Corpo e alma na velhice: significação ético-pedagógica do “cuidado de si mesmo”
DOI:
https://doi.org/10.5335/rbceh.v3i1.59Palavras-chave:
velhice, corpo, alma, cuidado, saúdeResumo
O artigo discute o problema do envelhecimento humano no contexto da distinção entre alma e corpo. Com uma rápida retrospectiva histórico-filosófica mostra-se o caráter dicotômico que tal distinção assumiu na filosofia ocidental, predominando, primeiro, durante longo período, um monopólio da alma em relação ao corpo. Atualmente, a supremacia do culto ao corpo em detrimento dos valores conectados à alma. Desta última predominância originam-se uma superficialidade e um vazio culturais que, aliados a uma sociedade de consumo e seus interesses mercadológicos que se alastram para todas as dimensões da vida humana, atingem inclusive os cuidados dispensados à sua conservação saudável e feliz. Por fim, recorre-se a Alcebíades de Platão para reconstruir brevemente, segundo Sócrates, o conceito de “cuidado de si” como modo genuíno de o ser humano enfrentar seu processo de socialização mediante o governo de si mesmo, das coisas e dos outros. Fica claro na abordagem socrática que o “cuidado de si”, pensado nos termos da relação entre o jovem e o seu mestre, só é possível enquanto relação entre seres humanos, implicando, portanto, a presença do outro, ou seja, o cuidado de si constitui-se, primeiramente, na forma de cuidado com os outros.Downloads
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Publicado
2006-06-06
Edição
Seção
Artigos Originais
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Como Citar
Corpo e alma na velhice: significação ético-pedagógica do “cuidado de si mesmo”. (2006). Revista Brasileira De Ciências Do Envelhecimento Humano, 3(1). https://doi.org/10.5335/rbceh.v3i1.59