A REAL PRÁTICA DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA NA CAMPANHA E CENTRO RIO-GRANDENSE DURANTE A PRIMEIRA REPÚBLICA
Abstract
Entender o processo republicano que foi estabelecido no Rio Grande do Sul a partir de 1895 requer compreender um imbricado processo de dominação e articulação política entre os coronéis regionais, os eleitores e o executivo estadual, representados por suas figuras máximas: Júlio Prates de Castilhos e Antônio Augusto Borges de Medeiros. A partir da compreensão de tais ligações fica nítido o poder que os coronéis governistas tinham ao sustentarem a prática eleitoral por meio da coerção e cooptação de votos das mais variadas maneiras e nos mais variados contextos. Tais práticas são ancoradas na visível necessidade de legitimação do governo republicano dentro do reduto maragato da fronteira, bem como no atendimento das necessidades dos imigrantes que se estabeleciam nas colônias da região central do estado. A partir da análise de cartas enviadas ao governo Borges de Medeiros, no início do século XX, faz-se a análise de como o governo estadual se posicionava diante dos mais variados cenários políticos, principalmente nas regiões da Campanha e Central do estado, a fim de administrar o processo eleitoral que o legitimava no poder.
Palavras-chave: Coerção política; Processo eleitoral; Voto.
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