Uma retrospectiva sócio-histórica da participação social e da construção de políticas públicas de atenção à saúde sexual e reprodutiva de mulheres no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5335/srph.v22i1.13654Palavras-chave:
Participação social, Políticas públicas, Saúde sexual e reprodutivaResumo
O artigo trata da atenção à saúde sexual e reprodutiva de mulheres no Brasil. O objetivo é dar ênfase à forma como as políticas públicas sobre a temática têm sido construídas desde a década de 1970 até os dias atuais. Elas se relacionam com o contexto sociopolítico do país e com os movimentos feministas, outros movimentos de mulheres e de profissionais da saúde e de outras áreas. Para contemplar tal processo, o texto foi organizado em dois blocos, além da introdução e das considerações finais. Na primeira parte, apresentamos a história das políticas públicas e dos programas de atenção à saúde sexual e à saúde reprodutiva para mulheres no Brasil. Na segunda, enfatizamos a participação social, os movimentos feministas e de mulheres. Pesquisas de grande alcance como a Pesquisa Nascer no Brasil indicam a permanência de práticas não recomendadas durante a gravidez, o parto e o pós-parto. As recentes iniciativas do poder público como a substituição da Rede Cegonha pela Rede de Atenção Materna e Infantil tem contribuído para a rotinização de tais procedimentos, fragilizando o movimento de humanização da atenção às mulheres.
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