Trauma de face: perfil epidemiológico dos pacientes atendidos em um hospital de grande porte, Minas Gerais, 2020 a 2022
DOI:
https://doi.org/10.5335/rfo.v29i1.15969Palavras-chave:
Traumatismos faciais, Saúde Pública, Perfil de saúde, Políticas de Saúde PúblicaResumo
Objetivo: analisar o perfil dos pacientes atendidos em um hospital de grande porte em Minas Gerais-2020 a 2022. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo com dados secundários obtidos do banco de dados do hospital, com coleta das variáveis: gênero, idade, ano da cirurgia, etiologia, local da fratura e tratamento. A análise foi realizada utilizando-se o software SPSS para Windows® versão 20.0. Resultados: Foram registrados 549 prontuários de pacientes com trauma, submetidos a tratamento cirúrgico. Os pacientes eram predominantemente do sexo masculino na faixa etária de 21 a 30 anos. O fator etiológico mais comum foi acidente de trânsito, 273 (49,7%) dos casos, seguido por queda com 96 (17,5%) e agressão física com 89 (16,2%). Em relação à localização das fraturas os sítios mais acometidos foram mandíbula 195 (35,5%), complexo zigomático-orbito-maxilar 126 (22,9%), ossos próprios do nariz 49 (8,9%), fratura Le Fort I/II/III associado a múltiplas fraturas 31 (5,6%) e as demais agrupadas correspondendo a 81 (14,8%). O principal tratamento cirúrgico foi redução e fixação e em 44 (7,9%) foi realizado bloqueio maxilomandibular associado a outro tratamento cirúrgico. Em alguns casos não foi especificado o tipo de abordagem eleita. Conclusão: Percebeu-se o crescimento de casos desses traumas e a necessidade de implementação de estratégias preventivas para conscientizar a população, especialmente o público jovem e masculino, visando reduzir os traumas faciais, sendo importante o papel do cirurgião buco-maxilo-facial em ambiente hospitalar, tanto para recuperação desses pacientes como na proposição de estratégias preventivas.
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