Questão agrária no Sudoeste do Paraná:
terra, propriedade privada e sociedade nos conflitos de 1950 e 1980
DOI:
https://doi.org/10.5335/srph.v24i1.13902Palavras-chave:
Propriedade privada, Sudoeste do Paraná, TerraResumo
Esta pesquisa discute a questão agrária no Sudoeste do Paraná em dois momentos: na década de 1950 com a Revolta dos Posseiros e na década de 1980 com a atuação do Movimento dos Agricultores Sem Terra do Sudoeste do Paraná (Mastes). O artigo tem como centralidade a propriedade privada da terra nos dois momentos. Mostra-se que devido a titulação das terras e sua transformação em propriedade privada os conflitos foram recebidos de formas diferentes pela sociedade em geral e pelo Estado, o que permite analisar como a propriedade privada nos termos legais e morais influencia no modo como se observa a questão fundiária na região e como se cria a identidade regional.
Downloads
Referências
BATTISTI, Elir. Agricultura familiar e cidadania: os embates da ASSESOAR. 2003. 237 f. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal Fluminense-UFF,
BATTISTI, Elir. As disputas pela terra no Sudoeste do Paraná: os conflitos fundiários dos anos 50 e 80 do século XX. Campo-Território: revista de geografia agrária, Uberlândia, v. 1, n. 2, p. 65-91, ago. 2006.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas: o que falar quer dizer. São Paulo: Edusp. 2008.
CALLEGARI, Ricardo. “Gente, não é boi de carro, pro carro de boi puxar”: camponeses e a organização política no sudoeste do Paraná (1964/1985). 2020. 207 f. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-graduação em História, UNIOESTE, Marechal Cândido Rondon, 2020.
CALLEGARI, Ricardo. Entre lutas, valores e pressões: juventude rural sem-terra e a organização social do trabalho nos assentamentos Missões e José Eduardo Raduan. 2015. 165 f. Dissertação (Mestrado em História) – Curso de Pós-graduação em História, Universidade Estadual do Oeste do Paraná-Unioeste, Marechal Cândido Rondon, 2015.
CHARTIER, Roger. O mundo como representação. In: CHARTIER, Roger. À beira da falésia: a história entre incertezas e inquietudes. Porto Alegre: UFRGS, 2002. p. 69-80.
DICKEL, Simone Lopes. O princípio da função social no Estatuto da Terra e o processo de desapropriação da Fazenda Annoni, no Norte do Rio Grande do Sul. Manduarisawa: Revista Eletrônica Discente do Curso de História - UFAM, Manaus, v. 3, n. 2, p. 18-32, maio 2019.
FERES, João Bosco. Propriedade da terra: opressão e miséria (o meio rural na história social do Brasil). Amsterdam: CEDLA, 1990.
GOMES, Angela de Castro. População e sociedade. In: GOMES, Angela de Castro (org.). Olhando para dentro: 1930-1964. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013. p. 41-90.
KOLING, Paulo José. A revolta de 1957 no Sudoeste do Paraná: a luta pela terra entre memórias e comemorações. Guarapuava: Unicentro, 2018.
LAZIER, Hermógenes. Análise Histórica da Posse da Terra no Sudoeste Paranaense. 3ª ed., Francisco Beltrão: Grafit - Gráfica & Editora Ltda, 1998.
MARTINS, José de Souza. Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano. São Paulo: Hucitec, 1997. P. 9-21 e 24-42
MARTINS, José de Souza. Os camponeses e a política no Brasil: as lutas sociais no campo e seu lugar no processo político. 5. ed. Petrópolis: Vozes, 1995.
POLI, Jaci. Da posse àpropriedade da terra no Sudoeste do Paraná (1962- 1973). 2009. 186 f. Dissertação (Mestrado em História) – Curso de História, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2009.
POLI, Jaci. Revolta dos posseiros do Sudoeste do Paraná. In: RADIN, José Carlos; VALENTINI, Delmir José; ZARTH, Paulo Afonso. História da Fronteira Sul. Chapecó: UFFS, 2016. p. 249-270.
PRIORI, Angelo et al. História do Paraná: séculos XIX e XX. Maringá: Eduem, 2012.
RIPPEL, Leomar; ZATTA, Ronaldo. A eleição de "heróis" pioneiros na revolta dos posseiros de 1957 no sudoeste do Paraná. Interfaces em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p. 43-66, jan. 2013.
SANTOS, Roseli Alves dos. O processo de modernização da agricultura no Sudoeste do Paraná. 2008. 246 f. Tese (Doutorado) - Curso de Geografia, Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho, Presidente Prudente, 2008.
SOARES, Rafael Machado. Direitos fundamentais e expectativas normativas: o caso da função social no direito de propriedade. 2007. 130 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Direito, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2007.
STEDILE, João Pedro (org.); ESTEVAM, Douglas (assist. pesq.). A questão agrária no Brasil: programas de reforma agrária 1946-2003. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular, 2012.
TARROW, Sidney. O poder em movimento: movimentos sociais e confronto político. Petrópolis: Vozes, 2009.
TURNER, Frederick Jackson. O Significado da Fronteira na História Americana. In: KNAUSS, Paulo (org). Oeste Americano: quatro ensaios de história dos Estados Unidos da América, de Frederick Jackson Turner. Niterói: EdUFF, 2004. pp. 23-54.
VELHO, Otávio Guilherme Alves Cardoso. O conceito de camponês e sua aplicação àanálise do meio rural brasileiro (1969). In: WELCH, Clifford Andrew et al. (org.). Camponeses brasileiros: leituras e interpretações clássicas. São Paulo: UNESP, 2009. p. 89 96.
VIEIRA, Eleandro de Morais. Ocupação e mediação no Movimento dos Agricultores Sem Terra do Sudoeste do Paraná (Mastes): o caso da Fazenda Annoni. 2020. 166 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de História, Universidade Federal da Fronteira Sul (Uffs), Chapecó, 2020.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional – CC-BY que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado, de acordo ainda com a democratização científica prevista pela Ciência Aberta.
