segunda metade. Entretanto, considerando a possi-
bilidade de, no decorrer dos itens da escala, ocorrer alterações no modo de responder
dos participantes, em decorrência de variáveis como cansaço, aprendizagem ou outras
tendências que se podem estabelecer, foi também comparada uma metade constituída
por itens ímpares e outra metade constituída por itens pares (OMOTE, 2005).
No estudo da validade da escala, diferentes grupos foram comparados nas cir-
cunstâncias nas quais havia forte indício de diferenças nas atitudes sociais. Foram
utilizados os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney nas comparações de grupos in-
dependentes e o teste de Wilcoxon nas comparações de grupos dependentes.
Resultados e discussão
Calculados os escores individuais da ASI-EI, inicialmente foram realizadas algu-
mas comparações entre diferentes agrupamentos para verificar a possibilidade de reuni-
los em grupos maiores.
Os participantes da amostra A eram alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Funda-
mental de duas escolas. Assim, foram comparados os escores de participantes de
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Sadao Omote, Camila Mugnai Vieira, Luciana Ramos Baleotti, Maewa Martina Gomes da Silva e Souza
141
v. 29, n. 1, Passo Fundo, p. 132-148, jan./abr. 2022 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
diferentes anos escolares, obtendo-se resultado que sugere a equivalência estatística en-
tre os diferentes anos nas duas escolas. Foram reunidos os alunos dos cinco anos
escolares para cada escola e foram comparados os escores de estudantes de uma escola
com os da outra escola. Nesta comparação também foi obtida a evidência da equiva-
lência estatística entre os grupos. Diante desses resultados, todos os participantes da
amostra A compuseram um único grupo para fins de todas as análises realizadas para o
estudo das propriedades psicométricas.
A amostra B era constituída por estudantes do 1º ao 9º ano do Ensino Funda-
mental, pertencentes a várias escolas de algumas cidades representativas das cinco
regiões do Brasil. Comparando os escores dos estudantes de diferentes anos escolares,
diferenças estatisticamente significantes foram encontradas, sobretudo entre os do Ci-
clo I e os do Ciclo II, razão pela qual a amostra foi subdividida em dois grupos, o G1
constituído por estudantes do 1º ao 5º ano e o G2 constituído por estudantes do 6º ao
9º ano. Comparando os escores dos estudantes provenientes de diferentes regiões do
País, diferenças expressivas foram identificadas entre os da Região Centro-Oeste e os
das demais regiões.
A coleta de dados realizada em algumas escolas da Região Centro-Oeste foi es-
pecialmente complicada, com recusas e suspeitas da parte dos gestores e professores de
algumas escolas, bem como resistência da parte de muitos responsáveis pelos estudantes
para assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido. Decidiu-se, portanto, pela
exclusão dos dados desta região na presente análise. As outras quatro regiões, uma vez
que foi evidenciada a equivalência estatística, foram reunidas, formando dois grupos, o
G1 e o G2.
A amostra C eram estudantes do 3º ao 5ºano do Ensino Fundamental. A análise
preliminar indicou haver equivalência estatística entre os escores obtidos por estudantes
dos diferentes anos, o que permitiu reuni-los num único grupo para fins de análise.
Para uma visualização geral e sintética dos escores de atitudes sociais obtidos por
esses grupos de participantes, a Tabela 1 apresenta valores relativos ao tamanho dos
grupos, a variação, representada pelo valor mínimo e valor máximo, mediana e disper-
são, indicada pelos valores de quartil 1 e quartil 3. Considerando que os dados foram
coletados em momentos diferentes, em diferentes escolas de diferentes regiões, para os
propósitos do presente texto, não há interesse em proceder a comparação dos escores
de diferentes grupos.
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão
142
Tabela 1. Parâmetros estatísticos dos escores de ASI-EI.
Fonte: elaborada pelos autores
*
em alguns grupos a nota mínima foi menor do que 20 porque não foram excluídas crianças que deixa-
ram alguns itens em branco.
