Reverberações do feminino na adaptação de “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres” para o cinema
DOI:
https://doi.org/10.5335/rdes.v19i3.14853Palavras-chave:
feminino, Clarice Lispector, sexualidade, cinemaResumo
Este estudo objetivou problematizar os sentidos sobre o feminino produzidos na adaptação do livro “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres”, de Clarice Lispector, para o cinema. O corpus foi constituído pelo filme “O livro dos prazeres”, “livre adaptação” da obra clariceana. O filme, ancorado na contemporaneidade, promove como efeito a necessidade de revisitação da obra literária em termos de costumes, de comportamentos e de aspectos que se cravam nas experiências das personagens. Assim, operam-se movimentos que colocam em destaque a sexualidade de Lóri e a transmissão geracional do feminino, assim como o esmaecimento da figura do professor Ulisses, considerado, desde o original, como machista e egocêntrico. O papel do narrador onisciente, no livro, é substituído por uma Lóri capaz de narrar, no filme. Essa mudança permite que a linguagem se opere a partir de um novo lugar, ampliando a escuta do feminino e, consequentemente, as suas reverberações nos sujeitos-leitores-expectadores.
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