Implementação do Novo Ensino Médio no Estado do Acre: a Experiência das Escolas-Piloto
DOI:
https://doi.org/10.5335/rep.v30i0.14343Palavras-chave:
Políticas Educacionais; Lei 13.415/17; Reforma do Ensino Médio; Recontextualização.Resumo
O artigo analisa os primeiros movimentos da implementação da reforma do ensino médio no estado do Acre, a partir da experiência das escolas-piloto. Trata-se de uma pesquisa de campo, com a realização de questionários e entrevistas com gestores, coordenadores de ensino, coordenadores pedagógicos e professores. Para a interpretação e análise dos dados utilizou-se como referencial teórico as formulações de Basil Bernstein (1996; 2003) no que se refere ao movimento de recontextualização. Por recontextualização, entende-se o processo de apropriação dos documentos oficiais da reforma por meio dos quais os sujeitos escolares descontextualizam e atribuem sentidos adicionais, produzindo novas práticas discursivas e pedagógicas por vezes distintas das originais. As categorias utilizadas para análise dos dados foram flexibilização curricular, protagonismo juvenil, projeto de vida, empreendedorismo e relação público-privada, definidas a priori, com base na leitura dos documentos normativos nacionais da reforma do Ensino Médio. Os resultados revelam a existência de movimentos de recontextualização das proposições presentes nos documentos normativos nacionais da reforma pelos sujeitos das escolas-piloto ao atribuírem significados próprios às finalidades, sentidos, orientações e prescrições dos documentos normativos oficiais.