No estudo da confiabilidade de uma escala, é preciso verificar inicialmente se
cada um dos itens que compõem o instrumento mede adequadamente o fenômeno sob
mensuração. Para tanto, foi feita a análise de item com os resultados obtidos de dife-
rentes grupos, seguindo a sequência em que o instrumento foi aplicado a novos grupos
em função do resultado encontrado nessa análise de item. Esse processo foi realizado
até que todos os itens tivessem a sua capacidade discriminativa evidenciada.
Para a análise de item, o grupo é dividido em duas metades em função do valor
mediano dos escores: grupo abaixo da mediana e grupo acima da mediana. As notas
obtidas em cada um dos itens pelo grupo abaixo da mediana são comparadas com as
notas do grupo acima da mediana. Se o item avalia bem, deve haver diferença estatisti-
camente significante entre esses grupos, com a predominância de nota alta no grupo
acima da mediana e de nota baixa no grupo abaixo da mediana. Tradicionalmente, essa
comparação é realizada por meio do t de Student. Adicionalmente, foi também utili-
zado o teste de qui-quadrado, o qual se mostrou mais sensível que o t de Student
(OMOTE, 2005).
Analisando os resultados do grupo A, não foi encontrada diferença significante
entre os grupos para os itens 5, 10 e 11, isto é, os enunciados não possuem sensibilidade
suficiente para diferenciar quem tem atitudes sociais favoráveis daqueles cujas atitudes
são desfavoráveis. Os enunciados originais eram: “O aluno com deficiência sempre pre-
cisa de ajuda na sala de aula” para o item 5, “As classes só para alunos deficientes
deveriam acabar” para o item 10 e “A professora deve dar mais atenção para o aluno
que é deficiente” para o item 11. Foi alterada a redação desses itens para “O aluno com
deficiência não consegue fazer nada sozinho na sala de aula”, “Todos os alunos defici-
entes devem estudar na mesma classe que os alunos normais” e “Os alunos normais
Amostra/grupo
n
Variação
(min-max)
*
Mediana
Dispersão
(Quartil1- Quartil3)
A
516
22-58
38
34-42
B1
222
13-60
45
40-51
B2
204
14-60
50,5
44-54
C
121
30-60
53
48-56
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Sadao Omote, Camila Mugnai Vieira, Luciana Ramos Baleotti, Maewa Martina Gomes da Silva e Souza
143
v. 29, n. 1, Passo Fundo, p. 132-148, jan./abr. 2022 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
devem reclamar se a professora der mais atenção para o aluno deficiente”, respectiva-
mente.
Com a nova redação desses três itens, a escala foi aplicada para o grupo B1 e
grupo B2. Procedendo ao competente cálculo, verificou-se que, nos itens 10 e 11, foi
evidenciada diferença altamente significante entre o grupo abaixo da mediana e o grupo
acima da mediana (p<0,0001 para o grupo B1, tanto no teste t de Student quanto no
de qui-quadrado, e p<0,0001 para o grupo B2, tanto no teste t de Student quanto no
de qui-quadrado, em ambos os itens). Já no item 5, não foi verificada diferença signi-
ficante entre o grupo abaixo da mediana e grupo acima da mediana no grupo B1 e no
grupo B2 em ambos os testes estatísticos (p>0,05).
Em vista disto, a redação do enunciado do item 5 foi alterada para “O aluno com
deficiência tem dificuldades para fazer atividade sozinho na sala de aula”. A escala foi
aplicada, com essa nova redação do enunciado do item 5, para o grupo C. A análise
indicou que, com a nova redação, o item 5 apresentou sensibilidade suficiente para
diferenciar o grupo abaixo da mediana do grupo acima de mediana. A diferença entre
os grupos é significante, conforme test t de Student (p = 0,0046). No teste de qui-
quadrado a diferença não chegou a alcançar o nível de significância (p = 0,0937), po-
rém, em vista dos valores de p obtidos nos dois testes e considerando que o qui-
quadrado se mostrou ser mais rigoroso nesse tipo de análise que o t de Student
(OMOTE, 2005), habitualmente empregado em análise de itens, o item 5 foi consi-
derado adequado.
