O feminismo é uma farsa:
discursos sobre a representação feminista no Brasil durante conquista pelo sufrágio no YouTube
DOI:
https://doi.org/10.5335/srph.v20i1.12484Palavras-chave:
Movimento feminista; negacionismo histórico; mídias sociais.Resumo
O propósito deste artigo é o de identificar e analisar a construção discursiva negacionista contida no vídeo “Será que você deve mesmo ao feminismo o direito de votar, trabalhar e estudar? Eu acho que não”, publicado no canal do YouTube “Direto aos Fatos”. A partir do conceito de desmonumentalização da história (NAPOLITANO, 2007) deseja-se compreender quais os problemas inseridos na narrativa do vídeo cujo tema aborda a história do movimento feminista brasileiro atuante entre os séculos XIX e XX na busca pela aprovação do sufrágio feminino.
Downloads
Referências
KARAWEJCZYK, Mônica. As filhas de Eva querem votar: dos primórdios da questão à conquista do sufrágio feminino no Brasil (c. 1850-1932). 2013. 398 p. Tese de doutorado em história- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre RS, 2013.
MORAES, Luis Edmundo de Souza. O negacionismo e problema da legitimidade da escrita sobre o passado. In: XXVI Simpósio Nacional de História- ANPUH, São Paulo, 2011. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História- ANPUH, 2011.
NAPOLITANO, Marcos. Monumentalização e escrita fílmica da história: uma comparação entre Danton e Amistad. In: MORETTIN, Eduardo; CAPELATO, Maria Helena: SALIBA, Elias Tomé; NAPOLITANO, Marcos (Org.). História e Cinema: dimensões históricas do audiovisual. São Paulo: Alameda, 2007. p. 65-83.
NAPOLITANO, Marcos; JUNQUEIRA, Mary. Negacionismos e Revisionismos: o conhecimento histórico sob ameaça. Síntese dos debates e posicionamentos surgidos no evento promovido pelo Departamento de história da FFLCH/USP- Universidade de são Paulo. Maio 2019.
PERROT, Michelle. As mulheres ou os silêncios da história. Bauru: EDUSC, 2005.
REIS, Ruth; ZANETTI, Daniela; FRIZZERA, Luciano. Algoritmos e desinformação: o papel do YouTube no cenário político brasileiro. In: Compolítica, n. 8, 2019, Brasília. Anais […] Brasília, 2019, p. 1-19.
Será que você deve mesmo ao feminismo o direito de votar, trabalhar e estudar? Eu acho que não. Direto aos fatos. Vídeo apresentado por Camila Abdo: [S.l.: s.n]. 2018. 1 vídeo (13 min 14 seg.). Publicado pelo canal direto aos fatos. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=1e4U5eAqSdU>. Acesso em: 18 de out. 2020.
SOIHET, Rachel. A pedagogia da conquista do espaço público pelas mulheres e a militância feminista de Bertha Lutz. Revista brasileira de educação, Rio de Janeiro, n.15, p. 97-117, Dez 2000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional – CC-BY que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado, de acordo ainda com a democratização científica prevista pela Ciência Aberta.