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Os significados de Intenção e Disposição para aprender na
Teoria da Aprendizagem Significativa
The meanings of intention and disposition to learn in meaningful
learning theory
Los significados de intención y disposición para el aprendizaje en la teoría
del aprendizaje significativo
Rachel Belmont
*
Karla Maria Castello Branco da Cunha
**
Evelyse dos Santos Lemos
***
Resumo
O conceito Aprendizagem Significativa, ainda polissêmico no contexto educativo e da sua
investigação, foi cunhado no escopo de uma teoria que explica seu processo, condições de ocorrência
e facilitação. Intenção e disposição (para aprender) são momentos diferentes da aprendizagem, mas
comumente assumidos como sinônimos em estudos de língua portuguesa que se baseiam na Teoria.
O objetivo deste manuscrito é apresentar reflexões sobre os significados dos referidos conceitos
presentes na obra original de Ausubel, publicada em 2000, e em sua tradução para o português, em
2003. A análise do texto original revela inconsistência na tradução de termos essenciais para a
compreensão do processo da aprendizagem, especialmente o meaningful learning set. Este fato pode
ter contribuído para um entendimento superficial desses significados. Propomos o uso do termo
learning set com significado” pela complexidade do conceito e inexistência de palavra em português
com correspondência direta para o seu significado. Por fim, sugerimos maior atenção a tais conceitos
e que novos estudos sejam realizados.
Palavras-chave: Learning set; Mecanismo de aprendizagem; Teoria de aprendizagem.
Recebido em: 15.12.2021Aprovado em: 24.02.2022
https://doi.org/10.5335/rep.v29i2.13265
ISSN on-line: 2238-0302
*
Doutora em Ciências pela Fiocruz. Graduada em Educação Física. Docente no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu
em Ensino em Biociências e Saúde da Fiocruz e na Universidade Estadual de Maringá. Orcid: https://orcid.org/0000-0003-
2611-6661. E-mail: rachelsbelmont@gmail.com.
**
Mestre em Ciências pela Fiocruz. Graduada em Ciências Biológicas. Docente aposentada do Estado do Rio de Janeiro. Orcid:
https://orcid.org/0000-0003-3503-7527. E-mail: karla.castellobranco@gmail.com.
**
*
Doutora em Ensino de Ciências pela Universidade de Burgos, Espanha. Graduada em Ciências Biológicas. Docente no
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Ensino em Biociências e Saúde da Fiocruz. Orcid: https://orcid.org/0000-
0003-1024-5290. E-mail: evelyse.lemos@gmail.com.
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Abstract
The meaningful learning concept, polysemic in the educative and investigative context, was pro-
posed in the scope of a theory that explains its process, occurrence, and facilitation conditions.
Intention and disposition (to learn) are different moments of learning but are often used as synonyms
on Portuguese papers which use the theory as a theoretical framework. The goal of this essay is to
present reflections about the meanings of these concepts on Ausubel’s original work, published in
2000, and its translation to Portuguese, in 2003. The original text analysis reveals translation incon-
sistencies for these essential concepts that explain the learning process, particularly the meaningful
learning set. These inconsistencies may have contributed to a superficial understanding of its mean-
ings. We propose the use of expression “learning set com significado” due to its complexity and lack
of a direct equivalence to its meaning in Portuguese. Finally, we suggest more attention to these
concepts and more research on this theme.
Keywords: Learning set; Learning mechanism; Learning theory.
Resumen
El concepto de aprendizaje significativo, aunque polisémico en el contexto educativo y de su inves-
tigación, fue acuñado en el ámbito de una teoría que explica su proceso, condiciones de ocurrencia
y facilitación. La intención y disposición (para aprender) son distintos momentos del aprendizaje,
pero comúnmente asumidos como sinónimos en los estudios de la lengua portuguesa basados en la
Teoría. El objetivo de este manuscrito es presentar reflexiones sobre los significados de estos concep-
tos presentes en la obra original de Ausubel, publicado en 2000, y en su traducción al portugués, en
2003. El análisis del texto original revela inconsistencias en la traducción de términos esenciales para
comprender el proceso de aprendizaje, especialmente el término meaningful learning set. Este hecho
puede haber contribuido a una comprensión superficial de estes significados. Proponemos el uso del
término “learning set com significado” debido a la complejidad de este concepto y la falta de un
término con correspondencia directa a su significado en portugués. Finalmente, sugerimos atención
a estos conceptos y que se realicen más estudios sobre el tema.
