Corpo e alma na velhice: significação ético-pedagógica do “cuidado de si mesmo”

Autores

  • Claudio Almir Dalbosco

DOI:

https://doi.org/10.5335/rbceh.v3i1.59

Palavras-chave:

velhice, corpo, alma, cuidado, saúde

Resumo

O artigo discute o problema do envelhecimento humano no contexto da distinção entre alma e corpo. Com uma rápida retrospectiva histórico-filosófica mostra-se o caráter dicotômico que tal distinção assumiu na filosofia ocidental, predominando, primeiro, durante longo período, um monopólio da alma em relação ao corpo. Atualmente, a supremacia do culto ao corpo em detrimento dos valores conectados à alma. Desta última predominância originam-se uma superficialidade e um vazio culturais que, aliados a uma sociedade de consumo e seus interesses mercadológicos que se alastram para todas as dimensões da vida humana, atingem inclusive os cuidados dispensados à sua conservação saudável e feliz. Por fim, recorre-se a Alcebíades de Platão para reconstruir brevemente, segundo Sócrates, o conceito de “cuidado de si” como modo genuíno de o ser humano enfrentar seu processo de socialização mediante o governo de si mesmo, das coisas e dos outros. Fica claro na abordagem socrática que o “cuidado de si”, pensado nos termos da relação entre o jovem e o seu mestre, só é possível enquanto relação entre seres humanos, implicando, portanto, a presença do outro, ou seja, o cuidado de si constitui-se, primeiramente, na forma de cuidado com os outros.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2006-06-06

Edição

Seção

Artigos Originais

Como Citar

Corpo e alma na velhice: significação ético-pedagógica do “cuidado de si mesmo”. (2006). Revista Brasileira De Ciências Do Envelhecimento Humano, 3(1). https://doi.org/10.5335/rbceh.v3i1.59