A mentira da verdade onto-teo-lógica: logos e areté em performação
DOI:
https://doi.org/10.5335/rep.v23i2.6539Palavras-chave:
Areté (excelência). Logos. Nietzsche/Zaratustra. Sofista-performático.Resumo
A formação ou paideia seria impensável sem outros dois conceitos, a saber: areté (excelência ou excelência política) e, sobretudo, logos (discurso). O objetivo deste artigo é, portanto, a partir do Prólogo e do capítulo O adivinho, da obra Assim falou Zaratustra, de Nietzsche, diferenciar genealogicamente dois tipos de logoi, que implicam distintas aretai (excelências políticas): um tipo onto-teo-lógico, ligado a alguma verdade incondicional, outro logo-lógico ou performático (sofista), em que se performam verdades condicionais. Tendo como pano de fundo a investigação de Bárbara Cassin acerca do “logos sofista” e como fio condutor o aforismo 1 de Ecce Homo, a hipótese é que Zaratustra, ao questionar uma verdade única ontoteológica e admitir diferenciações, serve-se mais do logos performático – e “farmacológico”, que cria realidades, no sentido de Protágoras – do que o santo e o adivinho. Questiona-se, desse modo, se as democracias e seus respectivos sistemas educativos contemporâneos (com os “partidos” inclusos) seriam suficientemente fortes para aceitar o tensionamento, a erística e a agonística, os nômades, a diferenciação, os que sobram, os que faltam, bem como outro(s) discurso(s) que não o hegemônico (ou “verdadeiro”), que representa “fielmente” o real. O povo não entendeu (o logos de) Zaratustra, preferiu o último homem. Hoje, o entenderia?Downloads
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Publicado
2016-11-21
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
A mentira da verdade onto-teo-lógica: logos e areté em performação. Revista Espaço Pedagógico, [S. l.], v. 23, n. 2, 2016. DOI: 10.5335/rep.v23i2.6539. Disponível em: https://ojs.upf.br/index.php/rep/article/view/6539. Acesso em: 16 out. 2025.