Diálogos entre inclusão educativa e educação em perspectiva de Direitos Humanos
DOI:
https://doi.org/10.5335/rep.v29i1.13185Palavras-chave:
Educação Inclusiva, Diversidade, Direitos Humanos, Educação na chave dos Direitos HumanosResumo
Este artigo problematiza a categoria de inclusão a partir do debate teórico e da pragmática das políticas educacionais, no que diz respeito à tensão ontológica e binária exclusão/inclusão, ancorada no projeto da modernidade ocidental. Propõe uma abertura para a complexidade dos significados em disputa em torno da Educação em Direitos Humanos (EDH), considerando as contribuições das Epistemologias do Sul e, especialmente, dos intelectuais latino-americanos Carlos Skliar e Ana María Rodino. A controvérsia com a assimilação de uma igualdade colonizada e sua conseqüente ordem de regulação Estado-mercado, questiona outras localizações possíveis com um horizonte ético, estético e político na construção do pluriverso das diferenças, como possibilidade de convivência emancipatória das comunidades, convocando categorias fora do centro em torno do reconhecimento, co-responsabilidade, hospitalidade, alteridade e reciprocidade. Esta é uma busca de vital importância para a mediação e a agência de Educação em Direitos Humanos, que irradia sua influência transformadora além mesmo das políticas educacionais, considerando os processos constituintes contemporâneos da América Latina, a partir de uma abordagem interdependente entre os direitos da humanidade e os da natureza, a fim de promover uma coexistência reparadora e solidária no cuidado da vida e de sua dignidade.