Análise de uma cena do filme As horas, de Michael Cunningham: máscaras do feminino
DOI:
https://doi.org/10.5335/rdes.v19i2.13102Palavras-chave:
máscara, femininoResumo
O presente trabalho toma como objeto de análise a obra cinematográfica As horas, baseado no livro de Michael Cunningham. A questão norteadora desse trabalho é a seguinte: a intelectualidade seria um destino suficiente para a mulher que não se identifica plenamente com a posição de mãe e dona de casa? No caso de Virginia Wolf, retratada no filme As horas, o papel de intelectual é assumido por ela como atividade principal e quase exclusiva, já que ela pouco se envolve nas questões domésticas e pouco revela da relação amorosa com Leonard. No presente artigo, analisaremos um diálogo entre Virgínia e sua irmã Vanessa durante uma visita, no qual se percebe o desconforto da irmã com as respostas de Virgínia. Tomamos como aporte teórico as considerações sobre a máscara (Rivière, 2005), as considerações sobre a máscara e a dissimulação (Bachelard, 1994) e as considerações sobre máscara e sintoma (Lacan, Seminário 5). A conclusão é a de que a máscara da feminilidade é uma das formas de deslocamento do desejo, sintoma, expressão da sublimação e portanto, destino de uma pulsão parcial (Lacan, Seminário 5, Lição XVIII).
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Silvana Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Este artigo está licenciado com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.