Palabras clave: Learning set; Mecanismo de aprendizaje; Teoría del aprendizaje.
Introdução
Em 1963 David Paul Ausubel formalizou, em seu livro The Psychology of Mea-
ningful Verbal Learning, uma teoria sobre como as pessoas aprendem e retêm corpus
organizados de conhecimento em ambiente escolar. Esta teoria explica que para apren-
der com significado o indivíduo deve apresentar intenção e disposição para
relacionar, de forma não arbitrária (não aleatória) e substantiva (não literal), uma nova
informação às ideias relevantes presentes em sua estrutura cognitiva. Neste processo,
por ele denominado assimilação
1
, a estrutura cognitiva é modificada e ampliada, pois
tanto os conhecimentos prévios como a nova informação tornam-se diferenciados, mais
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elaborados e estáveis (AUSUBEL, 2003). Além disso, pelo caráter pessoal e idiossincrá-
tico da aprendizagem, Ausubel aponta que o material instrucional deve ser
potencialmente significativo. Embora este conceito esteja relacionado ao fazer docente,
sua relevância e significado não serão discutidos neste texto.
A Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS) consolidou-se como importante
marco teórico para o contexto educativo com os aportes teóricos de Gowin (1981),
Novak (1981; 2010) e Moreira (2006). Assim, seu conceito central é reconhecido como
subjacente às demais teorias construtivistas (MOREIRA, 1997) e pode ser considerada
essencial para subsidiar o ensino e a pesquisa sobre o ensino (LEMOS, 2007).
Em 1980, a versão original do livro Educational Psychology: a cognitive view, es-
crita com coautoria de Novak e Hanesian, em 1978, foi traduzida ao português. A
tradução intitulada “Psicologia Educacional” (AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN,
1980) possibilitou aos educadores, cuja língua nativa é o português, maior acesso à
TAS. Embora Ausubel pouco tenha se dedicado à Teoria após esta obra, no ano 2000,
ele escreveu novo livro, The Acquisition and Retention of Knowledge: a cognitive view,
no qual reitera grande parte do que publicou entre as décadas de 1960 e 1980, especi-
almente a edição de 1963 (AUSUBEL, 2000).
Devido a importância da obra de Ausubel para a educação brasileira, o Grupo
de Estudo e Pesquisa em Aprendizagem Significativa (GEAS/IOC-Fiocruz), o qual in-
tegramos desde sua origem, em 2008, tem estudado a TAS e suas implicações nos
campos do Ensino e da Educação. No cotidiano de nossas discussões, inclusive sobre
nossa própria produção acadêmica (BELMONT; LEMOS, 2012; CUNHA; LEMOS,
2012; LEMOS, 2011), percebemos o uso de diferentes termos para expressar os con-
ceitos ‘intenção’ e ‘disposição para aprender’, apresentados por Ausubel (2000). O
pressuposto deste ensaio é que tais divergências decorrem da tradução desses conceitos
que, sem termo com correspondência direta para o significado original, pode estar in-
duzindo a uma compreensão equivocada ou incompleta dos mesmos. Dessa forma, sem
qualquer pretensão de esgotar o tema, o objetivo deste texto é apresentar reflexões sobre
os significados dos referidos conceitos presentes na obra original de Ausubel, publicada
em 2000, e em sua tradução para o português, em 2003.
