Projetos de vida e a fabricação de subjetividades monetizáveis

uma crítica curricular ao Novo Ensino Médio no Sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5335/rep.v30i0.14363

Palavras-chave:

Currículo Escolar, Novo Ensino Médio, Customização curricular, Projetos de Vida

Resumo

Neste artigo, examinamos as racionalidades políticas que atravessam a curricularização dos projetos de vida no Novo Ensino Médio, problematizando esse componente como uma tecnologia de rentabilização de estilos afetivos a partir da fabricação de subjetividades monetizáveis. Inicialmente, contextualizamos os processos que mobilizam a monetização de perfis individuais como imperativo educacional a partir do reposicionamento das lógicas do capital humano, o que é ratificado, contemporaneamente, por meio de reformas como a do Ensino Médio. A lapidação de estilos afetivos específicos por meio de tecnologias pedagógicas que priorizam o desenvolvimento de capacidades pessoais e que enfatizam a dimensão subjetiva é discutida em seguida, com os projetos de vida se mostrando como um recurso curricular para a customização dos percursos individuais dos estudantes. E, na seção seguinte, analisamos as concepções de projetos de vida contidas nos documentos que são referência para o Novo Ensino Médio nos estados do Paraná, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Esses referenciais explicitam a hipótese construída ao longo do estudo ao indicar a customização curricular almejada com os projetos de vida como uma ferramenta de constituição de subjetividades monetizáveis.

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Biografia do Autor

  • Roberto Rafael Dias da Silva, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

    Doutor em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2011). Mestre em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2008). Licenciado em Pedagogia pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (2005). Professor da Escola de Humanidades e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), no qual atua na linha de pesquisa "Educação, desigualdades e inclusão". Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Currículo, Ensino Médio e Juventudes Contemporâneas - GEPCEM (Unisinos/CNPq). Atualmente é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq - Nível 2. Atua como Editor da revista Educação UNISINOS, sendo também parecerista e membro de comitês editoriais de diferentes periódicos na área da Educação. Recentemente realizou uma missão internacional de estudos na Universidad Autónoma de Madrid. Orienta dissertações de mestrado e teses de doutorado em Educação. Investiga principalmente os seguintes temas: Ensino Médio, políticas de escolarização, currículo e conhecimento escolar, constituição da docência e relações entre educação e capitalismo contemporâneo.

  • Renata Cecilia Estormovski, Universidade do Vale do Rio dos Sinos

    É professora da rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul. Doutoranda em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) na linha de pesquisa Educação, desigualdades e inclusão. Possui mestrado em Educação pela Universidade de Passo Fundo (UPF) na linha de pesquisa de Políticas Educacionais, tendo sido bolsista CAPES. É especialista em Gestão Educacional pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e graduada em Letras pela Faplan e em Pedagogia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Cursa especialização em Gestão em Educação: Supervisão e Orientação, pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. Faz parte do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Superior (GEPES) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Currículo, Ensino Médio e Juventudes (GEPCEM Unisinos/CNPq).

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Publicado

2023-04-22

Edição

Seção

Dossiê - Reforma do Ensino Médio: atores, cenários e disputas

Como Citar

Projetos de vida e a fabricação de subjetividades monetizáveis: uma crítica curricular ao Novo Ensino Médio no Sul do Brasil. Revista Espaço Pedagógico, [S. l.], v. 30, p. e14363, 2023. DOI: 10.5335/rep.v30i0.14363. Disponível em: https://ojs.upf.br/index.php/rep/article/view/14363. Acesso em: 15 out. 2025.