Prevalência de sequelas neurológicas associadas a trauma em face
DOI:
https://doi.org/10.5335/rfo.v23i2.8300Keywords:
Epidemiologia, Traumatismos maxilofaciais, TraumatologiaAbstract
Introdução: pacientes acometidos por traumatismo craniofacial podem evoluir com sequelas variadas. Objetivo: identificar a prevalência de sequelas neurológicas ocorridas entre os pacientes com traumatismo craniofacial em um serviço de referência para o trauma no sul do Brasil. Sujeitos e método: foram analisados 1.385 prontuários, em que 169 (12%) pacientes foram selecionados com trauma em crânio e face simultaneamente, levando em consideração o agente etiológico, a procedência, a idade, o sexo do paciente e a localização das fraturas. Resultados: uma taxa de 85% dos indivíduos era do sexo masculino, com faixa etária entre 31-40 anos. Os fatores etiológicos mais prevalentes foram acidentes de trânsito (36%), quedas (22%) e violência interpessoal (21%). No grupo selecionado, o traumatismo cranioencefálico esteve presente em 89% dos casos; em 64% da população, não houve sequela neurológica; 28% apresentaram algum tipo de sequela; e em 8% dos prontuários não havia informações completas. Conclusão: na população estudada, mesmo com um subgrupo específico de traumatizados, houve prevalência de gênero masculino, terceira década de vida e acidente automobilístico. Além disso, a região anatômica mais acometida foi o conjunto de ossos do terço médio da face, e, ainda nesta condição de associação, o traumatismo cranioencefálico esteve presente na maioria dos casos, porém, somente 28% dos casos evoluíram com alguma sequela neurológica.
Downloads
References
Wulkan M, Parreira Jr JG, Botter DA. Epidemiology of facial trauma. Assoc Med Bras 2005; 51(5):290-5.
Nascimento EN, Gimeniz-Paschoal SR. Os acidentes humanos e suas implicações fonoaudiológicas: opiniões de docentes e discentes sobre a formação superior. Ciênc Saúde Colet 2008;13(2):2289-98.
Oliveira E, Lavrador JP, Santos MM, Lobo Antunes J. Traumatismo crânio-encefálico: abordagem integrada. Acta Med Port 2012; 25(3):179-92.
Salentijn EG, Van Der Bergh B, Forouzanfar T. A ten-year analysis of midfacial fractures. J Craniomaxillofac Surg 2013; 41(7):630-6.
Jerônimo SA, Creôncio SCE, Cavalcanti D, Moura JC, Ramos RA, Paz AM. Fatores relacionados ao prognóstico de vítimas de traumatismo carnioencefálico: uma revisão de bibliográfia. Arq Bras Neurocir 2014; 33(3):165-9.
Thorén H, Snäll J, Salo J, Suominen-Taipale L, Kormi E, Lindqvist C, et al. Occurrence and types of associated injuries in patients with fractures of the facial bones. J Oral Maxillofac Surg 2010; 68(4):805-10.
Cavalcanti AL, Bezerra PKM, Oliveira DM, Granville-Garcia AF. Maxillofacial injuries and dental trauma in patients aged 19-80 years, Recife, Brazil. Rev Española de Cirugía Oral y Maxilofacial 2010; 32(1):11-6.
BonavolontàP, Dell'aversana Orabona G, Abbate V, Vaira LA, Lo Faro C, Petrocelli M, et al. The epidemiological analysis of maxillofacial fractures in Italy: The experience of a single tertiary center with 1720 patients. J Craniomaxillofac Surg 2017; 45(8):1319-26.
Monodh P, Prabhu Shankar D, Pradeep D, Santhosh R, Murugan A. Incidence and patterns of maxillofacial trauma-a retrospective analysis of 3611 patients-an update. Oral Maxillofac Surg 2016; 20(4):377-83.
Silva JJL, Lima AAAS, Dantas TB, Da Fronta MHA, Parente RV, Lucena ALSPN. Fratura de mandíbula: estudo epidemiológico de 70 casos. Rev Bras Cir Plast 2011; 26(4):645-8.
Macedo JL, Camargo LM, Almeida PF, Rosa SC. Perfil epidemiológico do trauma de face dos pacientes atendidos no pronto socorro de um hospital público. Rev Col Bras Cir 2008; 35(1):9-13.
