O patrimônio de braços cruzados
a memória coletiva de um espantalho que ao se tornar atração de beira de estrada virou o Napoleão da Praça Tamandaré
DOI:
https://doi.org/10.5335/srph.v20i2.12872Palavras-chave:
Escultura, Estátua, Napoleão, Patrimônio Cultural Material, Praça TamandaréResumo
Este artigo é uma breve contribuição sobre a história da estátua de Napoleão Bonaparte que está na Praça Tamandaré. A obra escultórica é de autoria do italiano Matteo Tonietti e representa uma das mais complexas obras de arte deste artista, não apenas pela sua complexidade, mas pela trajetória histórica e atual posição no cenário rio-grandino. A pesquisa se estendeu para a compreensão do universo simbólico da escultura, do seu escultor e do burguês que encomendou a peça. Ao usar a memória coletiva como base teórica foi possível entender como a trajetória de uma família abastada se desfaz da posse de uma obra única, fruto do período político da época em que viviam as famílias e os patriarcas que as encomendavam. Os resultados da análise dos relatos se referem aos três momentos da estátua e sua trajetória privada e pública.
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