Análise eletromiográfica do efeito da fisioterapia no músculo masseter em pós-operatório de politrauma de face
DOI:
https://doi.org/10.5335/rfo.v24i2.10448Palavras-chave:
Eletromiografia, Fisioterapia, Mandíbula, Músculos da mastigaçãoResumo
Em situações de acidente, os traumas faciais têm ocupado lugar de destaque, e as fraturas mandibulares compreendem o maior percentual de injúrias tratadas pelos cirurgiões bucomaxilofaciais. Intervenções fisioterapêuticas vêm sendo somadas à reabilitação pós-operatória, otimizando a atividade muscular pós-trauma, colaborando na recuperação das funções mastigatórias, de fonação, deglutição e posturais. Objetivo: o presente estudo objetivou comparar a evolução longitudinal da atividade elétrica do músculo masseter por meio de exame eletromiográfico em um indivíduo politraumatizado submetido à fisioterapia e outro com fratura de mandíbula sem tratamento fisioterapêutico. Sujeitos e método: para tal pesquisa, analisou-se um voluntário politraumatizado submetido a tratamento fisioterapêutico, um voluntário com fratura de mandíbula sem tratamento fisioterapêutico e três voluntários sem fraturas como grupo controle. Foi realizada uma primeira coleta de dados eletromiográficos nos primeiros dias após alta do serviço de cirurgia responsável pelo tratamento das fraturas e uma segunda coleta 60 dias após. No indivíduo submetido ao tratamento fisioterápico, realizou-se ainda uma terceira coleta após 90 dias. Resultados: o voluntário politraumatizado submetido ao tratamento fisioterapêutico, em 90 dias, obteve atividade elétrica do músculo masseter, semelhante ao grupo controle. Já o voluntário com fretura mandibular não submetido ao tratamento fisioterapêutico apresentou resultados semelhantes ao grupo controle após 60 dias de alta hospitalar. Considerações finais: conclui-se que a intervenção fisioterapêutica em pacientes politraumatizados é de grande relevância, devolvendo a condição muscular fisiológica de mastigação, no que tange à atividade elétrica, num prazo de até 90 dias, apresentando, além disso, vantagens na redução da sintomatologia desarmonizadora da função.
Downloads
Referências
2. Paranhos LR. Atuação do cirurgião-dentista no ambiente hospitalar. 2002; 7-8.
3. Hupp JR, Ellis IIIE, Tucker MR. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 2009; 24.
4. Macedo JLS, Camargo LM, Almeida PF, Rosa SC. Perfil epidemiológico do trauma de face dos pacientes atendidos no pronto socorro de um hospital público. Rev Col Bras Cir 2008; 35(1):9-13.
5. Rocha NSM, Andrade JR, Jayanthi SK. Imagem no trauma de face. Rev Med 2011; 90(4):169-70.
6. Leporace AAF. Estudo epidemiológico das fraturas mandibulares num hospital público na cidade de São Paulo. 2008; 17-20.
7. Montovani JC, Campos LMP, Gomes MA, Moraes VRS, Ferreira FD, Nogueira EA. Etiologia e incidência das fraturas faciais em adultos e crianças: experiência em 513 casos. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia 2006; 72(2):12-4.
8. Gottardello J. Fraturas de ângulo mandibular. Piracicaba, 1995; 5.
9. Búrigo M. Tratamento fisioterapêutico da articulação temporomandibular pós- trauma. Tubarão, 2006: 22-23.
10. Martins Junior JC, Keim FS, Helena ETS. Aspectos epidemiológicos dos pacientes com traumas maxilofaciais operados no Hospital Geral de Blumenau, SC, de 2004 a 2009. Arq Int Otorrinolaringol 2010; 14(2):192-8.
11. Throckmorton GS; Ellis III. The relationship between surgical changes in dentofacial morphology and changes in maximum bite force. J Oral Maxillofac Surg 2001; 59(6):620-7.
12. Youssef RE, Throckorton GS, Ellis III E. Comparasion of habitual mastigatory patterns in man and women using a custom computer program. J Prosthet Dent 1997; 78(2):179-86.
13. Tate GS, Ellis IIIE, Throckomorton GS. Bite forces in patient treated for mandibular angle fractures: implicat ions for fixation recommendations. J Oral Maxillofac Surg 1994; 52(7):734-6.
14. Campolongo GD. Avaliação eletromiográfica do músculo masseter nos pacientes portadores de fratura de face. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Odontologia; 2012. p. 7-8.
15. Dal Santo F, Ellis IIIE, Throckorton GS. The effects of zygomatic complex fracture on masseteric muscle force. J Oral Maxillofac Surg 1992; 50(8):791-9.
16. Brasil. Portaria 641, de 17 de dezembro de 1975. Curitiba: Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional; 1975.
17. Lopes MGP; Rode SM. Tratamento das disfunções craniomandibulares da ATM. São Paulo: Santos; 1995. 18:129-131.
18. Maëstu J, Cichella A, Purge P, Ruosi S, Jurimae J, Jurimae T. Electromyographic and neuromuscular fatigue thresholds as concepts of fatigue. Journal of Strength and Conditioning Research 2006; 20:824-8.
19. Basmanjian JV, De Luca CJ. Muscle alive: their function revealed by eletromiography. 5th ed. Baltimore: Williams & Wilkins; 1985.
20. Merletti R, Parker P. Electromyography: Physiology, Engineering, and Noninvasive Applications. IEEE Press, 2004.
21. Resende APM, Nakamura MU, Ferreira EAG, Petricelli CD, Alexandre SM, Zanetti MRD. Eletromiografia de superfície para avaliação dos músculos do assoalho pélvico feminino: revisão de literatura. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, 2011; 18(3):292-7.
22. Armijo-Olivo S, Gadotti I, Kornerup M, Lagravère MO, Flores-Mir C. Quality of reporting masticatory muscle electromyography in 2004: a systematic review. Journal of Oral Rehabilitation 2007; 34:397-405. 23. Moore KL. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Editora Guanabara Koogan; 2014.
23. Moore KL. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Editora Guanabara Koogan; 2014.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença

Este periódico bem como seus artigos estão licenciados com a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
