La guerra del contestado desde la mirada de la obra el jagunço:
violencia, género, memoria y resistencia
DOI:
https://doi.org/10.5335/srph.v21i3.13794Palabras clave:
Guerra Contestada, Violencia, Género, Memoria, ResistenciaResumen
Este artículo tiene como objetivo abordar la Guerra del Contestado desde la perspectiva de la máxima manifestación de la violencia perpetrada por el Estado brasileño, al servicio de los intereses empresariales y coroneles locales y regionales. Se demuestra que la violencia, en sus múltiples formas, actúa también para aniquilar la memoria, las prácticas, las vivencias y la cosmovisión de los perdedores. Para el vencedor se configura como un mecanismo para legitimar la brutalidad de su acción al descalificar al otro, al que fue violado de las más diversas formas, ya sea por medios físicos, simbólicos o discursivos. En esta perspectiva de análisis, nos proponemos reflexionar sobre la violencia discursiva presente en la obra O Jagunço, en la que se invisibiliza el papel de la mujer en el Movimiento Contestado. Se concluye que la resistencia de los vencidos a través de la preservación de su memoria, y sobre todo la reflexión y debate en torno a su cosmovisión, es socialmente legítima, urgente y necesaria frente a la perpetuación simbólica de la guerra por medios literarios.
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