Processo de esterilização de materiais odontológicos: avaliação padronização em tempos de pandemia de Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.5335/rfo.v27i1.14742Palavras-chave:
Palavras-chave: Esterilização; COVID-19; Odontologia.Resumo
RESUMO
A elevada transmissibilidade e o surto provocado pelo coronavírus SARS-CoV-2, reforçou a preocupação com limpeza, higienização e esterilização de materiais e instrumentais utilizados pelas diversas áreas de saúde, de forma a diminuir o contágio e frear a propagação do vírus. Os cirurgiões dentistas, assim como os auxiliares e técnicos de saúde bucal, estão imersos em condições de trabalho vulneráveis ao risco de contaminação cruzada, assim alguns protocolos foram aprimorados, como o uso EPI’s para executar os processos de limpeza, lavagem e esterilização de instrumentais odontológicos. Baseado nisso, o presente estudo objetivou avaliar os processos de coleta, lavagem e esterilização de instrumentais odontológicos, evidenciando se houveram mudanças no processo em função da pandemia de COVID -19, em consultórios odontológicos públicos e particulares, na cidade de Pelotas-RS. Obteve-se os dados pela aplicação de um questionário para o profissional responsável pelo processo de esterilização de cada local. Os resultados revelaram poucas diferenças em relação aos processos de lavagem e esterilização em função da pandemia de COVID -19 tanto nas clínicas particulares como nas UBS na cidade de Pelotas RS. A maioria dos locais pesquisados está em concordância com a norma técnica n°4/2020 da Anvisa. Os resultados demonstraram um baixo uso dos indicadores biológicos que são considerados o padrão ouro da biossegurança, podendo acarretar em contaminações cruzadas e os locais examinados não possuem o Procedimento Operacional Padrão-POP descrito para o processo de lavagem e esterilização de instrumentais odontológicos.
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