Movimentos Sociais de Mulheres:
memórias, redes e imagens
DOI:
https://doi.org/10.5335/hdtv.21n.2.11827Palavras-chave:
Acervos marginais, Estética documental, Movimentos de mulheresResumo
Neste texto, apresentamos as memórias do Movimento de Mulheres de Andradina organizados no bojo de uma entidade católica progressista da periferia do município entre os anos 1970 e 1996. As trajetórias de pesquisas que desvelaram o acervo documental do movimento permitem apreender as nuances das ações e dos acervos marginais de grupos populares periféricos, como a utilização de rede tecida na solidariedade dos grupos para potencializar o papel dos documentos recebidos e produzidos nas experiências de lutas. Por fim, aplicando uma perspectiva interseccional, analisamos as estéticas de imagens disponíveis no acervo documental do IAJES para reconhecer elementos implícitos nos textos, compreendendo a imagética dos movimentos populares periféricos como uma expressão de suas expectativas sociais, de potência e radicalidade.
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