Adaptação infantil ao tratamento odontológico: relato de caso

Autores

  • Marcieli Dias Furtado
  • Luiza Beatriz Thurow
  • Josiane Luzia Dias Damé
  • Tania Izabel Bighetti

DOI:

https://doi.org/10.5335/rfo.v23i2.8059

Palavras-chave:

Comportamento infantil, Dente decíduo, Hipoplasia do esmalte dentário, Odontopediatria

Resumo

Na odontopediatria, o ambiente odontológico gera medo e ansiedade, demonstrados de diversas formas pela criança, de modo que há necessidade de promover sua adaptação para que entenda o processo e se sin­ta parte dele. É importante, ainda, que se identifiquem situações em que o desconforto estético possa gerar constrangimento na convivência diária das crianças. Objetivo: relatar um caso clínico de resolução de com­prometimento estético causado por defeito de desenvol­vimento do esmalte (DDE) e utilização de técnicas de adaptação de comportamento. Relato de caso: uma pa­ciente do sexo feminino, 3 anos de idade, nascida pre­matura, apresentava DDE no incisivo central superior esquerdo, que, ao sorrir, cobria com as mãos. O perfil da criança foi avaliado e, a partir das suas característi­cas, foram escolhidas as técnicas de dizer-mostrar-fazer, controle de voz, reforço positivo, distração e repetição, usando-as de forma associada para melhores resulta­dos, considerando a necessidade da repetição das vi­sitas ao consultório. Após cinco consultas, foi possível realizar a restauração com resina fotopolimerizável, restabelecendo a estética e o conforto para a criança. Considerações finais: para o atendimento odontológico de crianças, é de fundamental importância conhecer técnicas de manejo infantil e usá-las de acordo com as necessidades individuais, com a finalidade de tornar as crianças participativas no processo, diminuindo a an­siedade, o medo e as reações que podem dificultar ou impedir o atendimento.

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Biografia do Autor

  • Marcieli Dias Furtado
    Odontopediatria

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Publicado

2018-10-22

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Adaptação infantil ao tratamento odontológico: relato de caso. (2018). Revista Da Faculdade De Odontologia - UPF, 23(2). https://doi.org/10.5335/rfo.v23i2.8059