Ética da alteridade: implicações da não-presencialidade na educação a distância
DOI:
https://doi.org/10.5335/rep.v28i3.11781Palavras-chave:
Educação a Distância, Alteridade, Não-presencialidadeResumo
O presente artigo tem por objetivo analisar as possíveis implicações da não-presencialidade na constituição da alteridade enquanto fundamento da ética nos processos de formação superior a distância. A teoria do filósofo Emmanuel Levinas serve de ancoragem para esta pesquisa a partir da concepção de alteridade, infinita e transcendente, manifestada na epifania do Rosto. A relação face a face entre seres humanos rompe o caráter totalizador da relação de indiferença e intolerância e abre caminho para uma nova relação eu-Outro que considera plenamente a alteridade, respeitando as diferenças. A metodologia utilizada é de natureza qualitativa e se caracteriza como um estudo de cunho teórico, bibliográfico, com abordagem interpretativa crítica. Foi possível verificar que a não-presencialidade, traz implicações para a constituição da alteridade enquanto fundamento ético dos processos de formação superior a distância, associados às relações intersubjetivas, entre professores e alunos. Dessa forma, considera-se que a relação originária corpórea, anterior a não-presencialidade, é uma possibilidade de propiciar alguma rostidade, mesmo sendo ela apenas inicial.