Ocorrência dos conceitos intenção e disposição na obra
De acordo com a TAS o processo da aprendizagem envolve tanto a intenção
como a disposição para aprender, ou seja, são fenômenos (inter)relacionados, mas di-
ferentes. Contrariando esta ideia, muitos estudos em português utilizam tais termos
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como sinônimos e, algumas vezes, os substituem por ‘predisposição’ ou ‘intencionali-
dade’. Ocorre que, para além da intenção, Ausubel menciona reiteradas vezes haver um
outro aspecto, alguma lógica ou mecanismo que está diretamente envolvido no pro-
cesso da aprendizagem. Motivadas por essa constatação, revisitamos a obra original a
fim de compreender a explicação do autor. Ainda que a principal apropriação da TAS
decorra da tradução da edição escrita em coautoria (AUSUBEL, NOVAK,
HANESIAN, 1980), a escolha do livro de 2000 se deu por ser o único escrito apenas
por Ausubel e com versão digitalizada nas duas línguas.
Considerando os significados dos termos e cientes de que uma mesma palavra,
conforme a língua e contexto de utilização, pode apresentar mais de um sentido, veri-
ficamos o número de ocorrências dos conceitos intenção e disposição na versão original
e em português por meio da ferramenta de busca do Adobe Acrobat (Quadro 1). Inclu-
ímos na busca as palavras que costumam aparecer nos estudos publicados em língua
portuguesa e o termo meaningful learning set por sua ocorrência no original.
Com esse levantamento foi possível identificarmos discrepâncias na quantidade
de vezes que os termos foram mencionados em ambas as versões.
Quadro 1 - Ocorrência dos termos na obra original e correspondentes traduções
para o português
Termos Ocorrência Páginas
Termos originais cor-
respondentes
Ausubel
(2000)
Inglês
Intention
24
35; 53; 68; 117; 119; 194;
195; 196; 200; 201
Intenciona-
lity
0 -
Disposition
3 68; 189
Predisposi-
tion
0 -
Meaningful
Learning
set
18
40; 53; 55; 68; 69; 73; 75;
79; 88; 137; 142; 189; 192.
Ausubel
(2003)
Português
Intenção 20
16; 56; 72; 120; 122; 196;
197; 198; 202; 203; 210
Intention
Intenciona-
lidade
0 -
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Disposição
3
72; 191
Disposition to learn
9
10; 36; 163; 165; 166; 171
Arrangement
3
196; 202; 203
Mental set
1
196
Set to place
1 203
Set underline
1
203
Learning set
Predisposi-
ção
1 118
Bias
O prefácio, notas, títulos e subtítulos, índice e índice remissivo não foram considerados na busca.
Fonte: elaborado pelas autoras.
A obra de Ausubel está voltada para a área da psicologia educacional, razão pela
qual consultamos tanto dicionários comuns, de inglês e português, como de psicologia
para entendermos os significados e usos dos termos. Antecipamos não ser nossa inten-
ção avaliar a tradução, porém nos interessa compreender a proposta original e estimular
discussão, compartilhando nossas percepções e dúvidas. Afinal, tal diferença pode ser
justificada pelo próprio significado contextual em cada língua, sendo inviável, em mui-
tas ocasiões, a tradução literal de termos e frases.
A intenção
Ao que parece, o conceito de intenção e a relevância do seu significado no pro-
cesso de aprendizagem significativa estão sendo negligenciados nos estudos sobre a TAS
ou que a assumem como referencial teórico. Existe algo além do "querer aprender" que
é condição essencial para a aprendizagem significativa, como Ausubel pontua. Con-
forme apresentado no Quadro 1, não encontramos acentuada discrepância na
ocorrência do termo quando comparamos a obra original e sua tradução. Tanto em
inglês como em português, intenção corresponde, em sentido amplo, àquilo que al-
guém quer que aconteça ou que pretende (planeja) fazer (INTENTION, 2021;
INTENÇÃO, 2021). Na área da Psicologia, intention corresponde a “uma decisão
consciente para realizar um comportamento” (APA, 2009, p. 252, tradução nossa).