Uma importante propriedade de um instrumento de mensuração é a sua fidedig-
nidade, isto é, a sua consistência interna e replicabilidade. Um procedimento comum
para a análise da fidedignidade é conhecido como split half, no qual habitualmente se
comparam os escores da primeira metade com a segunda metade da escala. Conside-
rando a possibilidade de haver alguma alteração no modo de resposta, decorrente de
alguma ocorrência como a aprendizagem, fadiga ou viés próprio do respondente com
tendência a concordar ou a discordar, além do procedimento de split half, foi utilizado
adicionalmente um outro procedimento, que consiste em comparar os itens pares com
os itens ímpares (OMOTE, 2005).
Foram utilizados os escores dos grupos B1 e B2, por abrangerem todo o Ensino
Fundamental, do 1º ao 9º ano. No grupo B1, de estudantes do 1º ao 5º ano, foi evi-
denciada a equivalência da primeira metade com a segunda metade (p = 0,0001), bem
como a equivalência entre os itens pares e ímpares (p = 0,0008). Semelhantemente, no
grupo B2, de estudantes do 6º ao 9º ano, foi evidenciada a equivalência entre a primeira
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão
144
metade e a segunda metade (p = 0,0001), assim como a equivalência entre os itens pares
e ímpares (p = 0,0001).
Além de assegurar a fidedignidade da escala, é preciso verificar se ela mede de
fato o que se pretende mensurar. Para tanto, podem ser utilizados dois procedimentos:
aplicar a escala a dois grupos que, com base em outras evidências, apresentam fortes
indícios de que se diferenciam em atitudes sociais. Isso foi amplamente evidenciado em
alguns estudos que vêm utilizando a ASI-EI.
Brito (2011) investigou o meio atitudinal e interacional de quatro classes do 5º
ano do Ensino Fundamental, sendo uma com aluno com síndrome de Asperger com
pouco comprometimento, uma com aluno com síndrome de Asperger com maior com-
prometimento, inclusive com episódios de incontinência vesical, e duas classes sem
aluno com qualquer tipo de comprometimento. Os resultados evidenciaram atitudes
sociais em relação à inclusão significantemente mais favoráveis na classe, cujo aluno
com síndrome de Asperger tinha pouco comprometimento. As demais classes não se
diferenciaram entre si.
Nos estudos de Vieira (2006, 2014), foram utilizados procedimentos para mu-
dança de atitudes sociais de estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. A
escala infantil foi capaz de detectar mudança nas atitudes sociais como resultado da
intervenção. Souza (2014, 2019) encontrou diferenças significantes nas atitudes sociais
de estudantes do Ciclo I em relação a seus pares do Ciclo II do Ensino Fundamental.
Conceição (2018) encontrou diferenças significantes nas atitudes sociais de estudantes
do Ciclo I do Ensino Fundamental após a aplicação de programa informativo sobre
inclusão. Assim, os estudos de Brito (2011), Vieira (2006, 2014), Conceição (2018) e
Souza (2014, 2019) deixam inequívoca evidência de que a ASI- EI mede o fenômeno
a cuja mensuração se destina.
Conclusão
A ASI-EI, escala destinada à mensuração de atitudes sociais de estudantes do
Ensino Fundamental em relação à inclusão, na sua última versão, anexa ao presente
texto, apresenta itens suficientemente sensíveis para, no conjunto, estabelecer distinção
entre atitudes sociais favoráveis e as desfavoráveis. Nos dois procedimentos de split half
empregados, comparação da primeira metade dos itens com a segunda metade e com-
paração dos itens pares com os ímpares, a escala mostrou fidedignidade e estabilidade.
Por fim, a comparação dos escores de grupos suficientemente distintos e a comparação
dos escores do mesmo grupo antes e após uma intervenção feita com o propósito de
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Sadao Omote, Camila Mugnai Vieira, Luciana Ramos Baleotti, Maewa Martina Gomes da Silva e Souza
145
v. 29, n. 1, Passo Fundo, p. 132-148, jan./abr. 2022 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
mudar as atitudes sociais evidenciaram diferenças significantes, revelando que a escala
mede aquilo que se pretende medir.
