Ensino Remoto Emergencial no Brasil: reflexões teóricas à luz da teoria dos habitus de Pierre Bourdieu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5335/rep.v29i3.14155

Palavras-chave:

ensino remoto emergencial; habitus; Bourdieu; ensino-aprendizagem

Resumo

Dentre os muitos impactos da pandemia global da COVID-19 nos anos de 2020 e 2021, destacam-se os referentes à suspensão dos calendários acadêmicos nos mais diferentes níveis de formação. Nas universidades brasileiras, o Ensino Remoto Emergencial foi adotado como possibilidade de permanência das atividades de ensino durante o isolamento social. Nesse contexto, o objetivo geral do artigo é o de trazer reflexões, à luz da teoria dos habitus de Pierre Bourdieu, sobre o impacto que a implementação do Ensino Remoto Emergencial teve no processo de ensino-aprendizagem em cursos de graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG). O principal pressuposto é que a teoria de Bourdieu é pertinente para analisar dinâmicas educacionais, no entanto, pelo menos no contexto institucional antes referido, esta modalidade de ensino também tem condicionado processos de ensino-aprendizagem que revelam a necessidade de aperfeiçoar a compreensão da relação entre sucesso escolar, habitus e instituições educativas, especialmente a partir de realidades que não foram consideradas por este autor. Do ponto de vista metodológico, o artigo se baseia em uma abordagem exploratória, bem como na aplicação de métodos empíricos como a revisão bibliográfica, documental e a observação participante.

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Biografia do Autor

  • Hans Carrillo Guach, Universidade Federal de Goiás

    Possui graduação em Sociologia pela Universidade de Havana, Cuba (2008). É Mestre em Sociologia pela Universidade de Havana, Cuba (2012) e Doutor em Ciências Sociais com ênfase em Estudos Comparados sobre as Américas, pelo Departamento de Estudos Latino-americanos (ELA) da Universidade de Brasília (UnB), Brasil (2017). Realizou estágio pós-doutoral na Escola de Altos Estudos Desigualdades Globais e Justiça Social (PPG-FD/UnB e CAPES PrInt), promovida pelo Colégio Latino-americano de Estudos Mundiais/FLACSO-Brasil. Atualmente é Professor Adjunto vinculado ao Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências Sociais (FCS), da Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasil, onde coordena vários projetos de pesquisa. Também atúa como Experto/País no projeto "Varieties of Democracy" (V-Dem), do Department of Political Science, University of Gothenburg, Suécia e participa em outros projetos de pesquisa com foco na América Latina. Seus temas de pesquisa estão principalmente associados às áreas de: Sociologia política e do poder (com ênfase em processos subnacionais de Democratização e Autocratização); Estudos comparados sobre realidades políticas em América Latina; Teoria sociológica contemporânea (principal foco em Sociologia figuracional ou processual de Norbert Elias) e Sociologia da religião (estudo sobre religiões de matriz africana).

  • Andréa Vettorassi, Universidade Federal de Goiás (UFG)

    Possui bacharelado e mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). É professora adjunta, orientadora e pesquisadora da Faculdade de Ciências Sociais e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Goiás (UFG). É coordenadora de pesquisa da Cátedra Sergio Vieira de Mello e colaboradora do Núcleo de Estudos Sobre Trabalho (NEST), ambos da UFG. Foi bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia das Migrações e Sociologia do Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: migrações, memória, cultura, sociabilidade, direitos humanos, identidade, representações sociais e relações de trabalho.

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Publicado

2023-03-15

Como Citar

Ensino Remoto Emergencial no Brasil: reflexões teóricas à luz da teoria dos habitus de Pierre Bourdieu. Revista Espaço Pedagógico, [S. l.], v. 29, n. 3, p. 921–943, 2023. DOI: 10.5335/rep.v29i3.14155. Disponível em: https://ojs.upf.br/index.php/rep/article/view/14155. Acesso em: 15 out. 2025.