Síndrome de Eagle – prevalência do alongamento do processo estiloide e calcificação do ligamento estilo-hioideo
DOI:
https://doi.org/10.5335/rfo.v14i3.803Resumo
Alterações morfológicas da cadeia estiloidea são eventos comuns, sendo o alongamento do processo estiloide e a calcificação do ligamento estilo-hioideo as ocorrências mais frequentes. Essas alterações podem estar relacionadas a quadros sintomatológicos na região de cabeça e pescoço, incluindo a cavidade bucal, sendo a síndrome de Eagle (SE) o diagnóstico mais conhecido. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência da SE em pacientes do Serviço de Medicina Bucal da Faculdade de Odontologia de Araraquara - Unesp no período de 1989 a 2008, além de abordar seu método de diagnóstico e tratamento. Para tanto, foram analisados os prontuários clínicos do arquivo do serviço, considerando variáveis como diagnóstico inicial de SE, dor atípica em região de cabeça e pescoço e diagnóstico final de SE. Foram levantadas 123 fichas clínicas, das quais 15 apresentavam diagnóstico de síndrome de Eagle. Com relação ao gênero, a prevalência foi no feminino, perfazendo 93,3% dos casos, e observou-se que esta alteração é mais comum em pacientes acima dos 52 anos de idade. Entre os pacientes com SE as queixas principais mais relatadas foram de dor e/ou ardência (66,6%) e xerostomia (13,3%). Concluiu-se que a SE não é uma condição rara, acometendo com maior frequência mulheres na meia-idade. Faz-se necessária uma apurada análise dos sinais e sintomas e dos achados radiográficos nos pacientes com sintomatologia dolorosa atípica e idiopática na região de cabeça e pescoço para que se possa estabelecer o diagnóstico diferencial, visto que outras enfermidades podem apresentar achados semelhantes aos da SE.
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