Violência antigênero na perspectiva sociocognitiva crítica

Autores

  • Tânia Gastão Saliés Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Ana Vitória de Queiroz Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.5335/rdes.v20i2.15680

Palavras-chave:

Metáfora multiníveis, Violência antigênero, Perspectivação, Facebook

Resumo

O presente artigo analisa a metáfora violência é sujeira em 24 relatos pessoais postados no Facebook por mulheres vítimas de violência antigênero. Para tal, examina-os à luz da abordagem sociocognitiva-discursiva (Kövecses, 2020; Muéles; Romano, 2023) e crítica (Romano, 2018; Mussolf, 2016) da metáfora. Que relação as narradoras estabelecem com a violência sofrida a partir das pistas linguístico-discursivas que sinalizam a metáfora violência é sujeira? Segundo a análise, os espaços mentais que se abrem no discurso on-line são estruturados pelo domínio emoção e por frames de relações causais que se materializam nos relatos na forma de sentimentos primários, como o nojo, e secundários, como a aversão da mulher a si própria. A mulher percebe-se ou percebe o agressor como objeto ou substância repugnante, causadora de nojo e descartável. O viés teórico-metodológico assumido escancara as relações de poder fincadas no patriarcado e mostram ser o Facebook um espaço sociopolítico de resistência.

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Biografia do Autor

  • Ana Vitória de Queiroz, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Mestre em Linguística pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde também se bacharelou em Inglês e Literaturas. Tem experiência na área de ensino-aprendizagem de Língua Inglesa e coordena o ensino de inglês em uma escola bilingue do Rio de Janeiro. Atualmente, desenvolve pesquisa na área de Linguística Cognitiva com ênfase em violência de gênero e suas representações em ambientes digitais. 

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Publicado

2024-06-28

Como Citar

Violência antigênero na perspectiva sociocognitiva crítica . (2024). Revista Desenredo, 20(2). https://doi.org/10.5335/rdes.v20i2.15680