A pedagogia do oprimido: uma releitura pedagógica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5335/rep.v27i3.12366

Palavras-chave:

Pedagogia. Antropotécnica. Conscientização. Humanização.

Resumo

Levando em conta a vasta literatura sobre a pedagogia do oprimido, o presente texto se propõe a realizar uma leitura desde uma dimensão pouco abordada ou, pelo menos, reduzida nas leituras mais frequentes disponíveis: justamente sua dimensão pedagógica. Uma tentativa como a proposta aqui significa reler o livro de Freire desde um horizonte conceitual da pedagogia, e isso implica deslocar (não negar) o caráter eminentemente político outorgado à pedagogia do oprimido e recuperar seus vínculos estreitos com o pensamento e a tradição pedagógica ocidental. Em especial, a releitura da obra-prima de Freire em chave pedagógica implica um trabalho triplo: primeiro, localizá-la dentro de uma tradição antiga segundo a qual se compreende a politeia fundamentalmente como paideia; segundo, ressaltar que o processo de libertação através da educação só pode realizar-se mediante um processo de conscientização que o coloca em um horizonte gnosiológico ou epistêmico: trânsito que o oprimido deve levar a cabo da doxa até o logos; terceiro, reconhecer que a finalidade da educação libertadora é a humanização dos homens (oprimidos e opressores) e, nessa medida, se trata de uma questão claramente “antropotécnica”.

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Biografia do Autor

  • Carlos Ernesto Noguera, Universidad Pedagógica Nacional de Colombia

    Doctor en Educación (UFRGS) y Profesor Titular Universidad Pedagógica Nacional de Colombia. Miembro del grupo de investigación Historia de las Prácticas Pedagógicas en Colombia y de la Sociedad Colombiana de Pedagogía.

Publicado

2021-03-15

Como Citar

A pedagogia do oprimido: uma releitura pedagógica. Revista Espaço Pedagógico, [S. l.], v. 27, n. 3, p. 612–627, 2021. DOI: 10.5335/rep.v27i3.12366. Disponível em: https://ojs.upf.br/index.php/rep/article/view/12366. Acesso em: 15 out. 2025.