Modernização, desenvolvimento e dependência nas relações Brasil-Estados Unidos durante a Guerra Fria:
um debate a partir da Aliança para o Progresso no Nordeste brasileiro (1961-1964)
DOI:
https://doi.org/10.5335/hdtv.23n.3.15016Palavras-chave:
Aliança para o Progresso, Modernização, Relações Brasil-Estados UnidosResumo
este artigo examina a Aliança para o Progresso como ponte para relações paternalistas e de dependência entre os Estados Unidos e o Brasil. Sob o véu da promessa de desenvolvimento e modernização, o programa preconizava o reforço ao vínculo entre o modelo capitalista liberal estadunidense em franca expansão e as economias dos países latino-americanos. Nosso exame foca na atuação do programa no Nordeste brasileiro, região onde um bloco político relativamente coeso e conservador intencionou fortalecer a dependência do Brasil como mecanismo para a manter suas estruturas de poder.
Downloads
Referências
BAMBIRRA, Vânia. O Capitalismo Dependente Latino-Americano. Florianópolis: Insular, 2012.
CALLADO, Antonio. Os industriais da seca e os galileus de Pernambuco: aspectos da luta pela reforma agrária no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1960.
FICO, Carlos. O Grande Irmão: da operação Brother Sam aos anos de chumbo – O governo dos Estados Unidos e a ditadura militar brasileira. Rio de Janeiro Civilização Brasileira, 2008.
FURTADO, Celso. O mito do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1974.
GRAMSCI, Antonio. Americanismo e fordismo. São Paulo: Hedra, 2008.
HOBSBAWM, Eric J. Era dos extremos: o breve século XX. Trad. Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
LOUREIRO, Felipe P. A Aliança Para o Progresso e o Governo João Goulart (1961-1964): ajuda econômica norte-americana a estados brasileiros e a desestabilização da democracia no Brasil pós-guerra. São Paulo: Editora Unesp, 2020.
MACHADO, Luiz T. A Teoria da Dependência na América Latina. Estudos Avançados, vol. 13, n. 35, p. 199-215, 1999.
MUNHOZ, Sidnei J. Guerra Fria: história e historiografia. Curitiba: Appris Editora, 2020.
PACKENHAN, Robert A. Liberal America and the Third World: political development ideas in foreign aid and Social Science. Princeton: Princeton University Press, 1973.
PRADO, Fernando Correa. A ideologia do desenvolvimento e a controvérsia da dependência no Brasil contemporâneo. Tese de doutorado – UFRP, 2015.
REIS, José Carlos. N. W. Identidades do Brasil: de Varnhagen a FHC. Rio de Janeiro: FGV, 2000.
RIBEIRO, Ricardo Alaggio. As origens da Aliança Para o Progresso. In: SERAINE, Ana Beatriz dos Santos et al (Orgs.). Estado, desenvolvimento e políticas públicas. Ijuí: Ed Unijuí/Teresina: Ed. Universitária da UFPI, 2008, p. 319-362.
VISENTINI, Paulo G. O populismo e as relações Brasil-EUA (1945 a 1964): a dialética do alinhamento e da autonomia. In: MUNHOZ, S.J.; TEIXEIRA DA SILVA, F.C. (Orgs.) Relações Brasil-Estados Unidos: século XX e XXI. Maringá: EDUEM, 2011, p. 211-243.
VIZENTINI, Paulo F. G. A Guerra Fria. In: REIS FILHO, Daniel Arão et al. (Orgs.). O século XX – O tempo das crises: revoluções, fascismos e guerras (vol. 2). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000, p. 195-225.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista História: Debates e Tendências

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Authors who publish in this journal agree to the following terms: Authors retain the copyright and grant the journal the right of first publication, with the work simultaneously licensed under the Creative Commons Attribution License which allows the sharing of work with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal. Authors are authorized to take additional contracts separately, for non-exclusive distribution of the version of the work published in this journal (eg, publish in institutional repository or as a book chapter), with acknowledgment of authorship and initial publication in this journal. Authors are allowed and encouraged to publish and distribute their work online (eg in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this can generate productive changes as well as increase the impact and the citation of the published work (See The Effect of Free Access).