Docência como um processo autopoiético
deambulações escritas ao redor da formação docente
DOI:
https://doi.org/10.5335/rep.v31.16388Palavras-chave:
formação docente, autopético, docênciaResumo
Este artigo analisa as críticas ao modelo tradicional de escolarização, destacando reflexões de Ivan Illich sobre a institucionalização da educação e sua contribuição para a manutenção de desigualdades sociais. Também explora as ideias de Gert Biesta, que critica a instrumentalização da educação voltada ao mercado e defende uma pedagogia focada na subjetivação, autonomia e participação democrática. O texto resgata o sentido etimológico da palavra "escola" como um espaço de tempo livre e propõe uma reconceitualização da formação docente baseada na autopoiese, onde o ensino e a aprendizagem são processos co-criativos e contínuos. Autores como Virginia Kastrup e Rosimeri Dias reforçam a importância de formar sujeitos críticos e autônomos, utilizando a noção de rizoma de Deleuze e Guattari para descrever a aprendizagem como um processo colaborativo e imprevisível. Utiliza-se o método da pesquisa cartográfica tanto na escrita do artigo quanto nas relações criadas em torno dos conceitos de docência, formação e autopoieseis. A docência, então, deve ser um exercício autopoético, facilitar a co-criação e promover interações que desafiam os paradigmas educacionais tradicionais. Por fim, compreende-se que a docência, enquanto exercício autopoiético, está intimamente ligada à pesquisa cartográfica, uma vez que esta abdica do lugar de saber, eminentemente de poder, em detrimento do um lugar de experiência, eminentemente de potência.
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Tiago Almeida, Fabiana Fernandes Ribeiro Martins

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.