2
Dessa forma, o significado do conceito não diverge em relação ao seu uso em ambas as
línguas e na Psicologia, embora nesta esteja evidenciada a tomada de decisão, de forma
consciente, sobre o que deve ser realizado.
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De acordo com Ausubel a intenção é fundamental na aquisição de novos signifi-
cados, pois desempenha papel precursor, orientador e iniciador das ações requeridas
pela tarefa de aprendizagem.
[...] Intentions can be plausibly viewed as the precursory aspects of mental sets that first orient the
learner to the nature and requirements of the learning task and then initiate the operation of the
appropriate learning set. Few if any significant items of knowledge are learned and retained on a
long-term basis without deliberate intent to learn; and as suggested above, intention, in all likelihood,
is also a general cognitive and mandatory condition for meaningful learning because it orients the
learner to what he has to do in order to master the instructional material [...] (AUSUBEL, 2000, p.
201, grifo nosso).
[...] Pode perfeitamente considerar-se que as intenções são aspectos precursores das disposições
mentais que orientam, em primeiro lugar, o aprendiz para a natureza e para as exigências da tarefa
de aprendizagem e, depois, para iniciar a operação da disposição de aprendizagem apropriada.
Apreendem-se e retêm-se poucos, se é que se aprendem alguns, itens significativos do conheci-
mento numa base a longo prazo, sem um esforço deliberado de aprendizagem; e, tal como se
sugeriu mais acima, a intenção também é, muito provavelmente, uma condição geral cognitiva e
obrigatória para a aprendizagem significativa, pois orienta o aprendiz para aquilo que este tem
de fazer de forma a dominar o material de instrução [...] (AUSUBEL, 2003, p. 203, grifo nosso).
Sendo a intenção uma condição geral, cognitiva e obrigatória para a aprendiza-
gem significativa, ela leva o aprendiz a, conforme a natureza da tarefa, tomar as decisões
necessárias para aprender um novo conteúdo. Dessa forma, a intenção do aluno parece
ser um dos fatores que influencia se o learning set escolhido estará voltado para a me-
morização literal ou para o estabelecimento de relações conceituais com significado.
Segundo Ausubel,
[...] irrespective of how much potential meaning may inhere in a particular proposition, if the learner's
intention is to memorize it arbitrarily and verbatimly (as a series of arbitrarily related words), both
the learning process and the learning outcome must of necessity be rote or meaningless [...] (2000, p.
68, grifo nosso).
[...] independentemente da quantidade de potenciais significados que pode ser inerente a uma
determinada proposição, se a intenção do aprendiz for memorizá-los de forma arbitrária e literal
(como uma série de palavras relacionadas de modo arbitrário), quer o processo, quer o resultado
da aprendizagem devem ser, necessariamente, memorizados ou sem sentido [...] (2003, p.72,
grifo nosso).
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Como se vê acima, ao explicar o papel da intenção do aprendiz no processo da
própria aprendizagem, Ausubel a relaciona a dois outros conceitos oriundos da Psico-
logia: mental set e learning set. É importante destacar que esta relação, entre intenção e
estes outros dois “aspectos” envolvidos na aprendizagem, não costuma ser mencionada
nos estudos brasileiros escritos em português.
Segundo Matsumoto (2009), mental set corresponde à “ativação temporária de
uma rede mental particular no preparo para o enfrentamento de uma situação ou tarefa
específica. Isso facilita as tarefas rotineiras e torna mais difícil a percepção ou uso do
que não está ativado no mental set” (p. 306, tradução nossa).
3
Considerando esta defi-
nição, pode-se dizer que o mental set se refere a uma "prontidão cognitiva" que permite
aos sujeitos realizarem tarefas ou solucionarem problemas já conhecidos ou que lhes
sejam similares. Embora tal mental set não seja suficiente para a realização de tarefas ou
resolução de problemas diferentes daqueles já vivenciados com sucesso, ele parece aju-
dar o indivíduo a desenvolver o learning set.