Apesar da relevância das atitudes sociais da classe em relação à inclusão, ampla-
mente discutida, os estudos se referem principalmente às atitudes sociais dos
professores. Esses estudos tiveram início e expressivo avanço na medida em que foi
disponibilizada a Escala Likert de Atitudes Sociais em relação à Inclusão/ELASI, devi-
damente validada e padronizada, destinada para a mensuração de atitudes sociais de
adultos. Semelhantemente, com a versão final da ASI-EI validada e padronizada, es-
pera-se um avanço expressivo nas investigações sobre as atitudes sociais de colegas de
classe no processo de construção da Educação Inclusiva.
Notas
1
Projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, processo nº
2018/24734-7. Os autores agradecem a colaboração de Adriana Alonso Pereira e Laura Rodrigues
Yonemotu, que auxiliaram na organização das planilhas e nos cálculos estatísticos.
2
Este grupo de pesquisa foi constituído em 1995 e encontra-se cadastrado nos Diretório dos Grupos de
Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
3
Os projetos de pesquisa foram, na oportunidade, aprovados por Comitês de Ética em Pesquisa
(processo 2.070.235 da Faculdade de Filosofia e Ciências, UNESP, e processo 101/12 da Faculdade
de Medicina de Marília).
4
Por razões que serão expostas adiante, os participantes da região Centro Oeste foram excluídos desta
análise.
Referências
BALEOTTI, Luciana Ramos; OMOTE, Sadao. Atitudes sociais de alunos do ciclo I do
Ensino Fundamental em relação à inclusão: construção de uma escala infantil. In: Simpósio
em Filosofia e Ciência, 5Trabalho e conhecimento: desafios e responsabilidades das ciências,
2003, Marília. Anais eletrônicos… Marília: UNESP Marília Publicações, 2003. 1 CD-ROM.
BALEOTTI, Luciana Ramos. Um Estudo do ambiente educacional inclusivo: descrição das
atitudes sociais em relação à inclusão e das relações interpessoais. 2006. 183f. Tese (Doutorado
em Educação). Universidade Estadual Paulista, Marília, SP.
BALEOTTI, Luciana Ramos. Escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão:
trajetórias metodológicas. In: SOUZA, Maewa Martina Gomes da Silva e; CONCEIÇÃO,
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão
146
Aline de Novaes; PEREIRA, Adriana Alonso (Orgs.) Atitudes Sociais em relação à Inclusão: da
Educação Infantil ao Ensino Superior. Porto Alegre, RS: Editora Fi, 2020, p. 5564.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Censo da Educação Básica 2019: Resumo Técnico. Brasília, 2020 Disponível em:
https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/estatisticas_e_indicadores/resumo_te
cnico_censo_da_educacao_basica_2019.pdf. Acesso em: 21 out.2021.
BRITO, Maria Cláudia. Síndrome de Asperger na Educação Inclusiva: análise de atitudes
sociais e interações sociais. Tese. 2011. 168f. (Doutorado em Educação). Faculdade de
Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista, Marília, SP.
BUNCH, Gary.; VALEO, Angela. Student’s attitudes toward peers with disabilities in
inclusive and special education schools. Disability & Society, 19, pp. 6176, 2004.
BURGE, Philip; OUELLETTE-KUNTZE, Helene; HUTCHINSO, Nancy; BOX, Hugh.
A quarter century of inclusive education for children with intellectual disabilities in Ontario:
Public perceptions. Canadian Journal of Educational Administration and Policy, 87, n. 3: 1
22, 2008.
COLEMAN, Lerita. Stigma: an enigma demystified. In: AINLAY, Stephen Charles.;
BECKER, Gaylene.; COLEMAN, Lerita (Eds.). The Dilemma of difference: a
multidisciplinary view of stigma. New York: Plenumm Press, 1986. p. 211-231.
CONCEIÇÃO, Aline de Novaes. Construindo um ambiente inclusivo: estudo sobre mudanças
de concepções de deficiências e atitudes sociais de crianças em relação à inclusão. 2018. 65 f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Formação de professores em Educação
Especial e Inclusiva). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências,
Marília, SP.
DE BOER, Anke.; PIJL, Sip Jan; MINNAERT, Alexander. Regular primary schoolteachers’
attitudes towards inclusive education: A review of the literature. International Journal of
Inclusive Education, 15, n. 3: 33153, 2011.
GERULLIS, Anita; HUBER, Christian. I agree to sit next to you. Does that mean I like you?
