O trabalho na universidade e o bem comum
a mercantilização da pesquisa e a governança digital
DOI:
https://doi.org/10.5335/rep.v31.16349Palavras-chave:
Universidade, docência, pesquisa, mercantilização, meritocracia, governança digitalResumo
No que segue, discutiremos o sentido do trabalho universitário na atualidade, especialmente no que diz respeito à concepção dominante acerca da pesquisa e à docência no ensino superior. Nossa hipótese é que a compreensão do sentido da docência e a pesquisa universitária se produz hoje, no interior de um horizonte conceitual determinado pela mercantilização do conhecimento; a gestão meritocrática (alocação de recursos em troca de produtividade), e a governança digital, o que, contrário ao esperado, acaba resultando na degradação qualitativa do sistema. Analisaremos a concepção tradicional da universidade como uma instituição pública, livre e autônoma, voltada para a proteção do saber como um bem comum, indivisível e inapropriável. Para isso, consideraremos o trabalho docente tanto sob o modelo de trabalho estatutário quanto sob o regime de função pública. Colocaremos em discussão o conceito de justiça distributiva, que tem servido como base de boa parte das discussões contemporâneas sobre o direito à educação superior e o caráter público da universidade. Por último, consideraremos as transformações ocorridas no interior da sociedade de mercado a partir da década de 1980, e como estas transformações afetaram a universidade, colocando-a em conflito com a sua própria tradição e, em especial, com seu caráter público.
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