O termo learning set foi proposto por Harlow (1949) em seu artigo The formation
of learning sets, no qual apresenta o resultado de sua investigação sobre a aprendizagem
de solução de problemas discriminatórios por macacos. Para o autor, é a formação dos
learning sets que permite ao aprendiz ultrapassar o patamar de organismo condicionado
para o racional. Isto significa que após formar determinado learning set, às vezes men-
cionado como “mecanismo” (HARLOW, 1949, p. 52-56), o aluno aprende a aprender
(learning how to learn). Ou seja, ele deixa de responder a um determinado estímulo de
forma condicionada ou centrada na sua resolução por tentativa e erro e passa a pensar
sobre possíveis alternativas capazes de solucionar o problema proposto. Dessa forma, o
aprender a aprender a resolver um problema é chamado de learning set, sendo sua for-
mação um processo gradativo e fundamental à organização intelectual e
desenvolvimento social do indivíduo. Segundo o autor, a função dos learning sets “[...]
é converter um problema que é inicialmente difícil para o indivíduo em um problema
simples, que pode ser resolvido rapidamente” (HARLOW, 1949, p. 56, tradução
nossa).
4
De acordo com as referências de Ausubel (2000), e a sua atenção aos significados
ensinados (e aprendidos) em situações formais de ensino, o conceito cunhado por Har-
low foi sua referência para a proposição de um novo, o meaningful learning set. Em
síntese, a intenção influencia o aprender a aprender, razão pela qual o entendimento
desses dois conceitos mental set e learning set nos parece essencial para adequada
compreensão do significado de meaningful learning set, apontado por Ausubel como
uma das condições para a aprendizagem significativa. Reconhecemos que na ausência
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desse “mecanismo”, a aprendizagem fica comprometida e, conforme propõe Ausubel,
a organização do material de ensino deve considerar a existência ou inexistência dos
conhecimentos prévios. Também é possível depreender que existem variados tipos de
learning sets que se formam nas variadas experiências vivenciadas, sejam na escola ou
não.
Disposição para aprender (Meaningful learning set)
Como antecipado, na literatura acadêmica e, até mesmo em exposições orais
em eventos, é comum lermos e ouvirmos que o aluno deve apresentar disposição, pre-
disposição ou intencionalidade para aprender. Tais termos em português têm sido
usados como sinônimos de meaningful learning set (disposition). No entanto, na obra
original foram encontradas apenas três ocorrências do termo disposition (Quadro 1) e,
ainda assim, Ausubel o utiliza como sinônimo de meaningful learning set quando explica
que
[...] Meaningful learning requires both that learners manifest a meaningful learning set (that is, a
disposition to relate the new material to be learned, nonarbitrarily and nonverbatimly to their
structure of knowledge) and that the material they learn be potentially meaningful to them,
namely, relatable to their particular structures of knowledge on a nonarbitrary and nonverbatim
basis [...] (AUSUBEL, 2000, p. 68, grifo nosso).
[...] A aprendizagem significativa exige que os aprendizes manifestem um mecanismo de apren-
dizagem significativa (ou seja, uma disposição para relacionarem o novo material a ser
apreendido, de forma não arbitrária e não literal, à própria estrutura de conhecimentos) e que o
material que apreendem seja potencialmente significativo para os mesmos, nomeadamente rela-
cional com as estruturas de conhecimento particulares, numa base não arbitrária e não literal [...]
(AUSUBEL, 2003, p. 72, grifo nosso).
Quando comparamos a ocorrência dos termos no texto original e suas traduções
(Quadro 1), há predomínio da palavra disposição na versão traduzida. Disposição, em
português, significa “tendência natural que leva alguém a fazer alguma coisa; distribui-
ção organizada de alguma coisa ou modo através do qual algo se apresenta arranjado;
organização, arranjo” (DISPOSIÇÃO, 2021). Na língua inglesa, disposition se refere “a
certa tendência a se comportar de uma maneira particular; a forma como algo é colo-
cado ou organizado (sinônimo de arranjo)(DISPOSITION, 2021, tradução nossa).