Measuring using the wrong tapeline the lack of ‘Social Distance’ measures for inclusive
school development and research a review of the literature. Journal of Research in Special
Educational Needs, v.18, n. 2, p.124135, 2018.
LAWS, Glynis.; KELLY, Elaine. The attitudes and friendship intentions of children in
United Kingdom mainstream schools toward peers with physical or intellectual disabilities.
International Journal of Disability, Development and Education, 52, pp. 7999, 2005.
MARINHO, Carla Cristina. Concepções de estudantes de Pedagogia sobre Educação Inclusiva e
Educação Especial e suas atitudes sociais em relação à Inclusão. Dissertação. 2016. 127f .
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Sadao Omote, Camila Mugnai Vieira, Luciana Ramos Baleotti, Maewa Martina Gomes da Silva e Souza
147
v. 29, n. 1, Passo Fundo, p. 132-148, jan./abr. 2022 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade
Estadual Paulista, Marília, SP.
MENINO-MENCIA, Gislaine Ferreira. Influência de um programa de formação continuada
sobre crenças e atitudes dos professores em relação a Educação Inclusiva. Tese. 2020. 143f.
(Doutorado em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem). Faculdade de Ciências,
Universidade Estadual Paulista, Bauru, SP.
OMOTE, Sadao. A construção de uma escala de atitudes sociais em relação à inclusão: notas
preliminares. Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, v.11, n.1, p.33-48, 2005.
OMOTE, Sadao. Escala de Atitudes Sociais em relação à inclusão. Journal of Research in
Special Educational Needs, v. 16, n s1, 470473, 2016.
OMOTE, Sadao. Atitudes sociais em relação à inclusão: recentes avanços em pesquisa.
Revista Brasileira de Educação Especial, v. 24, p. 21-32, 2018.
RODRIGUES, Aroldo; ASSMAR, Eveline Maria Leal; JABLONSKY, Bernardo. Psicologia
social. 25. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
SIPERSTEIN, Gary; PARKER, Robin; BARDON, Jennifer Norins; WIDAMAN, Keith. A
national study of Chinese youths’ attitudes towards students with intellectual disabilities.
Journal of Intellectual Disability Research, 55, n. 4: 37084, 2011.
SOUZA, Maewa Martina Gomes da Silva e. Estudo evolutivo de concepções de crianças e
adolescentes sem deficiência sobre as deficiências e suas atitudes sociais em relação à inclusão.
2014. 132f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Estadual Paulista, Faculdade
de Filosofia e Ciências, Marília, SP.
SOUZA, Maewa Martina Gomes da Silva e. Concepções de deficiência e atitudes sociais de
crianças e adolescentes sem deficiência pertencentes a contextos sociais diferentes. 2019. Tese
(Doutorado em Educação). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e
Ciências, Marília, SP.
VIEIRA, Camila Mugnai. Programa informativo sobre deficiência mental e inclusão: efeitos nas
atitudes e concepções de crianças não-deficientes. 2006. 208 f. Dissertação (Mestrado em
Educação Especial). Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP.
VIEIRA, Camila Mugnai; DENARI, Fátima Elisabeth. O que pensam e sentem crianças
não-deficientes em relação às deficiências e à inclusão: revisão bibliográfica. Revista FAEEBA,
v. 16, p. 31-40, 2007.
VIEIRA, Camila Mugnai. Atitudes sociais em relação à inclusão: efeitos da capacitação de
professores para ministrar programa informativo aos alunos. 2014. 183 f. Tese (Doutorado
em Educação). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Filosofia e Ciências, Marília,
SP.
ESPAÇO PEDAGÓGICO
Escala infantil de atitudes sociais em relação à inclusão
148
VIEIRA, Camila Mugnai; VIEIRA, Priscila Mugnai. Crianças e inclusão: mudanças de
atitudes sociais por meio de estratégias educativas lúdicas. In: SOUZA, Maewa Martina
Gomes da Silva e; CONCEIÇÃO, Aline de Novaes; PEREIRA, Adriana Alonso (Orgs.)
Atitudes Sociais em relação à Inclusão: da Educação Infantil ao Ensino Superior. Porto Alegre,
RS: Editora Fi, 2020, p. 1229.