Nos interstícios do discurso: o (des)encontro de culturas

Autores

  • Tatiane Kaspari Universidade Feevale
  • Juracy Ignez Assmann Saraiva Universidade Feevale

Palavras-chave:

Cultura. Identidade. Conquista da América. Descoberta do outro.

Resumo

A chegada dos espanhóis ao México, em 1519, desencadeou um confronto cultural que culminou na reelaboração de identidades. Nesse processo, teve especial relevo a índia Malinche, que, mediando as relações entre conquistadores e astecas, foi perpetuada pela tradição oral como a traidora de seu povo e responsável pelo massacre de sua cultura. O presente artigo, ao articular os campos discursivos da história e o literário, analisa o papel de Malinche, buscando compreender a complexidade da trama cultural em que estavam envolvidos os personagens da conquista do México. Para essa compreensão consideram-se textos históricos e, sobretudo, o romance Malinche, de Laura Esquivel, que, tendo recolhido da oralidade a história da índia, propõe um novo olhar sobre suas angústias, anseios e ações. Ao conceder a Malinche a possibilidade de enunciar suas próprias palavras, a romancista revela conflitos que outrora permaneceram encerrados no íntimo da personagem e provoca no leitor reflexões sobre embates culturais que constituíram a identidade mesoamericana.

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Publicado

2011-10-27

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Nos interstícios do discurso: o (des)encontro de culturas. (2011). Revista Desenredo, 7(1). https://ojs.upf.br/index.php/rd/article/view/1919