Remoção de corpo estranho transfixante em dorso nasal: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.5335/rfo.v24i3.9234Palavras-chave:
Traumatismos cranianos penetrantes, Acidente, Ferimentos e LesõesResumo
Os ferimentos transfixantes (FTs) em tecidos moles podem ser característicos em indivíduos admitidos em serviços de emergência hospitalar devido à grande morbidade e ao incômodo que podem ocasionar. Apesar de este tipo de trauma não apresentar grande incidência, as suas implicações podem proporcionar sequelas funcionais e danos cosméticos à face do indivíduo. O presente trabalho visa relatar o caso de um paciente atingido acidentalmente, em terço médio de face, por um objeto pontiagudo utilizado no local em que trabalhava (gancho de açougue). Relato de caso: Indivíduo do sexo masculino, 47 anos de idade, normossistêmico e feoderma buscou atendimento em um serviço hospitalar de emergência com a presença de um gancho de açougue transfixado no nariz, penetrando a região de mucosa da narina direita até a pele do dorso nasal, relatando apenas queixa álgica e interesse em remover o objeto, sem obstrução de vias aéreas ou comprometimento de outras estruturas faciais. Acerca das condições clínicas do presente caso, o gancho foi removido sob anestesia local, por um cirurgião buco-maxilo-facial, havendo a preservação do septo nasal durante o procedimento e realização de sutura na lesão de pele do dorso nasal. Conclusão: Apesar de não haver um protocolo clínico-cirúrgico estabelecido quanto ao manejo de pacientes com FTs, é preconizado que o cirurgião se proponha a realizar a remoção do objeto sob conduta conservadora com o intuito de preservar o máximo de estruturas nobres possíveis, assim como o presente caso foi conduzido.
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