Quem disse o quê? Polifonia e heterogeneidade em coro dialógico

Autores

  • Beth Brait

Palavras-chave:

Polifonia. Heterogeneidade. Discurso artístico e não artístico. Canção brasileira.

Resumo

Neste artigo, o objetivo é sinalizar a dimensão polifônica da linguagem, conforme projetada pelos estudos de Mikhail Bakhtin a respeito do escritor Fiodór Dostoiévski, indiciada em vários textos e acolhida como importante contribuição à leitura contemporânea das relações eu/outro e suas formas de presença nos textos. Os conceitos de polifonia, heterogeneidade, vozes, alteridade relações dialógicas podem ser surpreendidos em Problemas da poética de Dostoiévski (2. ed. 1963) e em textos anteriores, primeira edição (1929), e “À guisa de comentário” e “Esboço de reformulação de PPD” (década de 1960). Tanto o funcionamento da polifonia quanto o da heterogeneidade, que necessariamente a constitui, serão observados na canção “Cinema novo”, de Caetano Veloso. Se nem sempre as formas de mobilização das vozes de outrem constituem polifonia, no sentido bakhtiniano, isso não significa que a heterogeneidade não possa ser surpreendida, de maneira clara, explícita, ou mesmo implícita, em diferentes tipos de texto.

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Publicado

2010-12-14

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Quem disse o quê? Polifonia e heterogeneidade em coro dialógico. (2010). Revista Desenredo, 6(1). https://ojs.upf.br/index.php/rd/article/view/1383