5
Dessa forma, é possível identificar que, em ambas as línguas, a palavra possui significa-
dos similares, inclusive em referência à ideia de arranjo.
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O termo predisposição foi encontrado uma única vez, na versão em português,
(Quadro 1), como tradução de bias, não relacionado ao meaningful learning set. Predis-
posição significa “ato ou efeito de predispor” (PREDISPOSIÇÃO, 2021) que, por sua
vez, corresponde a “preparar de antemão” (PREDISPOR, 2021). Dessa forma, nos
parece incoerente que o termo predisposição seja utilizado como sinônimo de disposi-
ção, pois o primeiro se refere a um estado que antecede o segundo. O termo
predispositiono foi encontrado na versão original da obra (Quadro 1).
Intencionalidade, palavra bastante utilizada nos estudos brasileiros, inclusive nos
nossos, não foi encontrada em nenhuma das versões da obra e significa, em português,
“qualidade ou estado de intenção” (INTENCIONALIDADE, 2021). Por isso, o termo
só poderia ser usado para indicar condição ou estado de intenção, que tampouco é
sinônimo de disposição.
O predomínio do termo disposição na obra traduzida (AUSUBEL, 2003) nos
parece coerente por coincidir com o utilizado por Ausubel para definir meaningful le-
arning set. No entanto, seu uso não é uniforme. Ao analisarmos o sentido atribuído à
palavra disposição nas duas versões da obra (Quadro 1), também a identificamos como
tradução dos conceitos mental set (disposição mental) e learning set (disposição de
aprendizagem). Nessa lógica, a tradução contém uma mesma palavra em português
para diferentes termos em inglês (Quadro 1).
Seguindo a ausência de padronização nas terminologias, para além da disposição,
mental set também foi traduzido como “situação mental” (p. 26, 196, 202), “meca-
nismo mental” (p. 202, 203) e “disposição mental” (p. 203). O learning set, por sua
vez, foi apresentado como “âmbito de aprendizagem” (p. 96, 173), “mecanismo de
aprendizagem” (p. 1, 52, 57, 58, 191, 194) e “postura de aprendizagem” (p. 191, 192).
Do mesmo modo, o conceito meaningful learning set apareceu como “situação de apren-
dizagem significativa” (p. 43), “mecanismo de aprendizagem significativa” (p. 56, 72,
73, 77, 83, 92, 93, 140, 144), “posição de aprendizagem significativa” (p. 79) e “pos-
tura de aprendizagem significativa” (p. 191). Ademais, a palavra disposição pode ser
encontrada no decorrer do texto traduzido com sentido de arranjo (arrangement) e ou-
tros (Quadro 1), visto que representa diversos significados, dependendo do contexto
no qual é utilizada.
Ausubel (2000) explica que o aprendiz pode dispor de um learning set para me-
morizar (rote learning set) ou para aprender determinada tarefa com significado
(meaningful learning set). Rote learning set é o mecanismo que o aluno possui ou constrói
a fim de “descobrir uma solução arbitrária para um problema, ou interiorizar o material
verbal de forma arbitrária e literal, como um objetivo discreto e isolado por si só”
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(AUSUBEL, 2003, p. 57).
6
Por outro lado, para o autor, o meaningful learning set é
mais complexo, possuindo dois componentes fundamentais: o aprender a aprender (le-
arning how to learn) e o efeito de aquecimento (warm-up).
O primeiro “consiste em aquisições cognitivas relativamente estáveis, relaciona-
das com a estratégia de aprendizagem, que resultam de experiências de aprendizagens
passadas” (AUSUBEL, 2003, p. 192).