Ribeiro AL, Gillet LCS, Vasconcelos HG, Rodrigues LC, Pinheiro JJV, Alves-Júnior SM. Facial fractures: large epidemiologic survey in northern Brazil reveals some unique characteristics. J Oral Maxillofac Surg 2016; 74(12):2480.e1-2480.e12.
Silva JJL, Lima AAAS, Torres SM. Fraturas de face: análise de 105 casos. Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2009; 12(1):16-20.
Moura MTFL, Daltro RM, Almeida TF. Traumas faciais: uma revisão sistemática da literaturaRFO UPF 2016; 21(3):331-7.
Abdullah WA, Al-Mutairi K, Al-Ali Y, Al-Soghier A, Al-Shnwani. Patterns and etiology of maxillofacial fractures in Riyadh City, Saudi Arabia. Saudi Dent J 2013; 25(1):33-8.
Adhikari RB, Karmacharya A, Malla N. Pattern of mandibular fractures in western region of Nepal. Nepal J Med Sciences 2012; 1(1):45-8.
Boffano P, Kommers SC, Karagozoglu KH, Forouzanfar T. Aetiology of maxillofacial fractures: a review of published studies during the last 30 years. Br J Oral Maxillofac Surg 2014; 52(10):901-6.
Gonzales E, Pedemonte C, Vargas I, Lazo D, Pérez H, Canales M, et al. Fracturas faciales en un centro de referencia de traumatismos nivel I. Estudio descriptivo. Rev Española de Cirugía Oral y Maxilofacial 2015; 37(2):65-70.
Noronha Filho OL, Valente C, Kozlowsky K. Etiologia e incidência das fraturas faciais: análise de 152 casos. Rev Univ Vale do Rio Verde 2012; 10(1):117-23.
Bortoli MM, De Conto F, Eidt JMS, Engelmann JL, Rocha FD. Trauma maxilofacial: avaliação de 1385 casos de fraturas de face na cidade de Passo Fundo – RS. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac 2014; 14(2):87-94.
Possebon APR, Faot GGF, Pinto LR, Leite FRM, Torriani MA. Etiology, diagnosis, and demographic analysis of maxillofacial trauma in elderly persons: A 10-year investigation. J Cranio-Maxillofac Surgery 2017; 45(12):1921-6.
Zamboni RA, Wagner JCB, Volkweis MR, Gerhardt EL, Buchmann EM, Bavaresco CS. Levantamento epidemiológico das fraturas de face do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre – RS. Rev Col Bras Cir 2017; 44(5):491-7.
Moore BK, Smit RB, Colquhoun AN, Thomson WM. Maxillofacial fractures at Waikato Hospital, New Zealand: 2004 to 2013. N Z Med J 2015; 128(1426):96-102.
Cillo Jr JE, Holmes TM. Interpersonal violence is associated with increased severity of geriatric facial trauma. J Oral Maxillofac Surgery 2016; 74(5):1023. e1-1023.e7.
Tino MT, Andrade FA, Gonçalves AJ, Freitas RR. Epidemiologia do trauma maxilofacial num hospital universitário terciário da cidade de São Paulo. Rev Bras Cir Cabeça Pescoço 2010; 39(2):139-45.
Eidt JMS, De Conto F, Bortoli MM, Engelmann JL, Rocha FD. Associated injuries in patients with maxillofacial trauma at the Hospital São Vicente de Paulo, Passo Fundo, Brazil. J Oral Maxillofac Res 2013; 4(3):e1.
De Conto F, Rhoden R, Santos RS, Nicolini IC. Levantamento epidemiológico das fraturas de face no hospital São Vicente de Paulo, Passo Fundo, RS. RFO UPF 2003; 8(2):80-4.
Salentijn EG, Collin JD, Boffano P, Forouzanfar T. A ten year analysis of the traumatic maxillofacial and brain injury patient in Amsterdam: Complications and treatment. J Craniomaxillofac Surg 2014; 42(8):1717-22.
Follmar KE, Debruijn M, Baccarani A, Bruno AD, Mukundan S, Erdmann D, et al. Concomitant injuries in patients with panfacial fractures. J Trauma 2007; 63(4):831-5.
Thorén H, Schaller B, Suominen AL, Lindqvist C. Occurrence and severity of concomitant injuries in other areas than the face in children with mandibular and midfacial fractures. J Oral Maxillofac Surg 2012; 70(1):92-6.
Downloads
Published
Issue
Section
License

This work is licensed under aCreative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
