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v. 29, n. 2, Passo Fundo, p. 400-404, maio/ago. 2022 | Disponível em www.upf.br/seer/index.php/rep
A partir do entendimento da aprendizagem preconizada pela Teoria da Apren-
dizagem Significativa de Ausubel, esse dossiê apresenta um conjunto de 10 artigos que
discutem os elementos da teoria, avaliam possibilidades de implementação na educação
básica e no ensino superior e discutem como identificar indícios de aprendizagem sig-
nificativa.
No primeiro artigo Aprendizagem ativa com significado, o professor Marco Anto-
nio Moreira salienta que, por mais ativo que seja o ensino, por mais tecnológico que
seja, a aprendizagem tem que ser significativa, com significado, compreensão, capaci-
dade de explicar, de aplicar conhecimentos adquiridos, declarativos ou procedimentais.
Na mesma direção, o artigo Aprendizagem significativa: uma teoria para a sala de
aula e sua perspectiva paradigmática, de Iramaia Jorge Cabral de Paulo, argumenta que,
no contexto educativo, a palavra de ordem é aprendizagem significativa ou aprendiza-
gem com significado. No entanto, para a autora, é pouco provável que esse objetivo
seja alcançado sem que a Teoria da Aprendizagem Significativa, que o subjaz, seja com-
preendida. Assim, o artigo apresenta os principais construtos da Teoria e aponta suas
aproximações com os preceitos kuhnianos.
O artigo A Teoria da Aprendizagem Significativa em pesquisas na área de Ensino
de Ciências da Natureza, de Luiz Henrique Ferreira, Paola Gimenez Mateus e Andressa
Algayer da Silva Moretti, apresenta como a Teoria da Aprendizagem Significativa tem
sido utilizada em pesquisas brasileiras na área de Ensino de Ciências da Natureza. Para
tal, os autores adotaram, como método de pesquisa, a revisão sistemática da literatura,
tendo, como banco de dados, o portal de periódicos da Capes.
Rachel Belmont, Karla Maria Castello Branco da Cunha e Evelyse dos Santos
Lemos refletem, no artigo Os significados de Intenção e Disposição para aprender na Te-
oria da Aprendizagem Significativa, sobre os significados de intenção e disposição
presentes na obra original de Ausubel, publicada em 2000, e em sua tradução para o
português, em 2003. Para as autoras, a análise do texto original revela inconsistência
com a tradução de termos essenciais para a compreensão do processo da aprendizagem.
O artigo de Nathan Willig Lima e Cleci Teresinha Werner da Rosa, Por que
devemos ensinar História das Ciências em aulas de Ciências? Contribuições a partir da
Teoria da Aprendizagem Significativa Crítica, discute as potencialidades e os cuidados
pedagógicos necessários em atividades didáticas com abordagem histórica, a partir do
quadro teórico formado pela Teoria da Aprendizagem Significativa Crítica. Em espe-
cial, argumentam que, diante do cenário contemporâneo, é necessário que os alunos
construam conhecimentos científicos, bem como desenvolvam uma postura crítica, de