COOPERATIVISMO DE CRÉDITO NA REGIÃO NOROESTE DO RIO GRANDE DO SUL NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX
Resumen
RESUMO: Analisando a conjuntura histórica e a experiência social e econômica do cooperativismode crédito, procurou-se apresentar um panorama das condições enfrentadas num espaçoe tempo específico: a região de Ijuí-RS, no início do século XX. O cooperativismo decrédito emerge na pós-revolução industrial e, junto com a imigração, foi consideradomodelo de reação não-governamental dos camponeses. A região noroeste do RS,habitada primordialmente por indígenas, lusos e caboclos, foi colonizada por imigrantesdas colônias velhas a partir de 1890. Buscavam novas terras para exploração agrícolautilizando um modo de divisão familiar do trabalho, orientado para a obtenção dapropriedade da terra, mesclado com atividades de subsistência. A mercantilização daprodução era inevitável para o sucesso da colônia; dependia da inserção da família naeconomia regional e a obtenção de recursos financeiros para o lote, que eram escassosna colônia. No RS pré-1930 inexistiam bancos fora dos centros econômicos e nascolônias atuavam comerciantes e correspondentes bancários que sujeitavam osimigrantes à prática da usura. O projeto colonial auto ordenou-se a partir de formas deorganização social e econômica, como o cooperativismo de crédito que, capitalizandocoletivamente as pequenas economias coloniais, interferiu na vida pública destascomunidades, financiando a produção e a mercantilização necessária para o sucesso dacolônia, defendendo os interesses dos colonos associados e até executando obras deinfra-estrutura.
Palavras chave: cooperativismo, crédito, colonização.
ABSTRACT: Looking at the historical context and social and economic experience of the cooperativecredit, sought to provide an overview of the conditions faced in a specific time andspace: the region of Ijuí-RS in the early twentieth century. The cooperativism of creditemerges in post-industrial revolution and, along with immigration, it was considered amodel of non-governmental reaction of the peasants. The northwestern region of RS,inhabited primarily by Indians, Lusitanian and the peasants, was settled by immigrantsfrom the old colonies from 1890. Sought new lands to farm using a method of familydivision of labor, oriented to the ownership of the land, mingled with subsistenceactivities. The mercantilization of the production was inevitable for the success of thecolony; depends of the integration on the regional economy and the family in obtainingfinancial resources for the lot, which were scarce in the colony. In the RS pre-1930 didnot exist banks outside of economic centers; in the colonies were active traders andcorrespondent banks that immigrants subjected to the practice of usury. The colonialproject was self-ordained from forms of social and economic organization, such as credit cooperatives that collectively capitalizing small colonial economies affect inpublic life in these communities by funding the production and mercantilizationnecessary for the success of the colony, defending the interests of the associated settlersand even performing works infrastructure.
Keywords: cooperatives, credit colonization.
Descargas
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional – CC-BY que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado, de acordo ainda com a democratização científica prevista pela Ciência Aberta.