Estudo epidemiológico de pacientes portadores de infecção do complexo bucomaxilofacial tratados no Hospital Universitário de Maringá: estudo retrospectivo ao longo de 8 anos

Autores

  • Gustavo Jacobucci Farah Universidade Estadual de Maringá
  • José Henrique Santana Quinto Universidade Estadual de Maringá
  • Izabella Giannasi Farah Universidade Estadual de Maringá
  • Marcelly Tupan Chistoffoli Universidade Estadual de Maringá
  • Caroline Resquetti Luppi Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.5335/rfo.v23i3.8560

Palavras-chave:

Infecções buco-maxilo-faciais, infecções odontogênicas, análise epidemiológica.

Resumo

Infecções agudas bucomaxilofaciais podem ser condições clínicas graves e de ocorrência comum, caracterizadas pela disseminação do processo infeccioso a tecidos adjacentes e espaços faciais da região de cabeça e pescoço, podendo resultar em várias complicações, até mesmo em óbito, embora seja raro. Objetivo: realizar uma análise epidemiológica de infecções maxilofaciais, relacionando os dados ao tratamento instituído e à sua efetividade, bem como analisar dados referentes a idade, sexo, principais dentes envolvidos e tempo total de internação. Sujeito e método: foram analisados retrospectivamente 240 prontuários de pacientes admitidos no Hospital Universitário de Maringá com infecção odontogênica, atendidos pela equipe de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial no período de janeiro de 2009 a janeiro de 2017. Resultados: a média de idade dos pacientes foi de 38 anos, com 57 mulheres e 54 homens. A média de temperatura de admissão foi
38,5°C. A região mais acometida foi o ramo posterior da mandíbula, tendo uma média de duração de infecção
e hospitalização de 6,1 dias. A principal conduta foi drenagem e antibioticoterapia, sendo que cerca de 13
pacientes não precisaram desse tipo de intervenção, e um paciente evoluiu a óbito. Conclusão: com base nestes resultados e na literatura, infecções odontogênicas merecem atenção, pois podem ser fatais e requerem internação rápida e tratamento adequado. Esse, portanto, é um assunto de grande importância para o cirurgião-dentista, que exerce papel fundamental na prevenção e no tratamento. A resolução precoce ainda é a forma mais adequada para evitar complicações mais graves.

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Biografia do Autor

  • Gustavo Jacobucci Farah, Universidade Estadual de Maringá
    Professor doutor da área de cirurgia e traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Universidade Estadual de Maringá
  • José Henrique Santana Quinto, Universidade Estadual de Maringá
    Residente da área de cirurgia e traumatologia Buco-Maxilo-Facial da Universidade Estadual de Maringá
  • Izabella Giannasi Farah, Universidade Estadual de Maringá
    Academica do curso de odontologia da Universidade Estadual de Maringá
  • Marcelly Tupan Chistoffoli, Universidade Estadual de Maringá

    Academica do curso de odontologia da Universidade Estadual de Maringá

  • Caroline Resquetti Luppi, Universidade Estadual de Maringá
    Cirurgiã Dentista formada pela Universidade Estadual de Maringá

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Publicado

2018-12-18

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Estudo epidemiológico de pacientes portadores de infecção do complexo bucomaxilofacial tratados no Hospital Universitário de Maringá: estudo retrospectivo ao longo de 8 anos. (2018). Revista Da Faculdade De Odontologia - UPF, 23(3), 280-283. https://doi.org/10.5335/rfo.v23i3.8560