Percepções, conhecimentos e representações de saúde bucal em adolescentes de escolas públicas e privadas do município de Atibaia,SP

Abstract

Introdução: Estudos sobre autopercepção da saúde bucal na adolescência são raros, alimentando o mito de que na adolescência existem poucos agravos à saúde de forma geral. Objetivo: Avaliar a auto-percepção de adolescentes em relação a sua saúde bucal. Métodos: Foram analisados e avaliados por inquérito adolescentes (n=183) de escolas de ensino fundamental pública (EPU) e privada (EPR) de Atibaia-SP. Análise por freqüência, teste exato de Fisher e Kruskall Wallis com IC 95%. Resultados: Da amostra 48,6% estuda em EPR, 54,6% sexo feminino, de 12-15 anos 77% e de 16-18 33%. Apresentam % maior de absenteísmo os com dor (p<0,001), e os que menos foram regularmente ao dentista aqueles da EPU e tiveram mais dor. Não houve diferença de ingestão diária de carboidrato entre EPR e EPU, mas sim no conhecimento da relação dele com cárie, sendo da EPR os que mais correlacionam (P<0,0001) e os da EPU os que menos conhecem prevenção (p<0,0001). Quanto a correlação entre doença periodontal (DP) e formas de prevenção e sinais e sintomas houve diferença EPU e EPR. A não associação entre sangramento espontâneo e ao escovar, e mau hálito com DP foi maior para EPR embora houve maior frequência para conhecimento sobre prevenção.Para renda, os da EPR se enquadraram entre 4-6 e acima de 6 salários e os da EPU de 1-3 e 4-6. Conclusão: Embora com limitações, a saúde do adolescente deve ser instigada a novas pesquisas em que os mesmos sejam atores de promoção de saúde e de coesão social.