7
Dessa forma, a máxima ausubeliana “[...] des-
cubra o que ele sabe e baseie nisso seus ensinamentos” (AUSUBEL; NOVAK;
HANESIAN, 1980, contracapa), torna-se ainda mais complexa e, com ela, o fazer do-
cente. Afinal, não basta possuir conhecimentos prévios de mesma natureza na estrutura
cognitiva para ancorar novos conceitos/ideias, é necessário dispor do learning set para
que ocorra a assimilação. Por isso, Ausubel (2000) chama a atenção para a importância
da prática na aquisição de novos significados, pois praticar uma determinada tarefa
tende a facilitar a aprendizagem de outras tarefas semelhantes desde que as distinções
sejam gradualmente implementadas. Nessa perspectiva, as estratégias de ensino do ma-
terial potencialmente significativo devem inibir atitudes dos alunos voltadas para rote
learnings e ajudá-los no uso e construção de learning sets para o estabelecimento de
relações conceituais com significados.
O segundo componente, warm-up, se refere aos “fatores de prontidão transitórios
envolvidos no foco momentâneo da atenção, mobilização de esforços e superação da
inércia inicial que estão associados ao ‘estar-se adequadamente preparado’ para desem-
penhar uma determinada tarefa” (AUSUBEL, 2003, p. 192).
8
Desse modo, o efeito de
aquecimento é dissipado rapidamente, embora seja essencial para iniciar o processo de
aprendizagem.
Ausubel e Harlow, ao cunharem tais conceitos, ao menos nos textos aqui anali-
sados, destacam a importância desses “mecanismos”, mas pouco esclarecem sobre suas
estruturas e funcionamentos. Embora Ausubel (2000) tenha utilizado o conceito lear-
ning set inicialmente proposto por Harlow (1949), ao apresentar os conceitos de rote e
meaningful learning set, ampliou o seu significado original, relacionando-os com os co-
nhecimentos disciplinares, foco do processo educativo.
Está claro, após a releitura do original, que disposição para aprender (meaningful
learning set) é uma condição mais complexa e diferente da vontade, motivação, postura
e demais termos acima transcritos.
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Algumas considerações
A TAS costuma ser referenciada por destacar a importância dos conhecimentos
prévios do aprendiz no processo da aprendizagem. No entanto, sua potencialidade
como referência teórica para as práticas educativas e de sua investigação é bem mais
abrangente e complexa. Qualquer atividade educativa, formal ou não formal, prática
ou teórica, que assuma a individualidade do aprendiz, deveria (i) conceber a aprendi-
zagem como um continuum entre memorização e atribuição de significado e (ii)
considerar as condições para a ocorrência da aprendizagem significativa. Tais ideias são
centrais nesta teoria e fundamentais na condução de um ensino que pretenda impactar
positivamente na formação do aluno, bem como na condução de investigações efetiva-
mente comprometidas com a compreensão desse fenômeno.
Ao reconhecer, dentre outros aspectos, a responsabilidade do aprendiz na própria
aprendizagem, Ausubel nos ofereceu dicas fundamentais para favorecê-la. Na contri-
buição do autor, a aprendizagem deve ser pensada como processo cujo produto
provisório decorre da associação de múltiplas variáveis. Neste ensaio não comenta-
mos, por exemplo, aspectos como atenção, prontidão, motivação, conceitos
diretamente relacionados com os aqui discutidos e que também nos parecem negligen-
ciados nos estudos de língua portuguesa.
É certo que a TAS, como qualquer teoria, não nos oferece todas as respostas e ou
subsídios para as (velhas e recorrentes) questões que norteiam o campo. Acreditamos,
nos permitindo generalizar nossa autocrítica, ser hora de atentarmos para a complexi-
dade da aprendizagem e de sua facilitação centrando nossas perguntas no seu
desenvolvimento. Ausubel é enfático na explicação da aprendizagem como processo,
mas boa parte das pesquisas pautam-se na potencialidade de recursos e ou estratégias
instrucionais isoladamente, quando o foco deveria ser o modo como impactam no pro-
cesso e natureza da aprendizagem realizada.
