ALTERAÇÕES ALIMENTARES EM NONAGENÁRIOS E CENTENÁRIOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.5335/rbceh.v17i2.11922Palavras-chave:
Consumo de Alimentos, Idoso de 80 Anos ou mais, Infecções por CoronavirusResumo
Introdução: Manter uma alimentação adequada é importante para a saúde, principalmente, em nonagenários e centenários. A pandemia do COVID-19 pode ter provocado alterações alimentares pela restrição social imposta no seu combate. Objetivo: Observar possíveis alterações no consumo alimentar de nonagenários e centenários durante a pandemia. Métodos: Estudo observacional e transversal envolvendo nonagenários e centenários, participantes do projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo, contatados por telefone e/ou videoconferência entre abril a agosto de 2020. As variáveis avaliadas foram: características socioeconômicas, estado nutricional e hábitos alimentares. Foram calculadas as frequências e médias. Resultados: Participaram 59 nonagenários e centenários (96±3,8 anos), com maior número entre 90-94 anos (48%), 77% eram mulheres, 73% viúvos e 81% residindo com familiar ou cuidador. Dados antropométricos foram avaliados somente em 34 longevos, dos quais 53% estavam com peso adequado e 32% com baixo peso. O consumo alimentar estava alterado em 17% dos participantes, 80% desses com diminuição do consumo. A carne apresentou a maior redução (50%). Dois participantes relataram aumento de consumo (embutidos e doces). O consumo diário de água foi entre 1 e 2 litros em 32% e mais que 2 litros em 5%. O familiar (51%) foi quem mais preparou os alimentos no domicílio, bem como, as compras de alimentos (83%). Rendimentos financeiros foram considerados suficientes para as necessidades básicas (alimentação) em 83% dos participantes. Conclusão: Os participantes apresentaram frequente redução do consumo, principalmente de carne, durante a pandemia. Observamos baixo consumo hídrico. A presença do familiar foi importante no preparo e aquisição dos alimentos.
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