Uso de óxido nitroso como sedação consciente por profissionais de odontologia no Rio Grande do Sul: um estudo transversal

Autores

  • Bruno Emmanuelli Universidade Federal de Santa Maria
  • Júlia Bassani
  • Gabriela da Luz Machado
  • Ágatha Diniz
  • Bruno Emmanuelli
  • Natália Brucker

DOI:

https://doi.org/10.5335/rfo.v28i1.15318

Palavras-chave:

nitrous oxide, conscious sedation, dental care

Resumo

Objetivo: Avaliar fatores associados, percepção e prevalência do uso de óxido nitroso por cirurgiões-dentistas do Rio Grande do Sul, Brasil. Metodologia: Realizou-se um estudo transversal, de base eletrônica, com profissionais registrados no Rio Grande do Sul. A coleta de dados baseou-se no envio, por e-mails e campanhas no Instagram, de um questionário via plataforma Google Forms contendo 27 questões acerca do uso de óxido nitroso em atendimentos odontológicos, bem como o perfil e as percepções dos profissionais sobre a técnica. Resultados: Dos 220 participantes, apenas 12,3% utilizava o óxido nitroso em sua prática clínica, sendo as especialidades que mais utilizavam, cirurgia e odontopediatria. Dentre os que reportaram utilizar a técnica, 81,5% tinham mais de 29 anos (p<0,001) e possuíam curso de pós-graduação, sendo que destes, 55,6% realizou o curso de habilitação (p<0,01) e mais da metade (55,6%) relatou utilizar em pacientes adultos (p<0,001). O alto custo do equipamento, bem como a falta de interesse dos profissionais, foram as principais razões para o não uso da técnica. Conclusão: A técnica de sedação consciente com óxido nitroso é pouco usada pelos cirurgiões-dentistas no Estado do Rio Grande do Sul. É possível que a ampliação do conhecimento acerca da indicação e aplicação do óxido nitroso, ainda durante a graduação, possa expandir o uso e contribuir para uma melhor qualidade no atendimento de pacientes com medo e ansiedade odontológicos.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Moura MS, Gianella V. A arte de escutar: nuances de um campo de práticas e de conhecimento / El arte de escuchar: matices de un campo de prácticas y de conocimiento / The art of listening: nuances of a field of practices. Rev Terceiro Incluído. 2017;6(1):9-24.

Barasuol JC, Busato CA, Felipak PK, Menezes JVN. Abordagem de pacientes com ansiedade ao tratamento odontológico no ambiente clínico. Rev Assoc Paul Cir Dent. 2016;70(1):76-81.

Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Resoluções do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisas envolvendo seres humanos. Acesso em: 20 de abril de 2022.

Kanegane K, Penha SS, Borsatti MA, Rocha RG. Dental anxiety in an emergency dental service. Rev Saúde Pública. 2003;37:786-792.

American Academy of Pediatric Dentistry. Guidelines for the elective use of conscious sedation, deep sedation, and general anesthesia in pediatric patients. Am Acad Pediatr Dent. 1985;7(4):334-7.

Ladewig VDM, Ladewig SFA, Silva MG, Bosco G. Sedação consciente com óxido nitroso na clínica odontopediátrica. Odontol Clín-Cient. 2016;15(2):91-96.

Souza DS. Gestão do processo de trabalho das equipes de saúde bucal na atenção primária àsaúde. In: Goes PSA, Moyses SJ, organizadores. Planejamento, gestão e avaliação de saúde bucal. São Paulo: Artes Médicas; 2013.

Brasil. Resolução 51/04, de 30 de Abril de 2004. Conselho Federal De Odontologia, Rio De Janeiro.

Czlusniak GD, Rehbein M, Regattieri LR. Sedação consciente com óxido nitroso e oxigênio (N2O/O2): avaliação clínica pela oximetria. Publ UEPG Cienc Biol Saude. 2007;13(3/4).

Eysenbach G. Improving the quality of Web surveys: the Checklist for Reporting Results of Internet E-Surveys (CHERRIES). J Med Internet Res. 2004;6(3):e34.

Von Elm E, Altman DG, Egger M, Pocock SJ, Gøtzsche PC, Vandenbroucke JP. The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. Lancet. 2007;370(9596):1453-1457.

Moraes RR, Correa MB, Daneris , Queiroz AB, Lopes JP, Lima GS, et al. Email vs. Instagram recruitment strategies for online survey research. Braz Dent J. 2021;32:67-77.

Boiano JM, Steege AL, Sweeney MH. Exposure control practices for administering nitrous oxide: A survey of dentists, dental hygienists, and dental assistants. J Occup Environ Hyg. 2017;14(6):409-416.

Macarini RFM. Perfil do cirurgião-dentista que utiliza sedação com óxido nitroso em Santa Catarina. 2015.

Daher A, et al. Practices and opinions on nitrous oxide/oxygen sedation from dentists licensed to perform relative analgesia in Brazil. BMC Oral Health. 2012;12:21.

Costa RRD, Silva PVRD, Iwaki Filho L, Takeshita WM, Farah GJ. Avaliação da influência da expectativa e da ansiedade do paciente odontológico submetido a procedimento cirúrgico a partir de seus sinais vitais. Rev Odontol UNESP. 2012;41(1):43-47.

Green SM, Krauss B. Barriers to propofol use in emergency medicine. Ann Emerg Med. 2008;52(4):392-398.

Vilanova-Saingery C, et al. Use and perception of nitrous oxide sedation by French dentists in private practice: a national survey. Eur Arch Paediatr Dent. 2017;18:385-391.

Lorenz ACDL, Chacon G, Kramer PF, Lima PVP. Perfil da utilização da sedação com óxido nitroso por cirurgiões-dentistas na cidade de Porto Alegre/RS. Stomatos. 2009.

Downloads

Publicado

2023-11-06

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Uso de óxido nitroso como sedação consciente por profissionais de odontologia no Rio Grande do Sul: um estudo transversal: . (2023). Revista Da Faculdade De Odontologia - UPF, 28(1). https://doi.org/10.5335/rfo.v28i1.15318