A aprendizagem é, sim, pessoal, mas pode ser facilitada. É esse o papel dos con-
textos educativos. Na tentativa de entendermos como Ausubel explica a aprendizagem
significativa nos deparamos com a importância da intenção e disposição do aprendiz,
dentre outros fatores. Reconhecendo serem aspectos diferentes de um mesmo fenô-
meno, fica clara a necessidade de maior atenção aos significados originais, em inglês. O
uso dos conceitos na literatura específica em língua portuguesa não considera a inten-
ção como evento prévio ao meaningful learning set na realização da tarefa de
aprendizagem, como originalmente proposto.
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Para além da compreensão desses conceitos, nos parece importante adotar um
termo específico para traduzir o meaningful learning set. De início, pensamos que utili-
zar a palavra disposição seguida de “para aprender” (disposição para aprender) seria o
mais apropriado, como Ausubel apresenta no texto original. Porém, na análise da ver-
são em inglês, constatamos que a palavra disposição, na tradução ao português, não
contempla o real significado do meaningful learning set, seja por seus variados usos ou
ainda por não exprimir a complexidade do processo de aprendizagem.
Em decorrência, tomando como referência a polissemia do conceito central da
teoria - aprendizagem significativa - e a ausência de termos específicos para mental set e
learning set, sugerimos que sejam utilizados sem tradução. No caso do meaningful lear-
ning set, sugerimos ‘learning set com significado, sempre junto, como palavra composta.
Deixamos essas sugestões na expectativa de que esta reflexão seja ampliada e, as-
sim, surjam termos mais apropriados. Afinal, como destacamos no texto, faz pouco
tempo que percebemos a inadequação de nossa interpretação sobre tais significados no
processo da aprendizagem.
Agradecimentos
Aos membros do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre a Teoria da Aprendizagem
Significativa (GEAS/IOC-Fiocruz), especialmente ao Dr. Cristiano José Martins de
Miranda por sugerir a discussão deste tema.
Notas
1
O conceito de assimilação na TAS é diferente do de assimilação na Teoria de Piaget. Ausubel explica
que "[...] alguns leitores podem notar uma semelhança geral entre o seu assim chamado processo de
‘assimilação’ e a nossa teoria da assimilação em relação com a aprendizagem e a retenção. A semelhança
reside no fato de que a noção de assimilação de Piaget deixa lugar para a absorção do novo nos esque-
mas já existentes. Nesse sentido ela é análoga, de um modo geral, ao princípio da subordinação.
Contudo, Piaget não vai além dessa afirmação geral da assimilação e não descreve explicitamente como
ocorre a assimilação; também concebe a assimilação em termos de progressões evolutivas ao invés de
em termos de um fenômeno contemporâneo da aprendizagem" (AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN,
1980, p. 193).
2
A conscious decision to perform a behavior(APA, 2009, p. 252).
3
Temporary activation of a particular mental network in preparation for coping with a particular situation
or task. This both makes routine tasks easier and makes perception or use of things outside the activated set
more difficult (MATSUMOTO, 2009, p. 306).
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4
The learning set is the mechanism that changes the problem from an intellectual tribulation into an intel-
lectual triviality and leaves the organism free to attack problems of another hierarchy of difficult
(HARLOW, 1949, p. 56).
5
“A quality of tending to behave in a particular way; the way something is placed or arranged (synonym
arrangement)(DISPOSITION, 2021).
6
In rote learning, on the other hand, the learner's set is either to discover an arbitrary solution to a problem,
or to internalize verbal material arbitrarily and verbatim, as a discrete and isolated end in itself […]
(AUSUBEL, 2000, p. 54).
7
No original: […] consists of relatively stable cognitive acquisitions, concerned with the strategy of learning,
that are derived from past learning experience(AUSUBEL, 2000, p. 190).
8
No original: [...] transitory readiness factors involved in the momentary focusing of attention, mobilization
of effort, and overcoming of initial inertia that are associated with "being properly set" to perform a given
task(AUSUBEL, 2000, p. 190).
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