O olhar afrocêntrico e emancipador da mulher negra:

Yemayá, Oyá-Yansán e Ochún como referências ancestrais das nossas práticas de libertação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5335/hdtv.22n.4.13910

Palavras-chave:

Mito, Yemayá, OyáYansán, Ochún, Sexualidade

Resumo

Ao longo dos tempos, e em diferentes lugares, os seres humanos têm tentado explicar a origem do mundo e da vida através de histórias prodigiosas a que chamamos mitos fundadores. Este artigo analisa vários mitos de Yemayá, Oyá-Yansán e Ochún, que foram preservados nas religiões iorubás em Cuba e no Brasil, enfatizando o impacto destas narrativas sagradas na esfera sócio-política e no contexto dos nossos processos de libertação como mulheres negras. Se admitirmos a relevância sociológica e ritual do mito como história fundadora e fonte de legitimação das crenças e práticas colectivas, analisando o que nos dizem os mitos de algumas das divindades mais notáveis do panteão iorubá pode ser útil para teorizar onde, de acordo com as condições actuais, os itinerários que levam à emancipação, autonomia e liberdade das mulheres afro-descendentes nos podem levar.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

AMORÓS, Celia. Hacia una crítica de la razón patriarcal. Barcelona: Anthropos, 1985.

BUENO SARDUY, Aída Esther. El ocaso del liderazgo sacerdotal femenino en el Xangô de Recife: la ciudad de las mujeres que no será. 512f. Tesis. (Doctorado en Antropología social y cultural) – Departamento de Antropología social. Facultad de Ciencias políticas y sociología. Universidad Complutense de Madrid, 2014.

BUENO SARDUY, Aída Esther. Eva y Yemayá: dos mitos para pensar el feminismo. En: LASHERAS, Magda (Coord.). Filosofía de la Historia y feminismos. Madrid: Ed. Dykinson, 2019.

CABRERA, Lydia. Yemayá y Ochún. Kariocha, iyalorichas y olorichas. Colección del Chicherukú en el exilio. 2 ed. Nueva York: Ediciones CR, 1980.

GILROY, Paul. Después del Imperio. ¿Melancolía o cultura de la convivialidad?. Ensayo Tusquets, Barcelona, 2008.

JHAN, Janheinz. Muntu: las culturas neoafricanas. México-Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1963.

LÉVI-STRAUSS, Claude. Mito y significado. Alianza Editorial, Madrid 1995.

MALINOWSKI, Bronislaw. Magia, Ciencia y Religión. Barcelona: Ariel, 1974.

MARTÍNEZ HERRERA, Manuel. La función social y psicológica del mito. Káñina. Revista de Artes y Letras, Universidad de Costa Rica, XXXV/1, p. 187-199, 2011.

ONFRAY, Michel. Tratado de ateología. Barcelona: Anagrama, 1986.

PASSOS, Marlon Marcos Vieira. Oyá-Bethânia: os mitos de um oricha nos ritos de uma estrela. 153f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, 2008. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/8709/1/marlon_marcos.pdf. Acesso em 10 de setembro de 2022.

SAID, Edward. Cultura e Imperialismo. Barcelona, Anagrama, 1996.

SANTA BIBLIA. Sociedades Bíblicas Unidas. Revisión de 1960.

SEGATO, Rita. Santos e Daimones. Brasília: Editora UNB, 1995.

SEGATO, Rita. La guerra contra las mujeres. Madrid: Traficantes de sueños, 2016.

ZAHAN, Dominique. Espiritualidad y pensamiento africanos. Madrid: Ediciones Cristiandad, 1980.

Downloads

Publicado

2022-11-16

Como Citar

O olhar afrocêntrico e emancipador da mulher negra:: Yemayá, Oyá-Yansán e Ochún como referências ancestrais das nossas práticas de libertação. (2022). Revista História: Debates E Tendências, 22(4), 13-38. https://doi.org/10.5335/hdtv.22n.4.13910